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Estado de Minas

'� golpe', diz delegado que investiga tiroteio entre policiais em Juiz de Fora

Segundo as investiga��es, o empres�rio que seria o dono do dinheiro falso j� foi preso em 2009, em Minas, e em 2015, em S�o Roque, no interior de S�o Paulo


postado em 25/10/2018 08:07 / atualizado em 25/10/2018 15:33

Tiroteio no último fim de semana em um estacionamento de Juiz de Fora(foto: Fernando Priamo/ Tribuna de Minas )
Tiroteio no �ltimo fim de semana em um estacionamento de Juiz de Fora (foto: Fernando Priamo/ Tribuna de Minas )


A principal linha de investiga��o da Pol�cia Civil de Minas Gerais sobre o tiroteio entre policiais civis paulistas e mineiros em Juiz de Fora, na sexta-feira passada, aponta para uma a��o de estelionato que n�o deu certo. O confronto deixou um policial mineiro e um empres�rio mortos. Uma pessoa ficou ferida. Quatro agentes paulistas foram presos e R$ 14 milh�es, apreendidos - parte do dinheiro seria falso.

"� golpe", afirmou � reportagem o delegado Armando Av�lio Neto, encarregado do caso, ao ser questionado se haveria possibilidade de o dinheiro ter rela��o com pagamento de caixa 2 a campanhas eleitorais. Segundo as investiga��es, o empres�rio Antonio Vilela, que seria o dono do dinheiro falso e se apresentaria como Antonio Vasconcelos, j� foi preso em 2009, em Minas, e em 2015, em S�o Roque, no interior de S�o Paulo, por tentar passar para frente, nas duas ocasi�es, c�dulas falsificadas.

As investiga��es apontam que o empres�rio paulista Fl�vio de Souza Guimar�es teria ido a Juiz de Fora trocar d�lares por reais. Para isso, teria contratado uma empresa de seguran�a, que chamou policiais civis para fazer a escolta. Na outra ponta da negocia��o estaria Antonio Vilela, que levaria os reais e tamb�m teria contratado policiais para apoi�-lo. A troca de tiros supostamente aconteceu ap�s a descoberta de que haveria reais falsos nas malas, no estacionamento de um hospital.

Quatro policiais civis paulistas est�o presos preventivamente em Belo Horizonte: os investigadores Eduardo Alberto Modolo Filho e Caio Augusto Freitas Ferreira de Lira e os delegados Bruno Martins Magalh�es e Rodrigo Castro Salgado da Costa, do Grupo de Opera��es Especiais (GOE). Todos negam terem sido autores dos disparos que mataram o policial mineiro Rodrigo Francisco, de 37 anos.

O advogado dos paulistas, Leonardo Pantale�o, diz que seus clientes estavam em Minas para fazer um servi�o extraoficial, o chamado bico, o que configura infra��o administrativa. "Mas nenhum deles efetuou nenhum disparo de arma." Segundo Pantale�o, os policiais foram contratados pelo empres�rio Jer�nimo da Silva Leal J�nior, dono de uma empresa de seguran�a, para escoltar um empres�rio que "faria um neg�cio" em Juiz de Fora. Leal J�nior foi baleado e est� internado em estado grave.

As Secretarias da Seguran�a P�blica de S�o Paulo e de Minas negociam uma poss�vel transfer�ncia dos policiais civis presos de Belo Horizonte para a capital paulista. O secret�rio M�gino Alves, de S�o Paulo, disse que enviou of�cio ao colega informando que, se houver necessidade, o pres�dio espec�fico para policiais poderia receb�-los. O secret�rio S�rgio Barbosa Menezes, de Minas, afirmou que o "pedido de S�o Paulo est� sendo analisado". "No of�cio, a pol�cia (paulista) se compromete a apresentar os presos em todos os atos do processo", disse Menezes.

Entenda o caso:

Cena do crime: empres�rios e policiais civis de S�o Paulo e de Minas Gerais se envolveram em um tiroteio em Juiz de Fora na sexta-feira. O grupo teria se encontrado no estacionamento de um hospital para uma negocia��o.

Negocia��o: segundo as investiga��es, o empres�rio paulista Fl�vio de Souza Guimar�es foi at� Juiz de Fora para se encontrar com o tamb�m empres�rio Antonio Vilela. Investiga��es apontaram que Guimar�es teria negociado a troca de d�lares por reais com Vilela. J� o empres�rio paulista disse que se tratava de um empr�stimo.

Escolta: para fazer sua escolta, Guimar�es teria contratado a empresa de seguran�a de Jer�nimo da Silva Leal J�nior, que chamou nove policiais civis paulistas para esse trabalho. Vilela tamb�m estava acompanhado de policiais civis mineiros. N�o est� claro se os policiais mineiros foram contratados por Vilela.
Dois deles disseram em depoimento que estavam de folga e foram ao local do crime atendendo a um pedido de ajuda do policial que terminou morto na a��o.

Dinheiro falso: a troca de tiros teria come�ado quando os paulistas descobriram que o dinheiro oferecido por Vilela seria falso. Segundo as investiga��es, Leal J�nior teria atirado contra o policial mineiro Rodrigo Francisco, que morreu. Vilela e Leal J�nior tamb�m foram atingidos e ficaram feridos. Vilela teve alta, mas Leal J�nior segue internado em estado grave.

Pris�es: quatro policiais paulistas foram presos preventivamente em Belo Horizonte - os outros cinco contratados haviam deixado o estacionamento antes do tiroteio. Todos alegam que n�o foram autores do disparo que matou o policial Rodrigo Francisco. Os policiais civis mineiros n�o foram detidos. Vilela est� preso no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp).

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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