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Estado de Minas

PF prende suspeitos de escravizar, explorar e aliciar transexuais em Minas, S�o Paulo e Goi�s

Quadrilha tamb�m realizava o crime de tr�fico internacional de pessoas ao mandar as v�timas para a It�lia, onde elas eram obrigadas a participar de concursos de moda e se prostituir para pagar d�vidas com a associa��o il�cita


09/08/2018 21:17 - atualizado 09/08/2018 22:15

Vítimas consideradas
V�timas consideradas "mais bonitas" eram enviadas � It�lia para participar de concursos de misses, que resultavam em mais d�vidas e explora��o sexual. (foto: Reprodu��o/Pol�cia Federal)
A Pol�cia Federal (PF) desencadeou a Opera��o Fada Madrinha, na manh� desta quinta-feira, nas cidades de Leopoldina, na Zona da Mata, Franca e S�o Paulo, no estado de S�o Paulo, e Goi�nia, Aparecida de Goi�nia, Jata� e Rio Verde, em Goi�s. Segundo a PF, a for�a-tarefa agiu contra os crimes de tr�fico internacional de pessoas e trabalho escravo, ambos praticados contra transexuais, e cumpriu cinco mandados de pris�o preventiva e oito mandados de busca e apreens�o contra tr�s associa��es criminosas. 

Conforme a pol�cia, as v�timas eram aliciadas pelas redes sociais com a promessa de obter procedimentos cir�rgicos para a transforma��o facial e corporal, al�m de garantir participa��o em concursos de misses na It�lia. Entretanto, ao chegar � cidade de Franca (SP), onde atuava a primeira quadrilha investigada, as transexuais eram submetidas � explora��o sexual e � situa��o an�loga � escravid�o. Elas eram obrigadas a pagar di�rias de R$ 170 aos criminosos para n�o sofrer agress�es f�sicas, como surras com barras de ferro.

De acordo com a PF, al�m da ''comiss�o'', essa associa��o criminosa ordenava as v�timas a comprar roupas e acess�rios, o que criava um ciclo de endividamento, que deveria ser sanado a partir da prostitui��o. As transexuais tamb�m passavam por cirurgias est�ticas, como a ado��o de pr�teses mam�rias, que eram realizadas em cl�nicas clandestinas com silicone industrial – material n�o recomendado para esse procedimento.

As a��es criminosas continuavam para as trans considerados “mais bonitas”, segundo a PF. Elas eram levadas at� a It�lia, onde a quadrilha organizava concursos de misses. Os eventos eram gerenciados pela quadrilha, o que resultava em novas d�vidas. Os preju�zos, assim como no Brasil, deveriam ser pagos por meio da prostitui��o.

Quem não respeitava as ordens da quadrilha estava sujeito a agressões físicas, como espancamentos com barras de ferro(foto: Reprodução/Polícia Federal)
Quem n�o respeitava as ordens da quadrilha estava sujeito a agress�es f�sicas, como espancamentos com barras de ferro (foto: Reprodu��o/Pol�cia Federal)
Segundo a PF, as investiga��es contra o grupo de Franca se iniciaram em novembro de 2017. No decorrer dos trabalhos, a PF afirma que descobriu outras duas associa��es criminosas, que atuavam em conjunto com a primeira em Minas Gerais e Goi�s. Havia uma parceria entre as organiza��es, que se dava por meio do interc�mbio das v�timas. 

Os investigados responder�o pelos crimes de tr�fico internacional de pessoas, redu��o � condi��o an�loga � de escravo, associa��o criminosa, explora��o sexual e exerc�cio ilegal da medicina. Se condenados, as penas podem ultrapassar 25 anos de reclus�o.

No total, mais de 50 policiais federais atuaram na a��o, segundo a PF. A for�a-tarefa tamb�m contou com a colabora��o do Minist�rio P�blico do Trabalho (MPT) e do Minist�rio P�blico Federal (MPF). O Minist�rio do Trabalho e Emprego e da Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT) � o respons�vel por realizar medidas protetivas �s v�timas.


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