Ap�s explos�o na Usiminas de Ipatinga, sindicato quer mais seguran�a
Acidente ocorreu na �ltima sexta-feira, assustou moradores e causou danos em im�veis na cidade, que chegou a registrar tremor. Nesta segunda-feira, expediente foi retomado
postado em 13/08/2018 10:26 / atualizado em 13/08/2018 10:44
Ap�s a explos�o de um gas�metro na Usiminas de Ipatinga (MG) h� tr�s dias, o Sindicato dos Metal�rgicos quer mais garantias e condi��es de seguran�a para os trabalhadores. A assessoria da Usiminas informou que hoje (13) o expediente em Ipatinga ser� retomado e gradativamente a normalidade ser� instalada. Algumas �reas, sem conex�o com o setor afetado, reiniciaram suas atividades um dia ap�s a explos�o.
O acidente ocorreu na �ltima sexta-feira por volta das 12h40, quando muitos trabalhadores estavam em hor�rio do almo�o, o que para especialistas, foi positivo, pois o impacto da explos�o poderia ter sido maior.
“O sindicato exige a garantia de que n�o tenha mais risco para os trabalhadores. Poderia ter sido uma trag�dia maior, poderia ter matado trabalhadores e intoxicado a popula��o da cidade”, afirmou em entrevista � Ag�ncia Brasil o diretor do Sindicato dos Metal�rgicos de Ipatinga e Regi�o, Geraldo Magela.
Em seu �ltimo comunicado � imprensa, a Usiminas informa que “prossegue com o plano de retomada gradual das opera��es, com a m�xima seguran�a” e afirma que as causas “continuam sendo investigadas pelas equipes t�cnicas, com o apoio de autoridades competentes”.
Segundo o presidente do sindicato, a Usiminas n�o oferece treinamento adequado para os trabalhadores que atuam em �reas de risco, n�o faz manuten��o adequada nos equipamentos e deixa de fornecer os Equipamentos de Prote��o Individual (EPI) necess�rios para garantir a seguran�a dos trabalhadores.
Em nota, a Usiminas afirma que segue as melhores pr�ticas internacionais de seguran�a, alinhadas �s da siderurgia mundial, e esclarece que todas as den�ncias que chegam por meio dos sindicatos s�o integralmente apuradas. “As den�ncias, independentemente de sua natureza, s�o verificadas e recebem o devido tratamento por parte da empresa.”
Magela disse que o sindicato quer que um integrante da entidade acompanhe diretamente as investiga��es sobre a explos�o do gas�metro. Foi enviado um of�cio com a solicita��o. Nesta segunda-feira haver� reuni�o de um representante sindical com a dire��o da Usiminas.
Com rela��o ao acidente, a empresa destaca que as causas continuam em apura��o por equipes t�cnicas. “Os trabalhos est�o sendo acompanhados pelas autoridades competentes. A empresa reitera que est� disponibilizando todas as informa��es solicitadas pelos �rg�os do Poder P�blico."
O Minist�rio P�blico de Minas Gerais e representantes de �rg�os ambientais instalaram um gabinete de crise para apurar o acidente e investigar a dimens�o da explos�o. O promotor respons�vel pelo trabalho, Rafael Pureza Nunes da Silva, afirmou que um inqu�rito civil p�blico ser� instaurado para verificar os danos ambientais. A a��o ser� conduzida pela Promotoria de Justi�a do Meio Ambiente de Ipatinga.
Usiminas foi evacuada ap�s explos�o no in�cio da tarde de sexta-feira (foto: Wolmer Ezequiel/Di�rio do A�o)
Semelhan�a
Para Magela, as condi��es que provocaram a explos�o no �ltimo dia 10 s�o semelhantes �s que mataram o trabalhador Lu�s Fernando Pereira, de 38 anos, apenas dois dias antes do acidente. O trabalhador terceirizado fazia manuten��o da tubula��o que leva o g�s para o gas�metro. A suspeita do sindicato � de que ele tenha se intoxicado com g�s durante a opera��o.
