
A Prefeitura de BH e as empresas de �nibus n�o entraram num acordo sobre o pre�o da tarifa de �nibus. A BHTrans prop�s aumento para R$ 4,50, condicionado � contrata��o de 500 cobradores e a renova��o de 300 �nibus na frota.
O Sindicato das Empresas de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) n�o aceitou a proposta e estuda entrar na Justi�a para conseguir a recomposi��o da passagem. Auditoria contratada pelo munic�pio apontou que a tarifa est� defasada e o valor deveria ser de R$ 6,35.
Uma nova reuni�o entre PBH e empres�rios do setor est� marcada para segunda-feira, �s 11h, a confirmar. Representantes do sindicato e da prefeitura estavam em negocia��o no in�cio da tarde desta sexta-feira.
“Nossa proposta foi uma tarifa de R$ 4,50, a volta de 500 cobradores e a melhoria da qualidade do transporte, com 300 �nibus com ar-condicionado. As empresas falam que v�o recorrer � Justi�a, mas n�s demos tempo para pensarem”, afirma o presidente da BHTrans, C�lio Bouzada.
O valor foi definido a partir do c�lculo da infla��o do setor no �ltimo ano. “Daria R$ 4,55, arrendondamos para R$ 4,50”, explica Bouzada. Segundo ele, a infla��o, sobretudo com o aumento do �leo diesel, apontou a necessidade de aumentar a passagem.
O presidente do Setra-BH, Joel Paschoalin, afirmou que as empresas est�o operando no preju�zo e n�o conseguem investir na frota nem contratar cobradores. Eles estudam medidas judiciais contra a PBH. “Nosso contrato � muito claro em torno dos nossos direitos e obriga��es. Vamos procurar ver com nossos advogados o que fazer a partir da semana que vem. O m�nimo necess�rio � a reposi��o dos insumos”, afirmou.
Ele concorda que R$ 6,35 seria caro para o passageiro. “A gente entende que essa tarifa � muito alta e tamb�m n�o gostaria, mas temos que achar caminhos para amenizar e n�o simplesmente entrar numa negocia��o unilateral”, disse.
Segundo o presidente do Setra-BH, o resultado da auditoria n�o foi uma surpresa e compreende o aumento dos insumos e o “preju�zo” que o setor vem acumulando nos �ltimos anos. Ano passado, n�o houve reajuste na passagem. Paschoalin j� adiantou que as empresas n�o conseguir�o melhorar a qualidade do servi�o.
“Com certeza n�o haver� novos investimentos. As empresas n�o t�m capacidade financeira de trocar a frota, que est� com quase seis anos e vai continuar envelhecendo. Tamb�m n�o temos como recontratar cobradores”, afirma.