
Organiza��es n�o governamentais, entidades locais e moradores de Brumadinho, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), se uniram para dar apoio aos atingidos pelo rompimento da Barragem da Mina C�rrego do Feij�o. A ideia do movimento Eu luto – Brumadinho vive � fazer a ponte entre v�timas e familiares de mortos e desaparecidos com o poder p�blico e a Vale e buscar a repara��o de danos ambientais, c�veis e trabalhistas, assim como a responsabiliza��o criminal pela trag�dia. O plano de a��o ter� como base a an�lise de medidas judiciais e administrativas do caso da represa de Fund�o, em Mariana, na Regi�o Central do estado. Outro objetivo � evitar a viola��o de mais direitos no munic�pio.
O grupo foi constitu�do em forma de rede de apoio a curto, m�dio e longo prazo para assessorar as fam�lias atingidas nas �reas psicol�gica, social e jur�dica. Tamb�m vai cuidar de quest�es relacionadas ao meio ambiente e � salvaguarda das hist�rias e mem�rias das comunidades atingidas.Grupos tem�ticos tamb�m est�o sendo formados para dar esse suporte nas �reas de tecnologia e meio ambiente, educa��o, comunica��o e mem�rias. O Eu luto – Brumadinho vive tem a assessoria do P�los de Cidadania (Programa de Extens�o, Ensino e Pesquisa da UFMG) e por membros da PUC Minas (Programa de P�s-Gradua��o em Administra��o).

Reuni�es est�o sendo feitas com a comunidade. Na pr�xima, domingo, um dos assuntos a ser discutido tem a ver com os tr�mites jur�dicos e notariais dos atestados de �bito, al�m dos caminhos para o julgamento da Vale. “N�o queremos um acord�o, como o que foi feito � revelia do Minist�rio P�blico e da sociedade civil, quando criaram a Renova, que n�o tem representatividade dos atingidos de Mariana”, ressalta. A Funda��o Renova foi criada para executar a repara��o dos danos provocados pelo rompimento da Barragem de Fund�o.
A preocupa��o maior do grupo � minimizar o sofrimento das fam�lias atingidas, mas tamb�m prestar apoio para enfrentamento das consequ�ncias desse evento. “A experi�ncia de Mariana evidenciou que a estrat�gia da empresa para minimizar seus preju�zos foi fundada na falta de protagonismo dos atingidos nos processos de resolu��o do conflito, com a desestrutura��o de la�os comunit�rios e familiares, com isolamento e fragmenta��o e inclusive criminaliza��o de lideran�as comunit�rias. A situa��o, que j� era alarmante, agravou-se com a cria��o da Funda��o Renova, pois afastou do di�logo para solu��o do conflito os atingidos. O pr�prio conceito de atingido foi desconstru�do pela empresa, com intuito de reduzir os custos com indeniza��es.”