Aten��o dobrada na preserva��o do patrim�nio. Dois altares, um do s�culo 18, outro do in�cio do 19, s�o alvo de cuidados em Santa Luzia, cidade com hist�ria tricenten�ria, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. O primeiro, na capela-mor do santu�rio dedicado � padroeira, j� tem um projeto de restaura��o aprovado pelo Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha), �rg�o respons�vel pelo tombamento do Centro Hist�rico, e busca de recursos. A iniciativa para o servi�o partiu do padre Danil Marcelo dos Santos, respons�vel pela mobiliza��o para conseguir arrecadar R$ 700 mil, via Lei Rouanet. “Lutamos para conservar o santu�rio. O �ltimo restauro do altar, que guarda a imagem de Santa Luzia e se transforma em calv�rio durante a Semana Santa, ocorreu h� 30 anos”, disse o religioso.
A restaura��o do altar, do arco-cruzeiro e das peanhas da capela do S�o Jer�nimo, com projeto aprovado pelo Iepha e fiscaliza��o dessa institui��o, est� a cargo de um grupo de volunt�rios, incluindo a diretora da associa��o, Elizabete de Almeida Teixeira T�fani, especialista no assunto, e a tamb�m restauradora Denise Camilo, com mais de 20 anos de of�cio. Mostrando o coroamento do altar, no qual trabalha agora, Elizabete acredita que tudo estar� pronto at� o fim do ano. “� uma pe�a de qualidade, importante. Agora, os douramentos e o branco original est�o aparecendo sob a repintura”, informa Denise. Tanto no santu�rio quanto no S�o Jer�nimo, as obras t�m � frente a Associa��o Cultural Comunit�ria de Santa Luzia. Quem quiser colaborar pode enviar e-mail para [email protected].

Conforme as pesquisas, a fazenda onde se encontrava o altar de 3,5 metros de altura e caracter�sticas ornamentais do per�odo D. Jo�o V, pertenceu aos antepassados de Mariinha Moreira, e teria havido um acordo para que a pe�a principal da primitiva Capela de Nossa Senhora do Ros�rio fosse transferida. Uma das pistas da data de transfer�ncia foi encontrada pelos restauradores ap�s a remo��o das pe�as superiores. Bem no centro da parede, ao fundo, � poss�vel ver com bastante nitidez a assinatura do restaurador Sebasti�o Ferreira de Pinho, datada de novembro de 1944.
FACHADA Enquanto ocorre o restauro do altar da capela, o pr�dio do S�o Jer�nimo est� cheirando a tinta nova, reluzindo nas cores tradicionais azul e branco da fachada. O servi�o resulta de um termo de ajustamento de conduta (TAC) celebrado pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais, por meio do promotor de Justi�a da comarca, Marcos Paulo de Souza Miranda, e um empres�rio, na forma de medida compensat�ria. Al�m da pintura, foram contemplados consertos no reboco, nas instala��es el�tricas e instala��o de placas de identifica��o dentro do padr�o lega.
Al�m de missas e outras cerim�nias, a capela do Instituto S�o Jer�nimo se torna fundamental para o ensaio de tr�s corais: o Mater Ecclesiae, Regina Coeli e Angelis. “A ac�stica � muito boa, da� a import�ncia do espa�o n�o s� para a religiosidade como tamb�m para a cultura”, afirma Elizabete. Por enquanto, as atividades art�sticas est�o concentradas numa sala ao lado do singelo templo.

DOIS TEMPOS DA F�
1 - No Santu�rio de Santa Luzia, na Pra�a da Matriz, a mobiliza��o para restaurar o altar do s�culo 18. O projeto est� aprovado pelo Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha) e os recursos ser�o obtidos via Lei Rouanet
2 - A capela do Instituto S�o Jer�nimo abriga o altar, do in�cio do s�culo 19, que pertenceu � Fazenda da Baronesa e foi transferido para o singelo templo na d�cada de 1940. Equipe de volunt�rios trabalha no local e os recursos para compra do material s�o fruto de doa��es
Nos dois casos, que quiser colaborar pode mandar e-mail para [email protected]