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Estado de Minas

HPS j� atendeu 22 v�timas de cerol de janeiro a julho deste ano

S� este fim de semana foram tr�s casos. A expectativa � que os n�meros aumentem, pois, historicamente, julho � o m�s do ano com maior incid�ncia de casos


postado em 19/07/2018 11:26 / atualizado em 19/07/2018 11:50

 

Edésio Ferreira/EM/D.A Press(foto: Ivan Rodrigues, 25 anos, foi vítima do cerol no fim do mês passado. Com 14 pontos no pescoço, ele se recupera do trauma )
Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press (foto: Ivan Rodrigues, 25 anos, foi v�tima do cerol no fim do m�s passado. Com 14 pontos no pesco�o, ele se recupera do trauma )
"N�o deu tempo de fazer nada. A linha j� chegou me cortando. Quando eu parei, e tirei o capacete, eu ainda n�o tinha no��o da gravidade. Quando eu vi, estava sangrando. Estava jorrando sangue para todos os lados", contou Ivan Rodrigues, de 25 anos, que pilotava sua motocicleta pela Avenida dos Andradas quando foi atingido no pesco�o por uma linha de cerol. Gravemente ferido, foi socorrido pela Guarda Municipal e levado, inicialmente, a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). De l� foi transferido para o Hospital Jo�o XXIII. Em apenas 5 minutos, j� estava no bloco cir�rgico.

Ap�s 20 dias do acidente, Ivan ainda tem 14 pontos no pesco�o. Ele aproveitou para contar sobre o momento de desespero e a import�ncia da conscientiza��o. "Minha primeira rea��o foi tirar a blusa e colocar no pesco�o para conter o sangue. Em seguida, uma viatura da Guarda Municipal me socorreu. A rapidez foi fundamental para que eu estar vivo hoje contando minha hist�ria", lembrou o jovem, em coletiva de imprensa na manh� desta quinta-feira. 

Desde o in�cio deste ano at� o dia 16 deste m�s, o Hospital Jo�o XXIII atendeu 22 v�timas de linhas de cerol. S� no �ltimo final de semana, foram tr�s casos. A expectativa � de que os n�merosainda  aumentem, pois, historicamente, julho � o m�s com maior incid�ncia de casos. 


Dados da Funda��o Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) mostram que os atendimentos a v�timas v�m aumentando desde o in�cio deste ano. No ano passado, foram 26 casos: 86% eram do sexo masculino, 49% das v�timas tinham entre 13 a 29 anos e 37% e 30 a 49 anos.

"Todos os pacientes v�timas de cerol chegam muito graves. Quando a les�o acomete a regi�o cervical, a gravidade � maior. Em cerca de cinco minutos a pessoa pode ter um choque hemorr�gico e morrer", explicou diretor t�cnico e gerente assistencial do HPS, Marcelo Lopes Ribeiro. "H� casos que n�o atingem a cervical, mas deixam sequelas irrevers�veis. N�s tivemos um paciente que colocou a m�o para se defender da linha e, hoje, devido � les�o, n�o consegue fechar a m�o", completou.

O cerol � t�o danoso que at� mesmo o helic�ptero Arcanjo 4, do Corpo de Bombeiros Militar, que foi atingido. No dia 15 de junho, a aeronave foi danificada por linhas de cerol que se enroscaram em seu rotor e impediram que o Arcanjo cumprisse sua miss�o. O tenente Pedro Aihara do Corpo de Bombeiros explicou que al�m de colocar a vida da tripula��o em risco, o conserto do Arcanjo 4 – parado para manuten��o desde a data, deve custar cerca de US$ 40 mil. "A pe�a � da Fran�a e, ainda, n�o conseguimos. O atendimento fica prejudicado", completou. 

CONSCIENTIZA��O
Pensando em diminuir os n�meros, a Guarda Municipal de Belo Horizonte, por meio da Patrulha Escolar, promoveu uma oficina de pipas para 200 alunos da rede municipal de ensino. Durante os meses de julho e agosto ser�o realizadas novas a��es com panfletagem e orienta��o a ciclistas, motociclistas e pedestres em diferentes pontos da cidade. Somente no m�s de junho as a��es de fiscaliza��o da Guarda Municipal apreenderam 70 latas envoltas com cerol ou linha chilena.

Foram distribu�das antenas de prote��o para motocicletas. “O ideal � ter duas antenas e deixarem elas sempre levantadas. Al�m do mais, o uso de prote��o de pesco�o e as luvas. N�s distribu�mos 50 pares de antenas na Avenida dos Andradas, em frente a UPA-Leste. E as recomenda��es tamb�m s�o validas para os ciclistas. Quando o acidente acontece, � sempre grave. As linhas de cerol e chilena s�o muito cortantes. D� para se divertir sem ferir o outro”, pontuou.

Leis municipais 7.189/1996 e 8563/2003, somadas � Lei estadual 14.349/2002, pro�bem o com�rcio e uso do cerol. 


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