
De acordo com a delegada do plant�o da unidade especializada de Atendimento � Mulher, que atendeu o caso, Pollyanna Aguiar, o casal estava em casa e teria feito uso de �lcool e drogas. Por volta de 1h da manh�, uma discuss�o come�ou. "Durante essa discuss�o, ele disse que teria tido uma revela��o e que precisava exorcizar a v�tima. Foi ent�o que come�ou as agress�es. Ele pegou um banco de madeira e acertou a cabe�a dela. Em sequ�ncia, bateu a cabe�a da v�tima v�rias vezes no ch�o e ainda tentou enforc�-la", contou.
Por�m, a v�tima conseguiu se desvencilhar e pulou o muro para casa do vizinho, onde mora um agente da Guarda Municipal. O homem foi acordado ao ouvir os gritos. Por pensar que poderia se tratar de um ataque contra ele, o guarda relatou � delegada que vestiu o colete � prova de balas e pegou a arma de fogo. Depois, foi ao quintal e encontrou a v�tima seminua e muito machucada.
O guarda municipal entrou em casa com a mo�a e logo, outra vizinha, alertada pelos gritos, apareceu para prestar socorro. Foi quando todos surpreendidos pelo autor. “Quando o guarda abriu a porta para essa vizinha, o agressor entrou correndo com a faca na m�o”, contou a delegada.
Conforme o relato da testemunha, a mulher se escondeu atr�s do agente para se defender. Nesse momento, o agressor atacou o guarda com a faca atingindo-o no peito. Como o agente municipal usava o colete, n�o se feriu. Foi ent�o que o agente atirou contra o autor. "O agente pediu que o agressor se afastasse. Mas, a ordem n�o foi obedecida e um tiro foi disparado. A bala acertou a m�o e o ombro do autor", explicou.

Segundo Pollyanna, N�o havia nenhum pedido de medida protetiva em favor da v�tima. Entretanto, o poss�vel hist�rico de agress�o ainda ser� investigado. Testemunhas relataram que o casal tem um filho de, aproximadamente, tr�s anos. Ele n�o estava em casa na hora das agress�es.
A policial tamb�m chama a aten��o para o fato de que as den�ncias n�o precisam partir necessariamente das agredidas, embora no caso da prote��o prevista na Lei Maria da Penha essa participa��o seja necess�ria "A ideia de que briga de marido e mulher ningu�m mete a colher � furada. N�s temos que ajudar. O vizinho pode e deve denunciar caso ou�a ou presencie algum tipo de agress�o", completou.
Da Lei Maria da Penha � Lei do Feminic�dio
A Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) entrou em vigor no Brasil para trazer maior rigor �s puni��es em casos de agress�es sofridas pela mulher. Ela afastou a aplica��o da Lei dos Juizados Especiais (Lei 9.099/95), que se mostrava ineficaz para tais casos.
O que � o feminic�dio?
� o assassinato de uma mulher pela condi��o de ser mulher. Em 2015, a lei do Feminic�dio (Lei 13.104/15) juntou-se � Lei Maria da Penha na constru��o do empoderamento das mulheres e conjunto com as pol�ticas criadas para prevenir e punir atentados, agress�es e maus-tratos. As altera��es trazidas pela Lei do Feminic�dio trouxeram mais severidade nas penas para crimes praticados nos casos de viol�ncia dom�stica e familiar e de menosprezo ou discrimina��o � condi��o de mulher.
Rede de enfrentamento � viol�ncia contra a mulher
» Delegacia Especializada de Atendimento � Mulher – DEAM
Avenida Augusto de Lima, 1.942, Barro Preto
(31) 3295-6913
» Promotoria de Justi�a Especializada no Combate � Viol�ncia Dom�stica e Familiar contra a Mulher
Avenida �lvares Cabral, 1.881, Santo Agostinho
» Juizados de Viol�ncia Dom�stica e Familiar
F�rum Lafayette – Avenida Augusto de Lima, 1.549, 3º andar, Barro Preto
1º Juizado (31) 3330-4372 – 2º Juizado (31) 3330-4378 – 3º Juizado (31) 3330-4385 – 4º Juizado (31) 3330-4391
» Defensoria P�blica Especializada da Defesa dos Direitos das Mulheres em Situa��o de Viol�ncia
Avenida Amazonas, 558, 2º andar, Centro
(31) 3270-3202
» Certa (Centro Risoleta Neves de Atendimento)
Avenida Amazonas, 558, 1º andar, Centro
(31) 3270-32-35
» Benvinda Centro de Apoio � Mulher
Rua Hermilo Alves, 34, Santa Tereza, BH
(31) 3277-4380
(Fonte: MPMG/Divulga��o)