
Conforme a pol�cia, as v�timas eram aliciadas pelas redes sociais com a promessa de obter procedimentos cir�rgicos para a transforma��o facial e corporal, al�m de garantir participa��o em concursos de misses na It�lia. Entretanto, ao chegar � cidade de Franca (SP), onde atuava a primeira quadrilha investigada, as transexuais eram submetidas � explora��o sexual e � situa��o an�loga � escravid�o. Elas eram obrigadas a pagar di�rias de R$ 170 aos criminosos para n�o sofrer agress�es f�sicas, como surras com barras de ferro.
De acordo com a PF, al�m da ''comiss�o'', essa associa��o criminosa ordenava as v�timas a comprar roupas e acess�rios, o que criava um ciclo de endividamento, que deveria ser sanado a partir da prostitui��o. As transexuais tamb�m passavam por cirurgias est�ticas, como a ado��o de pr�teses mam�rias, que eram realizadas em cl�nicas clandestinas com silicone industrial – material n�o recomendado para esse procedimento.
As a��es criminosas continuavam para as trans considerados “mais bonitas”, segundo a PF. Elas eram levadas at� a It�lia, onde a quadrilha organizava concursos de misses. Os eventos eram gerenciados pela quadrilha, o que resultava em novas d�vidas. Os preju�zos, assim como no Brasil, deveriam ser pagos por meio da prostitui��o.

Os investigados responder�o pelos crimes de tr�fico internacional de pessoas, redu��o � condi��o an�loga � de escravo, associa��o criminosa, explora��o sexual e exerc�cio ilegal da medicina. Se condenados, as penas podem ultrapassar 25 anos de reclus�o.
No total, mais de 50 policiais federais atuaram na a��o, segundo a PF. A for�a-tarefa tamb�m contou com a colabora��o do Minist�rio P�blico do Trabalho (MPT) e do Minist�rio P�blico Federal (MPF). O Minist�rio do Trabalho e Emprego e da Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT) � o respons�vel por realizar medidas protetivas �s v�timas.