
Em resposta ao escalonamento salarial promovido pelo governo Fernando Pimentel (PT), servidores da educa��o estadual de Minas Gerais iniciaram uma paralisa��o nesta segunda-feira. De acordo com o Sindicato �nico dos Trabalhadores em Educa��o (Sind-UTE), os profissionais s� retornar�o �s atividades ap�s receberem o pagamento da primeira parcela do sal�rio, marcado para quarta-feira.
Segundo o sindicato, a posi��o reflete “o descumprimento cont�nuo do pagamento dos sal�rios, o que est� ocasionando graves preju�zos”. Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Fazenda disse que a previs�o � que o prazo de deposito da primeira parcela seja cumprido.
Ainda de acordo com o Sind-UTE, o objetivo da paralisa��o � pressionar o governo a mudar sua pol�tica de parcelamento dos sal�rios e retomar o pagamento integral no quinto dia �til de cada m�s. Desde fevereiro de 2016, o funcionalismo p�blico de Minas Gerais recebe de forma escalonada. As outras duas parcelas do pagamento est�o previstas para 25 e 29 de junho.
O Sind-UTE informou tamb�m que o governo do estado j� foi notificado sobre a paralisa��o das atividades da categoria. A Secretaria de Estado de Educa��o (SEE) confirmou o recebimento da notifica��o e disse que os crit�rios para pagamento dos sal�rios “permanecem os mesmos dos meses anteriores”, conforme j� anunciado pelas secretarias de Estado de Fazenda (SEF) e de Planejamento e Gest�o (Seplag).
A SEE informou ainda que vai acompanhar a ades�o das escolas estaduais ao movimento e, posteriormente, divulgar� um balan�o com o n�mero de unidades que paralisaram as atividades. O Sind-UTE, por sua vez, disse que n�o vai compartilhar o balan�o da manifesta��o.
INFANTIL Na capital mineira, o impasse entre a prefeitura e os professores das Unidades Municipais de Educa��o Infantil (Umeis) continua. Na tarde desta ter�a-feira, �s 14h, a categoria faz nova assembleia para discutir o futuro do movimento, que busca um plano de carreira �nico. Em audi�ncia p�blica convocada pela Comiss�o de Educa��o, Ci�ncia, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo da C�mara de Municipal, o Executivo reafirmou, pela manh�, o fim das negocia��es at� quando perdurar a greve. A mensagem partiu dos secret�rios municipais de Governo (Paulo Lamac) e de Planejamento, Or�amento e Gest�o (Andr� Reis).
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educa��o da Rede P�blica Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede BH), o prefeito Alexandre Kalil (PHS) afirmou, por meio de seus interlocutores, que recebe a categoria no dia seguinte ao t�rmino da greve. Segundo a vereadora Cida Falabella (Psol), presidente da comiss�o que media as negocia��es, h� apenas uma discord�ncia na maneira como o plano de carreira dos educadores ser� feita. “O governo j� sinalizou que � poss�vel chegar a um acordo. N�o existe discord�ncia quanto � valoriza��o do professor, mas sim sobre a forma como se faria isso. Trabalhamos na tentativa de estabelecer di�logo”, disse a vereadora. Al�m dela, os vereadores Arnaldo Godoy (PT), Professor Wendel Mesquita (SDD), Orlei (Avante) e Doorgal Andrada (Patriota) contribuem em busca de um consenso entre a categoria e o governo.
IMPASSE Paralisados desde 23 de abril, h� 51 dias, os professores das Umeis cobram equipara��o salarial com os educadores do fundamental (crian�as a partir de 6 anos). Atualmente, conforme o Sind-Rede/BH, os profissionais das Umeis come�am recebendo R$ 1.450 (n�vel um), enquanto os educadores do ensino fundamental iniciam a carreira com R$ 2.200 (n�vel 10). Os valores informados s�o brutos.
Entretanto, a mudan�a n�o � vista com bons olhos por Alexandre Kalil. “A minha promessa de campanha nunca foi igualar (os sal�rios). Eu n�o sou nenhum irrespons�vel”, disse o prefeito ao Estado de Minas. A prefeitura chegou a oferecer um aumento de 20%, mas n�o atingiu acordo com os educadores. A proposta foi oficialmente retirada pelo prefeito no dia 4, depois de a categoria manter a greve.
Para equilibrar a conta, a categoria apresentou uma proposta de escalonamento. Nessa oferta, os professores da educa��o infantil atingiriam o n�vel cinco em junho, o oitavo degrau em dezembro e a escala 10 somente em julho de 2019. Entretanto, o governo descartou qualquer reajuste gradual.