Onze pessoas foram presas na manh� sexta-feira durante a Opera��o Lombada, realizada pela For�a Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), composta pela Pol�cia Federal, Pol�cia Rodovi�ria Federal e Pol�cia Civil. A a��o investiga o tr�fico de armas, furto, roubo e adultera��o de chassi de ve�culos para revenda e a contra a falsifica��o de embreagens e amortecedores.
Policiais cumpriram sete mandados judiciais de pris�o preventiva, dois mandados judiciais de pris�o tempor�ria e 17 mandados judiciais de busca e apreens�o em Belo Horizonte, Ribeir�o das Neves, Contagem, Ibirit�, Ita�na (Centro-Oeste de Minas) e Tim�teo (Vale do Rio Doce).
De acordo com o delegado Alexsander Castro de Oliveira, da Pol�cia Federal, oito pessoas foram presas em cumprimento de mandados. O nono alvo, envolvido em falsifica��es, estava foragido at� o fim da manh�. Outras tr�s pessoas foram presas em flagrante. Os nomes dos envolvidos n�o foram divulgados. As investiga��es apontaram que os tr�s n�cleos j� haviam entrado em contato entre si. Durante os depoimentos, alguns confessaram envolvimento nos crimes e outros optaram por permanecer em sil�ncio, aguardando a defesa.
Os policiais passaram por tr�s galp�es onde ocorria fabrica��o de pe�as falsificadas, tr�s estabelecimentos comerciais em Belo Horizonte, um em Tim�teo, oficinas, dep�sitos e outros ve�culos. As investiga��es revelaram que as pe�as tamb�m eram vendidas em outros estados.
As investiga��es come�aram na PF e, ap�s seis meses, foram identificados tr�s grupos criminosos diferentes. Um atuava no tr�fico de armas, o segundo em furto e roubo de ve�culos para adultera��o e posterior revenda e o �ltimo por contrafa��o (falsifica��o) de pe�as de reposi��o de ve�culos. Este �ltimo n�cleo comprava amortecedores sucateados. Ap�s limpeza e pintura, eles eram colocados em caixas que recebiam selos dos fabricantes e vendidos como se fossem novos.
“Havia lojistas que sabiam da m� qualidade das pe�as falsificadas que eles estavam adquirindo e revendendo � popula��o, pe�as essas que colocam em risco sa�de e integridade das pessoas que andam nos carros com amortecedores, por exemplo, que n�o est�o mais em condi��es de uso”, explicou o delegado Alexsander Castro de Oliveira. “Mas, h� tamb�m, a gente suspeita, outras lojas que podem ter comprado essas pe�as sem saber, e vamos buscar agora rastrear as notas fiscais frias emitidas para identificar para onde essas pe�as foram e tentar alertar esses lojistas e tamb�m investigar se eles participaram ou n�o da fraude”, detalhou.
O delegado tamb�m explicou como os propriet�rios de ve�culos ou comerciantes podem identificar as pe�as falsas. “Falsifica��o �, de alguma forma, muito bem-feita. Mas, se a pessoa der uma examinada m�nima nas pe�as, vai ver que a pe�a foi pintada. Se ele passar o dedo, der uma raspada na pe�a a tinta automotiva original n�o sai. Essa pintura que eles fazem sai”, explicou.