
Um monumento para unir afetos, mostrar uni�o e, principalmente, reverenciar a mem�ria dos 186 mortos e at� agora 122 desaparecidos na trag�dia de rompimento da barragem da Mina C�rrego do Feij�o, em 25 de janeiro, em Brumadinho. Por iniciativa da Arquidiocese de BH, ser� erguido na cidade o Memorial Minas de Esperan�a. A pedra fundamental foi lan�ada, com a b�n��o do marco pelo arcebispo metropolitano dom Walmor Oliveira de Azevedo, quando se completou um m�s da cat�strofe que comoveu os brasileiros e ganhou destaque na imprensa internacional.
O memorial ficar� no Centro de Forma��o de L�deres, na Rua Alberto Cambraia, 140, no Centro de Brumadinho. De acordo com a arquidiocese, o Minas de Esperan�a ter� 20 metros de altura e contar� com seis sinos. O objetivo � que toquem sempre �s 12h28, momento em que ocorreu o rompimento da barragem que despejou 12,7 milh�es de metros c�bicos de rejeitos de min�rio na Bacia do Rio Paraopeba, com soterramento de afluentes, como o Ribeir�o Ferro Carv�o, e contamina��o por rejeitos e metais pesados de um dos principais tribut�rios da Bacia do Rio S�o Francisco.
Conforme o projeto, o memorial trar� em sua base os nomes de todas as v�timas da cat�strofe, ocorrida pouco mais de tr�s anos ap�s aquela que era considerada a maior trag�dia socioambiental do pa�s, representada pelo rompimento da Barragem do Fund�o, em Mariana, na Regi�o Central. A comunidade de Brumadinho p�de conhecer o projeto arquitet�nico durante a missa presidida na Matriz de S�o Sebasti�o, em Brumadinho, que contou com a presen�a do n�ncio apost�lico (embaixador do Vaticano no pa�s), dom Giovanni d’Aniello.
PARQUE ESTADUAL Quem visita as �reas atingidas pelo vazamento da barragem da Vale em Brumadinho tem a impress�o de que muitas delas se transformaram num grande cemit�rio, tal a quantidade de lama que sepultou vidas, casas, �rvores e bens particulares. Diante da terra arrasada, muitas pessoas se emocionam e, independentemente da convic��o religiosa, ficam em sil�ncio, em sinal de respeito ou rezando em homenagem aos mortos e desaparecidos. A pergunta da maioria � sobre o que ser� feito na regi�o devastada.
Recentemente, em entrevista ao Estado de Minas, o secret�rio de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel, Germano Luiz Gomes Vieira, disse que uma das ideias � que a regi�o atingida pelo rompimento da barragem se torne um memorial em forma de parque. “Um lugar de paz, onde as pessoas possam ir, rezar, enfim, reverenciar a mem�ria dos mortos e desaparecidos. E, assim, nunca deixar que a trag�dia seja esquecida”, afirmou.
J� na entrada de Brumadinho, um local que se tornou s�mbolo da trag�dia continua alvo de visita��o e de ora��es. Trata-se do nome da cidade em letras de concreto, pintado de branco, que recebeu cruzes, velas, bandeiras, nomes das v�timas, flores e outros objetos que mostram a saudade e a certeza de que nada ser� esquecido.
