
Depoimentos de funcion�rios da Vale e de engenheiros da T�v Sud, empresa que forneceu laudo de estabilidade da barragem que se rompeu em Brumadinho, na Grande BH, refor�am que a mineradora sabia dos riscos desde 2017. As investiga��es apontam que a empresa tentou m�todos para aumentar o c�lculo de estabilidade da estrutura, mas sem sucesso. Por isso, resolveu colocar drenos no reservat�rio para tentar retirar a �gua. O que tamb�m n�o foi eficaz. O desastre segue sendo investigado por uma for�a-tarefa entre as pol�cias Civil e Federal, e minist�rios p�blicos de Minas Gerais e Federal.
A ruptura das barragens 1, 4 e 4A da Mina C�rrego do Feij�o, em Brumadinho, aconteceu em 25 de janeiro. O rompimento provocou a maior cat�strofe humana e socioambiental do Brasil, deixando 197 mortos e 111 desaparecidos sob mais de 12 milh�es de metros c�bicos de rejeitos de minera��o. A lama de rejeitos tamb�m atingiu o Rio Paraopeba.
Desde o dia do desastre, a for�a-tarefa investiga o caso. Depoimentos divulgados pelo Fant�stico, da Rede Globo, mostrou que os �rg�os envolvidos no inqu�rito acreditam que o rompimento n�o foi acidente. Depoimentos de funcion�rios da Vale e da T�v Sud mostram que a empresa j� sabia dos riscos de rompimento.
De acordo com inqu�rito, em 2017, durante um evento da mineradora, uma consultora teria informado que a barragem tinha uma margem de seguran�a muito baixa. Ao saber do risco, a empresa, em vez de tomar medidas concretas, segundo as investiga��es, tentou outras metodologias para tentar aumentar o grau de seguran�a. Mas, sem sucesso.
Diante disse, segundo apontam as investiga��es, come�ou a instalar drenos, chamados de Drenos Horizontais Profundos (DHPs) para retirar a �gua da barragem. O m�todo poderia levar riscos para a estrutura, de acordo com os investigadores. O engenheiro da T�v Sud Makoto Namba, um dos que assinou o laudo de estabilidade, afirmou, durante o depoimento, que a coloca��o dos DHPs foi uma “barbeiragem”.
Outra medida tomada pela Vale foi a troca dos piez�metros, que fazem o monitoramento da barragem e s�o automatizados. A mineradora informou que eles apresentaram falhas em 10 de janeiro. Por isso, instalaram novos aparelhos. Os equipamentos acusaram picos de press�o na barragem dias antes do rompimento, mas a mineradora, segundo o inqu�rito, considerou erros de medi��o. A situa��o ser� apurada pela for�a-tarefa.