
Riscos e alertas relacionados � Barragem Casa de Pedra, em Congonhas v�m sendo denunciados em sucessivas reportagens do Estado de Minas. Em novembro de 2017, medida que parecia ser a primeira efetivamente tomada em caso de colapso era mais um sinal de alerta. No in�cio daquele m�s, o governo do estado organizou sigilosamente um grupo de a��o emergencial, formado especialmente pelos Bombeiros, Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) e Pol�cia Militar, para se antecipar em caso de necessidade de evacua��o da �rea abaixo da represa. Por�m, at� hoje, a �nica provid�ncia relativa �s preocupa��o ligadas � opera��o do reservat�rio havia sido a transfer�ncia do comandante local dos bombeiros, que falou claramente sobre o temor representado pela estrutura – alerta que se agora revela mais que fundamentado.
Desde 2016, o empreendimento da CSN, segundo auditorias apresentadas pelo Centro de Apoio T�cnico do Minist�rio P�blico, luta contra o aparecimento de surg�ncias, que a grosso modo, seriam infiltra��es na estrutura dos maci�os do conjunto de barragens. Em 11 de novembro, dois dias depois de o EM revelar o plano de emerg�ncia do governo, of�cio assinado pelo comando do Corpo de Bombeiros afastava o capit�o Ronaldo Rosa de Lima, que respondia pela cidade.

E n�o apenas a Casa de Pedra inspira preocupa��o. N�o � toa, a cidade dos Profetas � tamb�m a cidade do medo. Ela � cercada por outras 23 barragens. No total, s�o 23 represas de rejeitos de minera��o – incluindo Casa de Pedra – e uma de �gua, distribu�das entre Companhia Sider�rgica Nacional (CSN), Vale, Gerdau e Ferrous. Todas est�o inclu�das na categoria de risco baixo, mas 13 t�m potencial associado considerado alto. O risco mede os n�veis de problema que cada estrutura tem, incluindo a probabilidade de ruptura. J� o potencial associado indica os danos (ambientais, sociais e econ�micos) que podem ocorrer em caso de desastre. Sete barragens t�m potencial m�dio e o restante, baixo.