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Estado de Minas

Altares dos s�culos 18 e 19 s�o alvo de cuidados em Santa Luzia

Projeto j� aprovado no Iepha prev� a recupera��o de altar setecentista do santu�rio dedicado � padroeira de Santa Luzia. Na mesma cidade, grupo restaura pe�a do s�culo 19


postado em 10/09/2018 06:00 / atualizado em 10/09/2018 08:09

No Instituto São Jerônimo, Elizabete Teixeira Tófani trabalha na restauração de altar que pertenceu à Fazenda da Baronesa(foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
No Instituto S�o Jer�nimo, Elizabete Teixeira T�fani trabalha na restaura��o de altar que pertenceu � Fazenda da Baronesa (foto: Beto Novaes/EM/DA Press)


Aten��o dobrada na preserva��o do patrim�nio. Dois altares, um do s�culo 18, outro do in�cio do 19, s�o alvo de cuidados em Santa Luzia, cidade com hist�ria tricenten�ria, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. O primeiro, na capela-mor do santu�rio dedicado � padroeira, j� tem um projeto de restaura��o aprovado pelo Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha), �rg�o respons�vel pelo tombamento do Centro Hist�rico, e busca de recursos. A iniciativa para o servi�o partiu do padre Danil Marcelo dos Santos, respons�vel pela mobiliza��o para conseguir arrecadar R$ 700 mil, via Lei Rouanet. “Lutamos para conservar o santu�rio. O �ltimo restauro do altar, que guarda a imagem de Santa Luzia e se transforma em calv�rio durante a Semana Santa, ocorreu h� 30 anos”, disse o religioso.

Outra frente de trabalho, desta vez em andamento, est� no Instituto S�o Jer�nimo/Creche Mariinha Moreira, mantido pela Associa��o de Prote��o � Inf�ncia de Santa Luzia. A pequena capela projetada pelo arquiteto modernista Raphael Hardy Filho (1917-2005) abriga o altar que pertenceu � antiga Fazenda da Baronesa, do s�culo 19, existente hoje apenas em retratos e nas pesquisas sobre Maria Alexandrina de Almeida, afilhada de dom Pedro II e mulher de Manoel Ribeiro Vianna, o primeiro bar�o de Santa Luzia.

A restaura��o do altar, do arco-cruzeiro e das peanhas da capela do S�o Jer�nimo, com projeto aprovado pelo Iepha e fiscaliza��o dessa institui��o, est� a cargo de um grupo de volunt�rios, incluindo a diretora da associa��o, Elizabete de Almeida Teixeira T�fani, especialista no assunto, e a tamb�m restauradora Denise Camilo, com mais de 20 anos de of�cio. Mostrando o coroamento do altar, no qual trabalha agora, Elizabete acredita que tudo estar� pronto at� o fim do ano. “� uma pe�a de qualidade, importante. Agora, os douramentos e o branco original est�o aparecendo sob a repintura”, informa Denise. Tanto no santu�rio quanto no S�o Jer�nimo, as obras t�m � frente a Associa��o Cultural Comunit�ria de Santa Luzia. Quem quiser colaborar pode enviar e-mail para [email protected].

O altar-mor da Igreja Matriz de Santa Luzia aguarda a arrecadação dos R$ 700 mil necessários para o restauro (foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
O altar-mor da Igreja Matriz de Santa Luzia aguarda a arrecada��o dos R$ 700 mil necess�rios para o restauro (foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
BENEM�RITA “Este ret�bulo, em madeira policromada, estava com repintura e foi restaurado duas vezes, sendo uma na d�cada de 1940”, diz a diretora. Para levar a obra adiante, a equipe do instituto, localizado na Rua Floriano Peixoto, mais conhecida como Rua de Tr�s, se vale de doa��es, em especial de material usado na interven��o. A obra celebra tamb�m os 120 anos de nascimento da benem�rita Maria do Carmo Moreira (1898-1989), tratada carinhosamente por Mariinha Moreira e criadora, em 1941, de uma obra social pioneira em Santa Luzia para meninas �rf�s.

Conforme as pesquisas, a fazenda onde se encontrava o altar de 3,5 metros de altura e caracter�sticas ornamentais do per�odo D. Jo�o V, pertenceu aos antepassados de Mariinha Moreira, e teria havido um acordo para que a pe�a principal da primitiva Capela de Nossa Senhora do Ros�rio fosse transferida. Uma das pistas da data de transfer�ncia foi encontrada pelos restauradores ap�s a remo��o das pe�as superiores. Bem no centro da parede, ao fundo, � poss�vel ver com bastante nitidez a assinatura do restaurador Sebasti�o Ferreira de Pinho, datada de novembro de 1944.

FACHADA
Enquanto ocorre o restauro do altar da capela, o pr�dio do S�o Jer�nimo est� cheirando a tinta nova, reluzindo nas cores tradicionais azul e branco da fachada. O servi�o resulta de um termo de ajustamento de conduta (TAC) celebrado pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais, por meio do promotor de Justi�a da comarca, Marcos Paulo de Souza Miranda, e um empres�rio, na forma de medida compensat�ria. Al�m da pintura, foram contemplados consertos no reboco, nas instala��es el�tricas e instala��o de placas de identifica��o dentro do padr�o lega.

Al�m de missas e outras cerim�nias, a capela do Instituto S�o Jer�nimo se torna fundamental para o ensaio de tr�s corais: o Mater Ecclesiae, Regina Coeli e Angelis. “A ac�stica � muito boa, da� a import�ncia do espa�o n�o s� para a religiosidade como tamb�m para a cultura”, afirma Elizabete. Por enquanto, as atividades art�sticas est�o concentradas numa sala ao lado do singelo templo.

A fachada do instituto acaba de ser pintada, em projeto que contemplou outras obras no local (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
A fachada do instituto acaba de ser pintada, em projeto que contemplou outras obras no local (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)


DOIS TEMPOS DA F�

1 - No Santu�rio de Santa Luzia, na Pra�a da Matriz, a mobiliza��o para restaurar o altar do s�culo 18. O projeto est� aprovado pelo Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha) e os recursos ser�o obtidos via Lei Rouanet

2 - A capela do Instituto S�o Jer�nimo abriga o altar, do in�cio do s�culo 19, que pertenceu � Fazenda da Baronesa e foi transferido para o singelo templo na d�cada de 1940. Equipe de volunt�rios trabalha no local e os recursos para compra do material s�o fruto de doa��es

Nos dois casos, que quiser colaborar pode mandar e-mail para [email protected]


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