
A campanha nacional de vacina��o contra o sarampo e a poliomelite termina oficialmente na sexta-feira, mas por causa da baixa cobertura vacinal em Minas Gerais, munic�pios que ainda n�o alcan�aram a meta de cobertura vacinal (de 95%) far�o um novo dia D no pr�ximo s�bado. A orienta��o foi feita pelo Minist�rio da Sa�de e pela Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais e a a��o ocorrer� nas Unidades B�sicas de Sa�de. Em Belo Horizonte, os postos do Sistema �nico de Sa�de (SUS) v�o receber os moradores.
A vacina��o � importante para evitar os casos da doen�a. Como o Estado de Minas mostrou na edi��o desta quarta-feira, Belo Horizonte investiga 14 casos suspeitos de sarampo. Na Grande BH ainda h� ao menos duas notifica��es em Nova Lima. A situa��o � mais preocupante quando se considera que a capital tem apenas 53,1% de cobertura vacinal entre crian�as de 1 ano a menos de 5 anos, foco do esfor�o de imuniza��o, que contempla tamb�m a preven��o contra a poliomielite, cuja cobertura n�o � muito diferente: de 53,4%. A meta, nos dois casos, � de 95% de vacina��o. As doses continuam � disposi��o da popula��o, gratuitamente, nas unidades do Sistema �nico de Sa�de (SUS), mas poucas pessoas t�m procurado os postos para a campanha.
A recomenda��o do novo Dia D foi dada. Mas, a estrat�gia ser� avaliada por cada munic�pio, que podem seguir ou n�o. A cidade de Caet�, na Regi�o Metropolitana de BH, j� acatou a sugest�o. A cobertura vacinal est� em 63%. Ap�s a campanha, a vacina contra sarampo continuar� dispon�vel nas Unidades B�sicas de Sa�de (UBS). Como n�o h� registro de falta de doses, poder�o se vacinar gratuitamente: indiv�duos at� 29 anos (duas doses, com intervalo m�nimo de 30 dias) e indiv�duos entre 30 e 49 anos (uma dose). Vale lembrar que, na aus�ncia de registro o cart�o de vacina, � recomendada a vacina��o.
Baixa ades�o
A Secretaria de Estado da Sa�de informou que as raz�es para a baixa procura pela vacina��o pode ser atribu�do a v�rios fatores. Segundo a pasta, o sucesso do programa nacional de imuniza��o, com redu��o de casos de doen�as evitadas pela vacina��o, � um deles. “A redu��o de casos acabou provocando um efeito inverso do desejado, criando uma falsa sensa��o de que as vacinas n�o s�o mais necess�rias”, informou, em nota. Outro motivo apontado pela Sa�de estadual � a a��o de grupos que divulgam informa��es falsas sobre a vacina��o. Segundo a pasta, “todas as vacinas s�o inclu�das no calend�rio nacional ap�s an�lise sobre a import�ncia da doen�a e estudos que comprovem que o produto trar� benef�cio e n�o risco para a popula��o”.
A secretaria acrescentou que tem adotado a��es para contornar esses obst�culos e incentivar a vacina��o. Entre elas, citou o repasse de incentivo de R$ 5,8 milh�es para incrementar a campanha nacional de imuniza��o nos munic�pios, de acordo com portaria editada no fim de junho. Listou tamb�m incentivo de R$ 60 milh�es, para melhor estrutura��o de 3.142 salas de vacina que j� funcionam em unidades de sa�de.
N�meros assustam
�ltimo boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES) mostra que no estado 42 registros ainda est�o sendo apurados. Minas Gerais ainda n�o confirmou casos da doen�a, mas j� s�o 169 registros suspeitos, sendo que 127 foram descartados por exames laboratoriais, e outros 42 ainda est�o sendo investigados pela Funda��o Ezequiel Dias (Funed). Em Belo Horizonte, foram 18 diagn�sticos notificados. Desses, quatro foram descartados. O material gen�tico dos demais 14 pacientes com quadros compat�veis com a doen�a ainda est� sendo analisado.
Em Nova Lima, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, uma das notifica��es � de uma crian�a de 7 meses, moradora do Bairro Ch�cara Bom Retiro. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura local, o beb� j� teve alta. O outro caso suspeito � de um paciente de 5 meses, que mora no Bairro Santa Rita. Ambos os casos est�o sendo analisados pela Funed.
Segundo a administra��o de Nova Lima, assim que os casos foram notificados, foram realizadas visitas domiciliares para identificar todas as pessoas que tiveram contato com as duas crian�as, al�m da avalia��o do hist�rico vacinal de cada uma. “As pessoas pr�ximas que n�o eram vacinadas receberam uma dose de bloqueio contra o sarampo no ato da visita”, informou a prefeitura.
A transmiss�o do sarampo pode ocorrer de uma pessoa para outra, por meio de secre��es expelidas ao tossir, falar, espirrar ou at� na respira��o. O cont�gio pode se dar ainda por dispers�o de got�culas no ar em ambientes fechados. Por isso, � considerada uma doen�a infecciosa viral extremamente contagiosa. Os principais sintomas s�o manchas avermelhadas em todo o corpo, febre alta, congest�o nasal, tosse e olhos irritados, al�m de poder causar complica��es graves, como encefalite, diarreia intensa, infec��es de ouvido, pneumonia e at� cegueira, sobretudo em crian�as com problemas de nutri��o e pacientes imunodeprimidos."