
As buscas por v�timas do rompimento da Barragem do C�rrego do Feij�o, em Brumadinho, seguiram ontem com refor�os de agentes e c�es farejadores da For�a Nacional de Seguran�a P�blica, ao lado do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. A For�a pode operar na chamada �rea quente, que � a mais cr�tica, por contar n�o apenas com policiais militares e civis, mas tamb�m com bombeiros de elite de v�rios estados. O forte calor desde a �ltima chuva, h� uma semana, fez com que grande extens�es de lama e rejeitos se solidificassem em blocos de placas trincadas, que lembram o solo sertanejo. Com isso, as equipes de buscas puderam ampliar seu raio de a��o, revisitando com os c�es espa�os antes acess�veis apenas por meio de rastejamento.
As equipes aproveitaram essa condi��o para percorrer �reas do refeit�rio de funcion�rios da mineradora Vale, o entorno do �nibus que foi desenterrado e onde foram resgatados dois corpos e os arredores de moradias desintegradas pela avalanche de lama e rejeitos na pequena comunidade de C�rrego do Feij�o. Havia bombeiros at� no meio do grande vale formado pela passagem do tsunami de destrui��o, em locais onde antes um rio havia se constitu�do. De acordo com os socorristas que atuaram nas opera��es de ontem, o esgotamento da barragem de �gua que amea�ava ruir dentro da mineradora ajudou a ampliar a �rea de buscas.
Um desses grupos, composto por 12 agentes da For�a Nacional ao lado de oito bombeiros, foi acompanhado pela reportagem do Estado de Minas. Nas proximidades das moradias arrasadas em C�rrego do Feij�o, eles chegaram a escavar alguns pontos onde os c�es indicaram a presen�a de algo em estado de putrefa��o, o que era refor�ado pelo sobrevoo de urubus. Os bombeiros chegaram a afundar at� a cintura nessa opera��o de busca. Usando primeiro uma p� pequena e enxadas, os resgatistas passaram a ampliar essa �rea de procura com p�s maiores, mas a localiza��o de um corpo foi descartada, sendo maior a probabilidade de se tratar de animais mortos nessa �rea de fazendas, como bois, bezerros, cavalos e porcos.
Outra �rea que tem sido intensamente vasculhada desde o primeiro dia s�o os setores administrativos e de opera��o da mineradora Vale. Pelo menos quatro escavadeiras anf�bias, que conseguem se deslocar na lama, e regulares, com esteiras, revolvem o barro que encobre p�tios e estruturas. Em volta, bombeiros usam bast�es para sondar o solo atr�s de v�timas ou ind�cios de estruturas onde mais buscas possam ser feitas.
IDENTIFICA��ES Ontem, o Instituto M�dico-Legal (IML) identificou mais oito corpos resgatados na �rea. Com isso, o n�mero de v�timas cujos nomes foram divulgados pela Pol�cia Civil passou para 107 – 88,4% dos 121 mortos contabilizados pelo Corpo de Bombeiros. Outras 212 pessoas continuam desaparecidas, enquanto 395 foram encontradas vivas.
Segundo a Pol�cia Civil, o IML j� liberou a maioria dos corpos identificados. Onze permanecem no local, aguardando retirada por parte de parentes. S�o eles: Alexis C�sar Jesus Costa, Cl�udio M�rcio dos Santos, Dennis Augusto da Silva, Izabela Barroso C�mara, Lenilda Cavalcante Andrade, Leonardo Pires de Souza, Let�cia Mara Anizio de Almeida, Lourival Dias da Rocha, L�cio Rodrigues Mendanha, Rodney Sander Paulino Oliveira e Sebasti�o Divino Santana. Os corpos de Let�cia Rosa Ferreira Arrudas e Rangel do Carmo Janu�rio dever�o ser retirados pelas funer�rias designadas para seus enterros, de acordo com nota da corpora��o.