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Estado de Minas

Alunas da UFMG denunciam casos de ass�dio no C�mpus Sa�de

Mais de 100 casos de ass�dio na faculdade de medicina foram relatados em uma semana


postado em 28/08/2018 16:40 / atualizado em 28/08/2018 18:35

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press )
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press )

O coletivo de mulheres Alzira Reis abriu um formul�rio para que mulheres relatem casos de ass�dio sofridos dentro da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – Campus Sa�de por qualquer servidor, aluno ou outro envolvido. Segundo o coletivo, j� foram recebidas 100 den�ncias em uma semana, sendo 5 relatos de estupro.

O formul�rio da campanha foi lan�ado na quarta-feira passada. Em uma das postagens do Facebook, uma aluna denunciou um professor.  "Ocorreu durante praticamente todo o semestre, enquanto cursava cl�nica m�dica. O meu professor da �poca, um senhor bem idoso, come�ou a me escrever. Inicialmente foram mensagens carinhosas nas corre��es dos trabalhos", contou por meio da rede social.

Posteriormente, segundo ela, o docente  come�ou a mandar e-mails "carinhosos com convite para conhecer seu s�tio". "Certo dia, durante a aula, levou seu ox�metro. Foi o meu primeiro contato com aquele aparelho e eu quis experiment�-lo, como todos da minha turma estavam fazendo, por curiosidade. Quando coloquei em meu dedo, o professor, que estava ao meu lado, falou 'Vamos ver se vai aumentar a frequ�ncia card�aca?' e come�ou a me acariciar no ombro e toda a extens�o do bra�o e antebra�o", lembrou a jovem. 

A aluna diz que ficou desesperada. "Por causa do desespero, minha frequ�ncia card�aca realmente come�ou a subir, comecei a ficar com o rosto todo vermelho de constrangimento, meus olhos come�aram a se encher de l�grimas, dei um sorrisinho sem gra�a. Nesse momento ele falou “Oh, funcionou mesmo!”. E diante desse resultado, se sentiu encorajado a continuar me alisando. Eu n�o conseguia fazer nada", concluiu o relato. As hashtags #FoiAbusoNaSaudeUFMG, #FoiCulturaDeEstuproNaSaudeUFMG e #FoiAssedioNaSaudeUFMG est�o sendo plenamente divulgadas nas redes sociais para estimular a den�ncia. 

Veja abaixo alguns relatos postados no Facebook do Coletivo Alzira Reis:







O coletivo, que publicou o formul�rio, surgiu no meio de 2014 a partir de algumas meninas que tinham a necessidade de discutir temas ligados ao feminismo, machismo e opress�o. “N�s somos alunas do campus sa�de da UFMG, residentes do Hospital das Cl�nicas da Universidade Federal (HC-UFMG) e ex-alunas da faculdade de medicina”, explicou Luisa Pereira, residente de infectologia do HC-UFMG, ex-aluna da Faculdade de Medicina da UFMG e membro do coletivo Alzira Reis.

Elas esperam que a comunidade acad�mica passe a discutir mais sobre a quest�o do ass�dio e do abuso e que, com isso, consigam avan�ar no apoio �s v�timas. "N�s vamos nos reunir com a diretoria da faculdade de medicina e com a COREME do HC-UFMG nas pr�ximas semanas e esperamos que seja muito proveitoso", completou.

Sobre o caso, a Faculdade de Medicina da UFMG se pronunciou por meio de nota: “na manh� dessa segunda, a diretoria da Faculdade de Medicina, juntamente com a se��o de Escuta Acad�mica, realizou reuni�o cujo tema foram os coment�rios publicados na p�gina do Facebook do Coletivo Alzira Reis. Foi decidido que ser�o convidados para uma reuni�o representantes do Coletivo e representantes dos diret�rios acad�micos dos tr�s cursos de gradua��o (Medicina, Fonoaudiologia e Superior de Tecnologia em Radiologia), para tratar da quest�o, pois a Faculdade precisa ouvi-los para que possamos auxili�-los", afirmou a nota. A universidade ainda pontua que "os coment�rios ainda n�o se tornaram den�ncias formais na Escuta Acad�mica.”


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