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Estado de Minas

Familiares de desaparecidos da barragem da Vale temem n�o poder sepultar parentes

Com 199 pessoas ainda desaparecidas, Corpo de Bombeiros alerta pela primeira vez que muitas das v�timas podem jamais ser localizadas, aumentando a ang�stia das fam�lias


postado em 05/02/2019 06:00 / atualizado em 05/02/2019 08:00

Ontem, 11º dia desde o rompimento, equipes enfrentaram dificuldades diante da chuva, que voltou a tornar instável o terreno tomado pela lama. Tempo e decomposição se tornam maiores adversários do resgate (foto: Túlio Santos/EM/D.A PRESS)
Ontem, 11� dia desde o rompimento, equipes enfrentaram dificuldades diante da chuva, que voltou a tornar inst�vel o terreno tomado pela lama. Tempo e decomposi��o se tornam maiores advers�rios do resgate (foto: T�lio Santos/EM/D.A PRESS)
Brumadinho – Onze dias depois do rompimento da Barragem 1 da Vale na Mina de C�rrego do Feij�o, distrito de Brumadinho, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, o Corpo de Bombeiros, que comanda os trabalhos de buscas por v�timas, admitiu oficialmente pela primeira vez que nem todos os desaparecidos devem ser encontrados em meio ao mar de lama, de onde j� foram resgatados restos mortais de 134 pessoas. Chama a aten��o o fato de a declara��o, que partiu do porta-voz da corpora��o, tenente Pedro Aihara, ocorrer enquanto ainda h� 199 v�timas desaparecidas.


Do ponto de vista t�cnico, os bombeiros admitem que a quantidade de rejeitos e o est�gio de decomposi��o dos corpos de agora em diante vai dificultar e pode inviabilizar a recupera��o de restos mortais. Por mais que essa situa��o tamb�m seja considerada por parentes e amigos de pessoas que ainda constam como desaparecidas, a possibilidade de encerrar a opera��o sem o resgate de todos os corpos aumenta a ang�stia e aperta o cora��o de quem espera pelo menos ter o direito de sepultar seus familiares e amigos.

Quando a for�a-tarefa que coordena a opera��o montada ap�s o rompimento da barragem anunciou que 134 corpos j� foram resgatados, dos quais 120 identificados pela Pol�cia Civil, o alto n�mero de desaparecidos, que pode levar a trag�dia a mais de 300 mortos, aumentou a ang�stia das fam�lias. “Do ponto de vista t�cnico, chega um ponto que, pela quantidade de rejeitos e pelo est�gio de decomposi��o dos corpos, essa recupera��o n�o � poss�vel (do total de corpos). � justamente por isso que montamos uma opera��o desse tamanho, para que a gente consiga recuperar o maior n�mero de corpos poss�vel. Mas, pela quest�o biol�gica, � poss�vel que alguns corpos n�o sejam recuperados”, disse o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros.

Ele explicou que os militares trabalham sempre com a possibilidade de achar algu�m com vida, mas em virtude dos protocolos da corpora��o e da literatura associada a esse tipo de desastre, passadas 120 horas ap�s o evento e tamb�m diante da caracter�stica da lama, a probabilidade de encontrar sobreviventes � matematicamente pr�xima de zero. “Os bombeiros est�o fazendo o trabalho deles e s�o verdadeiros her�is, mas realmente v�o ficar muitas pessoas enterradas nessa lama. Isso traz uma dor ainda maior para os familiares”, diz Alcir Carlos dos Santos, de 40 anos, que tem dois primos ainda desaparecidos. “Poder enterrar o familiar que desapareceu � a mesma coisa que retirar mil quilos das costas. Pelo menos a pessoa teve um enterro digno e descansou”, diz ele, que tamb�m teve a experi�ncia de enterrar uma ex-mulher, resgatada do mar de rejeitos. “O problema � voc� ficar a vida inteira se lembrando da pessoa dentro do barro”, acrescenta.

O operador de m�quinas Ailton Sales de Assis, de 57, conhecia dezenas de pessoas que foram engolidas pela lama, e tamb�m tem um primo na lista das v�timas que n�o foram encontradas. “Tamb�m creio que nem todos v�o ser resgatados. E � muita tristeza. Ter um parente desaparecido aumenta muito a dor. Quando essas pessoas cujos familiares n�o foram encontrados v�o ter sossego?”, questiona ele, que � conhecido em C�rrego do Feij�o como Pacheco.

"Ter um parente desaparecido aumenta muito a dor. Quando essas pessoas cujos familiares n�o foram encontrados v�o ter sossego?", diz Ailton Sales de Assis, operador de m�quinas (foto: T�lio Santos/EM/D.A PRESS)


A gerente de estoque e expedi��o Karolainy Stefany, de 21, enterrou no domingo uma familiar que trabalhava na casa dos donos da Pousada Nova Est�ncia. Cristina de Paula foi retirada da lama pelo Corpo de Bombeiros e p�de receber a �ltima homenagem dos parentes. “� um alento para a fam�lia. Se ela ficasse desaparecida  seria muito pior, pois todos viveriam um luto sem fim.”

MAIS OBST�CULOS Ontem, o 11º dia de buscas pelos desaparecidos ap�s o rompimento da barragem foi marcado por dificuldades operacionais dos bombeiros diante da chuva. A altera��o das condi��es da lama na chamada zona quente, onde se concentram os trabalhos de resgate, fez com que os militares fossem alocados para buscas nas margens do Rio Paraopeba. Por volta do meio-dia, as equipes que somam 400 homens e mulheres voltaram a ser empregadas nas �reas mais pr�ximas da barragem.

No local onde ficava um vesti�rio na �rea administrativa da Vale, foram retirados restos mortais de tr�s v�timas, e os bombeiros acreditam que o fato de nem toda a estrutura ter sido destru�da pode ajudar na preserva��o de alguns corpos, permitindo a identifica��o de forma mais r�pida pela Pol�cia Civil. “J� come�amos a fazer o acesso, tiramos tr�s v�timas, e a possibilidade de encontrarmos outras em um estado que facilite a identifica��o desses corpos pela Pol�cia Civil � grande”, informou o tenente Pedro Aihara, acrescentando que h� uma concentra��o de equipes nessa �rea.

Incerteza: a segunda dor


A camisa amarela pendurada no letreiro na entrada de Brumadinho, com os dizeres “Saudades eternas, Banana”, n�o deixa d�vidas de que Walaci Junhior Candido da Silva, de 25 anos, era um apaixonado por futebol. Desde que a barragem da Vale na Mina C�rrego do Feij�o se rompeu, h� 11 dias, ele est� sendo “velado” todos os dias pela fam�lia, que busca incansavelmente o direito de enterrar o ente querido. Como esses, dezenas de outros parentes dos atingidos cobram das autoridades e da Vale um conforto que os bombeiros admitiram ontem que nem todos ter�o. Isso porque, pela caracter�stica do desastre, corpos devem ficar para sempre desaparecidos, como ocorreu com uma das 19 v�timas do crime na barragem de Fund�o, em Mariana.

“Com vida n�o temos esperan�a de encontrar, temos que ser realistas, mas queremos que pelo menos encontrem o corpo, para minha tia ter um alento, o sossego de pelo menos saber que foi sepultado. Enquanto n�o se enterra a pessoa, parece que fica uma esperan�a, fica algo solto. Todos precisam ter um enterro digno, a hist�ria da pessoa tem que ter come�o meio e fim”, desabafou a auxiliar administrativa Raquel Aparecida de Jesus Lopes, de 37 anos, prima de Walaci.

"Com vida n�o temos esperan�a de encontrar, mas queremos que pelo menos encontrem o corpo, para minha tia ter um alento, o sossego de pelo menos saber que foi sepultado", diz Raquel Aparecida de Jesus Lopes, auxiliar administrativa e prima de desaparecido (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)


O jovem de 25 anos prestava servi�os de limpeza havia cerca de tr�s anos nos escrit�rios da Vale, contratado pela empresa terceirizada Manserv. Inconsol�veis, a esposa, Girlaine Neves, de 24, e a m�e J�lia, de 56, est�o entre os que aguardam respostas. Banana jogava futebol pelos times de Brumadinho e, mesmo quando n�o tinha dinheiro, era escalado para jogos com os colegas da Vale. Provavelmente estava no pr�dio da �rea administrativa quando a lama de rejeitos o levou, junto com v�rios colegas.

A professora Rosimeire Aparecida Oz�rio Oliveira, de 53, enterrou a irm� ca�ula Rosilene Oz�rio Pizzane Mattar, de 48, na quarta-feira, e at� ontem ainda buscava pelo cunhado, marido de Rosilene, Jo�o Paulo Valadares Mattar, de 36. O casal trabalhava na Vale em setores diferentes e estava em C�rrego do Feij�o na hora do rompimento. “Nossa esperan�a � ainda encontrar o corpo do meu cunhado, as buscas precisam continuar”, disse Rosimeire, que mora em Brumadinho.

O sentimento de luto n�o faz com que ela deixe de cobrar Justi�a. “Isso n�o se faz, eles sabiam do risco que estava acontecendo l�”, disse. A fam�lia foi ontem � Esta��o do Conhecimento da Vale, em Brumadinho, em busca de mais informa��es sobre a situa��o.

Pouco antes, a alguns metros dali, o Corpo de Bombeiros admitia que fam�lias como a dela podem ficar sem saber onde foram parar os corpos de seus parentes. A afirmativa, com base em dados t�cnicos, foi feita pelo porta-voz da corpora��o, tenente Pedro Aihara. De acordo com ele, a decomposi��o natural dos corpos torna cada vez mais dif�cil que eles sejam resgatados.

“Em situa��es desse tipo, que a gente tem estrutura colapsada e lama, j� � esperado que a totalidade dos corpos n�o seja encontrada. Ent�o, a gente trabalha o mais r�pido poss�vel para poder ser efetivo e encontrar o maior n�mero. S� que evidentemente, pela caracter�stica da trag�dia e pela situa��o biol�gica de decomposi��o, alguns corpos a gente estima que, infelizmente, n�o ser� poss�vel recuperar. Que seja o menor n�mero poss�vel”, afirmou.

De acordo com o tenente, � esperada uma redu��o no n�mero de corpos encontrados por dia. Isso porque, em um primeiro momento, s�o resgatados aqueles que est�o em n�veis mais superficiais da lama. “Essa recupera��o � muito mais f�cil de acontecer, tanto pelo ponto de vista de esses corpos serem achados com mais facilidade, quanto do ponto de vista de retirada deles”, detalhou.

Ver galeria . 5 Fotos De propriedade da mineradora Vale, a barragem 1, situada na mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, deixou pessoas mortas, desaparecidos e uma devastação ambientalTúlio Santos/EM/D.A Press
De propriedade da mineradora Vale, a barragem 1, situada na mina do C�rrego do Feij�o, em Brumadinho, deixou pessoas mortas, desaparecidos e uma devasta��o ambiental (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press )


OBST�CULOS Com o avan�ar dos dias, de acordo com o tenente, al�m de ser mais complicada a localiza��o, a log�stica para um resgate � muito mais dif�cil e demorada. No est�gio atual, para cada novo corpo � preciso fazer um trabalho de escoramento do local e um meticuloso manuseio, para n�o atrapalhar a identifica��o posterior, a cargo do Instituto M�dico Legal (IML).

“A quantidade de corpos vai diminuir mesmo. Com rela��o a tempo de opera��o, vai durar meses, certamente. Em Mariana, que teve um n�mero muito menor de corpos, ficamos tr�s meses e aqui a gente pretende operar por esse tempo. S� vamos parar quando for imposs�vel fazer um resgate de corpos”, garantiu Aihara.

At� a manh� de ontem, 134 corpos haviam sido resgatados e 199 pessoas estavam desaparecidas em Brumadinho. Em Mariana, onde a Barragem do Fund�o se rompeu em novembro de 2015, foram 19 mortos sendo que um dos corpos nunca foi encontrado.

A chuva pela manh� prejudicou as buscas na chamada �rea quente de Brumadinho. Por isso, as equipes de busca se deslocaram para o leito do Rio Paraopeba. No local, dois fragmentos de corpos haviam sido encontrados no dia anterior por equipes do Ibama, que acionaram os bombeiros para o resgate. � tarde, as equipes retornaram para as �reas com maior incid�ncia de lama e aumentaram o maquin�rio pesado usado para o trabalho, de cinco para 15 equipamentos. A previs�o � que as chuvas nos pr�ximos dias atrapalhem um pouco o ritmo das buscas.

COMUNIDADE ILHADA A chuva tamb�m complicou um dos acessos vicinais a C�rrego do Feij�o, deixando ve�culos atolados em meio ao barro. Uma dificuldade a mais para uma comunidade que perdeu a liga��o direta com Brumadinho, munic�pio do qual faz parte, desde o dia da cat�strofe. Um dos pontos de bloqueio rodovi�rio est� na rodovia Alberto Flores, onde a lama extravasou o leito natural do c�rrego que d� nome � localidade e passou por cima da pista, na altura do Parque da Cachoeira, bairro que tamb�m atingido. Outros dois acesso tamb�m tiveram problemas e por isso a liga��o vi�ria direta com a sede n�o � mais poss�vel.

Um desses pontos est� pr�ximo ao pontilh�o que teve parte de sua estrutura arrancada e outro j� dentro da comunidade. Ambos est�o bloqueados pela Pol�cia Militar. Ontem, a �nica alternativa que permanecia vi�vel era chegar a C�rrego do Feij�o por Casa Branca. A chuva eliminou a alternativa por uma estrada de terra saindo da rodovia que liga Piedade do Paraopeba a Brumadinho. Essa conex�o ficou repleta de barro escorregadio, que imp�s uma barreira a quem tentou se aventurar.

Puni��o dura e responsabilidade


Grande parte dos brasileiros desejam penas duras para a mineradora Vale e seus diretores ap�s a trag�dia ocorrida em Brumadinho, na Grande BH. De acordo com levantamento do Instituto Paran� Pesquisas, 65,7% da popula��o do pa�s � a favor de que a empresa perca licen�a para trabalhar no setor da minera��o, enquanto 28% � contra e 6,4% n�o soube responder. Ainda segundo o estudo, 63,4% dos ouvidos classificam a companhia como a principal respons�vel pela cat�strofe. Outros 21,3% colocam a maior culpa no governo de Minas, enquanto uma parcela de 10,4% acusa a Uni�o. Pouco mais de 1% analisa o desastre como um acidente e 3,6% n�o responderam.

O estudo teve como objetivo avaliar a percep��o do brasileiro sobre o desastre de Brumadinho. De acordo com o Instituto Paran� Pesquisas, 66,2% das pessoas que responderam ao question�rio s�o favor�veis a suspens�o de todas as licen�as de minera��o. Cerca de 25% s�o contra e 8,4% n�o souberam responder. Quanto aos executivos da Vale, 52,6% da popula��o defende a pris�o dos dirigentes. O afastamento e a determina��o de multas s�o a melhor puni��o para 24,2% dos ouvidos. Para 13,3% a Justi�a deveria congelar os bens do alto escal�o da mineradora.

Os reflexos da trag�dia de Mariana tamb�m entraram em debate. Segundo o estudo, 91% dos brasileiros creem que o rompimento da barragem B1 da Mina C�rrego do Feij�o poderia ter sido evitado se a Justi�a tivesse punido a Samarco e suas controladoras, Vale e BHP Billiton, da maneira correta. Para cerca de 3% dos ouvidos, os vazamentos n�o t�m rela��o. A mesma quantidade de pessoas afirmaram que os desastres n�o poderiam ter sido evitados.

Paran� Pesquisas revelou ainda que 35,1% dos brasileiros s�o a favor da cria��o de uma empresa estatal para realizar toda a atividade miner�ria no pa�s. Outros 58,9% dos ouvidos v�o na contram�o, enquanto 6% n�o se posicionaram.

Para chegar aos resultados, o Instituto ouviu 2.420 brasileiros situados em 188 munic�pios de 26 estados e do Distrito Federal. As entrevistas ocorreram entre 30 de janeiro e 3 de fevereiro. O levantamento foi feito on-line e tem margem estimada de erro de aproximadamente 2,0% para os resultados gerais.

Tr�s corpos em vesti�rio


Localizado no �ltimo s�bado, o vesti�rio que ficava na �rea administrativa da Vale se tornou  um dos pontos priorit�rios das buscas do Corpo de Bombeiros em Brumadinho, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Os militares j� conseguiram entrar na estrutura, que foi parcialmente atingida pelo mar de lama proveniente da barragem que se rompeu na Mina C�rrego do Feij�o. E j� houve resgates no local. “Tivemos um avan�o importante no nosso acesso. J� tiramos tr�s corpos de pessoas que estavam no vesti�rio”, anunciou ontem o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros.

Segundo ele, h� possibilidade de mais v�timas serem encontradas no vesti�rio. Por isso, um grande efetivo de militares trabalhava na regi�o ontem. A lama provocou o colapso apenas parcial da estrutura. “Isso � importante, porque ocorre uma situa��o que a gente chama na doutrina de ‘espa�os vitais isolados’, que s�o locais que n�o foram invadidos pela lama e est�o, de certa forma, protegidos pela estrutura do vesti�rio. Ent�o, come�amos a fazer o acesso e j� tiramos tr�s v�timas. A possibilidade de encontrar mais v�timas em um estado que facilite a identifica��o desses corpos pela Pol�cia Civil  � grande”, comentou Aihara.

Durante a madrugada, choveu forte em Brumadinho e as buscas tiveram que ser suspensas por quest�es de seguran�a. Quando as precipita��es deram tr�gua, uma das aeronaves do Corpo de Bombeiros sobrevoou a regi�o para localizar pontos seguros para as buscas, mas rapidamente voltou a chover.

De acordo com Aihara, quando a chuva parou, no fim da manh�, as buscas foram retormadas na �rea quente. “Quando ocorre essa chuva, h� uma acomoda��o desse rejeito. A previs�o de que a chuva duraria at� o fim da manh� se cumpriu e j� estamos mandando efetivo novamente � zona quente (a �rea com maior probabilidade de resgate de corpos)”, disse.

No in�cio da tarde, o tenente-coronel Anderson Passos, do Corpo de Bombeiros, informou que por volta das 13h30 j� havia condi��es de voo. Com isso, as aeronaves tamb�m voltaram a atuar. “Vamos retomar as buscas gerenciando o risco, exceto num ponto � direita da barragem rompida, que oferece menor seguran�a”, informou.


*Estagi�ria sob supervis�o do editor Roney Garcia


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