
A Justi�a exigiu que a mineradora Vale pare de lan�ar rejeitos em oito barragens em Minas Gerais e deixe de praticar qualquer atividade que aumente os riscos das estruturas. A ordem inlcui a desativa��o da barragem Laranjeiras, da Mina de Brucutu, em S�o Gon�alo do Rio Abaixo, na Regi�o Central de Minas, considerada a maior de Minas Gerais e um dos maiores complexos miner�rios do mundo. A mina teve suas atividades suspensas.
Confira as barragens proibidas pela Justi�a de receber rejeitos
A jusanteLaranjeiras – Mina do Brucutu, S�o Gon�alo do Rio Abaixo
Capit�o do Mato – Mina Capit�o do Mato, Nova Lima
Dique B – Mina Capit�o do Mato, Nova Lima
Taquaras – Mina Mar Azul Velhas, Nova Lima
Menezes II – C�rrego do Feij�o, Brumadinho
A montante
Forquilha I – Mina do F�brica, Ouro Preto
Forquilha II – Mina do F�brica, Ouro Preto
Forquilha II – Mina do F�brica, Ouro Preto
Somente o impacto estimado da paralisa��o tempor�ria da barragem de Laranjeiras, na mina de Brucutu, � de aproximadamente 30 milh�es de toneladas de min�rio de ferro por ano. Isso representa 7,5% da produ��o total estimada pela Vale para este ano, que � de cerca de 400 milh�es de toneladas. A unidade � a maior mina de ferro de Minas Gerais em produ��o e a segunda maior do pa�s, atr�s apenas de Caraj�s, no Par�.
O Judici�rio tamb�m determinou a interrup��o do uso das barragens Capit�o do Mato, na Mina Capit�o do Mato, do Dique B, na Mina Capit�o do Mato, e da barragem Taquaras, na Mina Mar Azul, as tr�s em Nova Lima, na regi�o metropolitana. A decis�o se aplica tamb�m a tr�s barragens – Forquilha I, Forquilha II e Forquilha III –, na Mina do F�brica, em Ouro Preto, na Regi�o Central, al�m da barragem Menezes II, na Mina C�rrego do Feij�o, em Brumadinho.
Segundo a mineradora, tr�s das barragens – Forquilha I, Forquilha II e Forquilha III –, todas na Mina do F�brica, em Ouro Preto, na Regi�o Central, j� estavam inoperantes. As tr�s usam o m�todo chamado alteamento a montante, o mais inseguro e o mesmo adotado na barragem I da Mina C�rrego do Feij�o, que rompeu no �ltimo dia 25, em Brumadinho, na Grande BH. At� agora, s�o 134 mortes confirmadas e 199 pessoas desaparecidas.
JUSANTE E MONTANTE Depois da trag�dia provocada pela Vale, a empresa adotou plano de descomissionamento acelerado das barragens a montante, que encerra o uso da estrutura e a incorpora ao meio ambiente. Mas a Justi�a tamb�m pediu que a empresa se abstenha de usar outras cinco barragens – Laranjeiras, Dique B, Taquaras, Menezes II e Capit�o do Mato – que usam outro m�todo, chamado de aterro compactado, constru�das a jusante.
“As estruturas convencionais t�m prop�sito exclusivo de conten��o de sedimentos e n�o de disposi��o de rejeitos, � exce��o da barragem de Laranjeiras”, explica a Vale. Por causa do sigilo, a Justi�a e o MP n�o esclare�am as raz�es do pedido de interdi��o das barragens. “Todas as barragens est�o devidamente licenciadas e possuem seus respectivos atestados de estabilidade vigentes.
A Vale entende, assim, que n�o existe fundamento t�cnico ou avalia��o de risco que justifique uma decis�o para suspender a opera��o de qualquer dessas barragens”, informou, em nota, a empresa.
FISCALIZA��O A Ag�ncia Nacional de Minera��o (ANM) vai ampliar a fiscaliza��o nas barragens a montante – o mesmo modelo das que se romperam em Brumadinho e Mariana. Segundo of�cio obtido pelo Jornal Nacional, da TV Globo, as inspe��es nessas represas passar�o a ser di�rias a partir de agora. At� ent�o, os relat�rios eram protocolados no Sistema Integrado de Gest�o de Seguran�a de Barragens de Minera��o (SIGBM) a cada 15 dias. Segundo o gerente regional da ANM em Minas, J�nio Alves Leite, o �rg�o pretende, a partir dessa medida, antever “eventuais altera��es de estabilidade das estruturas”.