
As negocia��es e pagamentos de indeniza��es para as v�timas do rompimento da barragem do Fund�o, em Mariana, Regi�o Central de Minas, v�o demorar mais. A Funda��o Renova e o Comit� Interfederativo (CIF) informaram nesta semana que haver� uma prorroga��o do cronograma dos cadastrados das campanhas 1 e 2, que estava previsto para terminar na pr�xima sexta-feira, 29 de junho.
“A prorroga��o deste prazo decorre de alguns fatores encontrados na aprendizagem de um processo indenizat�rio complexo e desafiador, numa escala n�o vista antes e sobre o qual n�o h� refer�ncias similares no mundo”, justifica a funda��o criada pelas mineradoras Samarco, Vale e BHP para desenvolver e implantar as a��es de repara��o ao longo do Rio Doce ap�s o desastre que matou 19 pessoas em 2015.
A Renova alega que tr�s fatores impactam o cronograma principalmente: “A ampla extens�o territorial e a diversidade de situa��es, bem como um grande volume de pessoas e danos, trazendo desafios ao processo de indeniza��o; Necessidade de ouvir e construir coletivamente as pol�ticas de indeniza��o, o que demanda maior tempo para a efetiva��o de um processo mais justo. A falta de participa��o social poderia levar � exclus�o de pessoas que, de fato, foram atingidas; A busca por solu��es in�ditas para indenizar perdas em situa��es informais, exigindo a cria��o de outros crit�rios e alongando o processo de indeniza��o”, diz o texto.
A entidade diz que est� empenhada para estabelecer um novo cronograma e “concluir as indeniza��es no menor prazo poss�vel”, com acompanhamento das diretrizes do CIF e da C�mara T�cnica de Organiza��o Social (CTOS). “At� a data de 15 de junho de 2018 foram realizados 5.256 pagamentos a 17.961 atingidos cadastrados nas campanhas 1 e 2”, informa a Funda��o Renova.
A Barragem do Fund�o se rompeu em 5 de novembro de 2015, lan�ando mais de 35 milh�es de metros c�bicos de rejeitos de min�rio de ferro na Bacia do Rio Doce e no Oceano Atl�ntico. Morreram 19 pessoas, sendo que um dos corpos nunca foi encontrado. A maior trag�dia socioambiental do Brasil deixou cerca de 500 pessoas sem moradia e pode dar direitos a indeniza��o a cerca de 500 mil por perda de meios trabalho, interrup��o de fornecimento de �gua e danos morais.