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Estado de Minas

'Pescaria acabou agora', lamenta ind�gena de aldeia afetada pela lama

Aldeia �s margens do Rio Paraopeba foi atingida pelos rejeitos da barragem da mina da Vale, em Brumadinho


postado em 29/01/2019 16:21 / atualizado em 31/01/2019 15:22

O cacique Hãyó Pataxó diz que o peixe é a principal fonte de sobrevivência da tribo(foto: Fred Bottrel/Em/D.A Press)
O cacique H�y� Patax� diz que o peixe � a principal fonte de sobreviv�ncia da tribo (foto: Fred Bottrel/Em/D.A Press)

Desde �s 4h de s�bado, os 27 �ndios patax�s h�-h�-h�e assistem a lama descer pelo Rio Paraopeba, matando os peixes, principal fonte de alimento da tribo, na divisa entre S�o Joaquim de Bicas e Brumadinho. Piabas, tra�ras e piaus est�o empilhados na margem do rio e o cheiro de peixe podre � percebido a metros de dist�ncia.

Ver galeria . 6 Fotos Renan Damasceno/EM/D.A Press
(foto: Renan Damasceno/EM/D.A Press )


“Muitos est�o olhando o papel sujo, que � o dinheiro e s� est�o olhando os bens materiais. Eles n�o entendem que o ar puro que eles respiram s�o atrav�s das reservas, nascentes, do rio”, afirmou o cacique H�y� Patax�, que aguarda ajuda, j� que o peixe � a principal fonte de sobreviv�ncia da tribo. “Estamos precisando neste momento de cesta b�sica, da carne, porque a gente vivia do peixe”, conta.

"O povo patax� surgiu de uma gota de �gua que caiu na terra, a nossa rela��o com a �gua � muito forte", afirma C�lia Peixoto, vice-cacique. "O rio morto nos causa lamento".

Na manh� desta ter�a-feira, depois de quatro dias sem fornecimento de �guas e vivendo de ajuda de poucas doa��es, os patax�s se reuniram com representantes do governo do estado, Funda��o Nacional do �ndio (Funai), Ibama, Minist�rio dos Direitos Humanos e Secretaria Estadual de Sa�de Ind�gena.

"Pescaria acabou agora, enquanto sujeira estiver aqui n�o tem como pegar peixe"

Gerv�sio Alves de Souza, de 93 anos


“Pescaria acabou agora, enquanto sujeira estiver aqui n�o tem como pegar peixe”, lamenta Gerv�sio Alves de Souza, de 93 anos “Os peixes que tinha, pelo menos de Brumadinho para c�, acabou, n�o tem mais. As piabinhas est�o todas mortas”.

"Os peixes que tinha, pelo menos de Brumadinho para c�, acabou, n�o tem mais. As piabinhas est�o todas mortas", lamenta Gerv�sio Alves de Souza, de 93 anos (foto: Renan Damasceno/Em/D.A Press)
O governo do estado, por meio de representantes da Subsecretaria de Direitos Humanos, afirmou que vai articular com a Copasa para retomar o abastecimento da aldeia, al�m de cuidar de quest�es emergenciais de alimenta��o e �gua. J� o Minist�rio dos Direitos Humanos tem recebido demandas de ind�genas, quilombolas e  solicitou um mapeamento da popula��o ribeirinha e povos tradicionais, para cobrar assist�ncia da Vale.

As fam�lias patax�s vivem � margem do Rio Paraopeba h� cerca de um ano e meio, boa parte deles provenientes do Sul da Bahia. A Funai fez a qualifica��o fundi�ria, que � o passo inicial para que a �rea seja reconhecida como pertencente aos patax�s h�-h�-h�e.


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