Uma nova etapa da Opera��o F�nix, deflagrada pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) que apura crimes de corrup��o, tr�fico de drogas, venda ilegal de armas, recepta��o, adultera��o de identifica��o de ve�culos, al�m de fraude processual e obstru��o da Justi�a, foi realizada nesta quinta-feira. De acordo com o MPMG, a organiza��o criminosa era formada por policiais civis e empres�rios, cujo objetivo principal era o desvio de cargas.
Segundo o MPMG, pelo menos cinco desvios de cargas de diversos tipos, como sementes de milho, madeira, balas e coberturas de chocolate, sucos e extratos de tomate, entre outros, teriam sido praticados pelos criminosos. Eles tamb�m s�o suspeitos de tr�fico de drogas, envolvendo o roubo, armazenamento e posterior venda de 160 quilos de pasta base de coca�na.
Ainda de acordo com informa��es do Minist�rio P�blico, a organiza��o criminosa falsificava placas e documentos de ve�culos, carteiras nacionais de habilita��o e Registros de Evento de Defesa Social (REDS) para praticar os crimes. Nas buscas desta quinta-feira, foram apreendidos diversos equipamentos para falsifica��o de documentos, documentos falsificados, m�quina para fabrica��o de placas de ve�culos automotores, uma arma de fogo e subst�ncia entorpecente.
INVESTIGA��O Na primeira etapa da opera��o, que aconteceu em dezembro de 2017, mais de 50 policiais foram presos. A a��o provocou pol�mica entre o MPMG e a Pol�cia Civil. A promotoria investiga a pr�tica de crimes graves, tais como tr�fico de drogas, obstru��o de Justi�a, forma��o de organiza��o criminosa, entre outros, envolvendo mais de 100 pessoas, incluindo policiais civis e advogados.
A condu��o da opera��o, sem a participa��o de policiais civis - embora a corregedoria da corpora��o tivesse conhecimento sobre as investiga��es - despertou rea��es de grupos dentro da Civil. Mobiliza��es internas demonstraram insatisfa��o de delegados e investigadores. Na �poca, a pr�pria chefia da Pol�cia Civil informou que seu conselho superior considerou ter havido distanciamento dos preceitos da lei e de resolu��o conjunta entre as for�as de seguran�a. O conselho, inclusive, informou que vai oficiar as institui��es envolvidas para que todas as apura��es sejam feitas com rigor, mas que ocorram “sem abusos”.
Por meio de nota, a Pol�cia Civil refor�ou que a Corregedoria-Geral da corpora��o participou e continua apoiando as investiga��es em curso. “A PCMG lamenta o acontecido e ressalta que n�o compactua com desvios de conduta funcional. A Chefia de Pol�cia determinou, ainda, que o �rg�o Corregedor da PCMG instaure Sindic�ncias Administrativas para apura��o dos fatos, respeitando sempre os princ�pios constitucionais vigentes”, finalizou. (Com informa��es de Jo�o Henrique do Vale)
* Estagi�ria sob supervis�o da editora Liliane Corr�a