
Em Florestal, no povoado de Tapera, os moradores viram desde a manh� de hoje a chegada de peixes mortos e o aumento da sujeira. "Desde ontem a �gua j� mudou a cor, ficando mais marrom e com um cheiro forte. Hoje apareceram alguns peixes mortos, o que n�o � comum por aqui", conta o agricultor Jos� Raimundo Gomes da Silva, que mora desde 1982 �s margens do Paraopeba.
Ele e um grupo de vizinhos conversavam ontem sobre a trag�dia em Brumadinho e a preocupa��o com o futuro do rio. Eles n�o viram equipes da Vale ou de �rg�os ambientais na regi�o.
Alguns quil�metros de dist�ncia - mais distante de Brumadinho -, na fazenda de Mauro Roberto Muniz, a �gua do Paraopeba estava um pouco mais clara, mas os vizinhos contavam que a vaz�o do rio estava abaixo do normal.
"Nas �ltimas 24 horas o volume de �gua abaixou de repente. N�o sei o motivo, se tem rela��o com a situa��o de Brumadinho. Nunca vi abaixar assim t�o rapidamente", contou Mauro Roberto, apontando para montes de areia que surgiram nas margens do rio. "Ontem de manh� n�o tinham esses pontos de areia".
Apesar de a Vale informar que seriam feitas membranas para reten��o de res�duos ao longo do rio, entre Brumadinho e Par� de Minas, o EM n�o encontrou as a��es da empresa. Moradores ouvidos tamb�m n�o viram equipes da Vale na regi�o. A empresa n�o deu detalhes sobre onde seriam instaladas as barreiras de conten��o.
Os moradores vizinhos do rio ouvidos pelo EM n�o tiveram problemas com o abastecimento de �gua.
Em Juatuba, na parte da manh�, o EM acompanhou o trabalho das equipes da Ag�ncia Nacial das �guas (ANA), medindo a vaz�o e a qualidade do Paraopeba.
At� a publica��o desta mat�ria a Vale n�o respondeu sobre as a��es no Paraopeba.