
Foram necess�rios mais de 100 dias de obras, mais do que o dobro do previsto inicialmente, para que o tr�nsito fosse reaberto de forma completa na Avenida Professor M�rio Werneck, principal via do Bairro Buritis, Oeste de Belo Horizonte. Iniciado em 2 de abril, o recapeamento da avenida era uma demanda antiga da popula��o local e teve previs�o inicial de 40 dias, reajustados para 60, que se estenderam at� exatos 102 dias. A popula��o comemorou a reabertura, mas, se por um lado, a volta do fluxo de ve�culos ao trajeto normal na avenida que corta o bairro representou al�vio, por outro, ainda � necess�rio atuar em outras vias que absorveram o fluxo pesado da M�rio Werneck e por isso acabaram se deteriorando. A Prefeitura de BH informou que vai fazer outros recapeamentos, o que mant�m as m�quinas no bairro por mais alguns dias.
No in�cio da manh� de sexta-feira, um agente da BHTrans retirou a placa que fechava a M�rio Werneck na esquina com a Rua C�nsul Walter e o tr�fego foi liberado. Durante mais de tr�s meses aquele foi o ponto final da avenida para quem seguia no sentido Anel Rodovi�rio, direcionando todo o fluxo da principal avenida do Buritis para ruas internas do bairro. O fechamento foi necess�rio para fazer o recapeamento com reconstitui��o de todo o material do solo na regi�o do Parque Aggeo Pio Sobrinho, trecho que apresentava problemas cr�nicos de deteriora��o do asfalto, a ponto de aumentar o risco de acidentes. O taxista Kennedy Charles, de 26 anos, comemorou a reabertura. “Para n�s que somos taxistas vai melhorar demais, porque o ponto foi deslocado para uma rua de menor circula��o e o movimento caiu demais. Pelo que vimos da obra, agora parece que vai resolver o problema”, disse ele. Sobre a demora para terminar todas as interven��es, Kennedy comentou que a parte final foi o pior est�gio. “No in�cio, o servi�o deles rendeu demais. Mas no fim teve muita demora”, afirma.
A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura dividiu os trabalhos em duas etapas, fazendo primeiro o sentido bairro e depois a dire��o Centro. Para as duas fases, o desvio usado foi o mesmo, sempre jogando o tr�nsito de acesso ao bairro para as vias internas e mantendo o tr�fego de sa�da na pr�pria M�rio Werneck, em metade da avenida. O primeiro prazo informado pela prefeitura � reportagem dava conta de 40 dias de obras, que foi reajustado para 60 e terminou com 102, de 2 de abril a 13 de julho. Algumas quest�es complicaram o andamento das obras, como interfer�ncias das redes de g�s, fibra �ptica, esgoto e fia��o dos sem�foros. “As liga��es clandestinas de esgoto, assim como a falta de colabora��o de alguns moradores, que despejavam �gua nos locais escavados pelas redes de �gua pluvial, tamb�m prejudicaram o andamento”, informou, em nota, a pasta que cuida das obras em BH. Outro fator que tamb�m interferiu no tempo decorrido foi a greve dos caminhoneiros, por conta do atraso no fornecimento de materiais.

MAIS RECAPEAMENTOS Com a necessidade de fechar a M�rio Werneck para recuperar o asfalto da avenida, vias internas do bairro acabaram absorvendo o fluxo e por isso ficaram deterioradas. “Temos muitas ruas esburacadas. Agora � a hora do recapeamento chegar at� elas”, diz Braulio Lara, presidente da Associa��o dos Moradores do Bairro Buritis (ABB). Braulio recebeu da prefeitura a informa��o de que duas ruas ser�o recapeadas a partir de agora: Eli Seabra Filho e Professor Euclydes Ferreira. A prefeitura tamb�m forneceu a mesma informa��o � reportagem e destacou outros recapeamentos que j� foram feitos em locais que serviram de desvio, como as ruas Tereza Mota Valadares, Vereador Washington Valfrido e Rubem Bernardo. Por�m, Lara destacou que outros lugares precisam de atua��o. “A Rua C�nsul Valter, por exemplo, tem um trecho esburacado de 50 metros que serviu de desvio. Outro lugar que precisa de interven��o � a Rua Paulo Surette, que recebeu o desvio por um per�odo da obra”, afirma. Em nota, a Secretaria de Obras informou que todas as ruas que serviram de desvio durante as interven��es ser�o recapeadas ou receber�o servi�o de tapa-buraco.
De todas as vias citadas, uma das que est�o em pior estado de conserva��o � a Euclydes Ferreira, onde o desgaste do
asfalto espalhou trincas por praticamente toda a extens�o. Nesse ponto, cavaletes com placas de proibido estacionar j� indicam que o local receber� obras em breve. O empres�rio Alex Amorim, de 39, espera que a situa��o melhore. “Aqui sempre tivemos problemas e nunca houve uma obra completa. Sempre foi s� paliativo e por isso ficou desse jeito”, afirma. O motorista de aplicativo Thiago Sampaio, de 36, acrescenta que o tempo de degrada��o � muito r�pido. “Eles arrumam e (a via) estraga de novo em menos de uma semana. Os �nibus do Move que passam por aqui s�o muito pesados e por isso tem que ser feito um bom recapeamento”, afirma. A BHTrans informou que as condi��es anteriores �s obras ser�o retomadas, com o retorno de m�o dupla em ruas como Tereza Mota Valadares e Vereador Washington Valfrido.