Justi�a condena a 24 anos de pris�o m�e que matou pr�pria filha por causa de choro

O juiz Thiago Colnago Cabral condenou a mulher J�ssica Nunes Mateus, de 26 anos, a 24 anos de pris�o em regime inicial fechado na tarde desta segunda-feira. Em janeiro de 2016, ela matou a pr�pria filha, um beb� de 9 meses, asfixiada, ap�s se incomodar com o choro da crian�a. Os sete jurados convocados reconheceram que o crime se tratou de um homic�dio triplamente qualificado (motivo desprez�vel, meio cruel e impossibilidade de defesa da v�tima). 

 

A sess�o teve in�cio �s 13h30, no F�rum Lafayette. Representada pelo defensor p�blico Marco T�lio Frutuoso Xavier, a r� alegou que apanhou na cadeia e sofreu abuso sexual do irm�o na inf�ncia, at� completar 10 anos. De acordo com Xavier, a detenta j� foi diagnosticada com depress�o e esquizofrenia e toma v�rios rem�dios, tendo inclusive ficado internada nesse per�odo.

Conforme J�ssica, no dia do crime, ela n�o fazia uso de medicamentos. A r� ainda pontuou que a crian�a foi amamentada e n�o foi colocada para arrotar na data dos fatos, j� que, segundo ela, dormiu instantes depois de alimentar a filha. Ao acordar, J�ssica disse ter avistado a crian�a se debatendo. Neste momento, ela informou que ouviu vozes obrigando-a a asfixiar a filha. Por isso, ela disse que tampou o nariz e a boca da crian�a. 

A senten�a de pron�ncia do juiz Ricardo S�vio de Oliveira data de 11 de agosto de 2017. O magistrado se baseou nas provas t�cnicas e depoimentos que apontaram a exist�ncia do crime de homic�dio, cometido por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da v�tima, meio cruel e ainda por ter sido realizado contra parente consangu�neo. As testemunhas foram dispensadas. 

Relembre o caso

O crime aconteceu na manh� de 29 de janeiro de 2016. A mulher chamou o Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu) dizendo que a beb� havia se asfixiado com o leite de mamadeira. A equipe tentou reanimar a crian�a, sem sucesso. Ela j� chegou morta ao Hospital Odilon Behrens. No Instituto M�dico Legal (IML), segundo aponta as investiga��es, os m�dicos detectaram a aus�ncia de leite nas vias a�reas da crian�a. E identificaram ind�cios de asfixia. 

 

 

Nas fases iniciais das apura��es, a mulher foi ouvida e depois liberada, por aus�ncia de requisitos necess�rios para pris�o em flagrante. Depois disso, ela se separou do marido e foi para Duque de Caxias, no interior do Rio de Janeiro, onde acabou presa em 24 de maio de 2016. Testemunhas ouvidas pela Pol�cia Civil indicaram que a crian�a era v�tima de agress�es por parte da m�e.

(Com informa��es de Jo�o Henrique do Vale e do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais - TJMG)