Ind�genas protestam em rodovias mineiras contra proposta do Minist�rio da Sa�de

Membros de diferentes tribos ind�genas de Minas Gerais protestaram, na manh� desta quarta-feira, contra a propostas do Minist�rio da Sa�de de mudan�as no atendimento a essas popula��es. Uma das ideias seria transformar a Secretaria Especial de Sa�de Ind�gena (SESAI) em um departamento em outra secretaria. A mobiliza��o tamb�m ocorre em outras partes do pa�s. 

Em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, cerca de 300 �ndios interditaram parcialmente a BR-116. A rodovia foi liberada 17h20. Em Caldas, no Sul de Minas Gerais, ind�genas protestaram na BR-459. Segundo a Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) da regi�o, a pista foi liberada por volta das 11h em clima tranquilo. 

A Articula��o dos Povos Ind�genas do Brasil (APIB) divulgou, por meio de nota, que os povos se manifestam contra propostas do ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta, que levariam ao “fim do subsistema de sa�de ind�gena”. O governo federal, segundo eles, tem inten��o de municipalizar o atendimento. 

“O senhor Ministro da Sa�de demonstrou indiferen�a em rela��o a preocupa��o dos povos ind�genas, pois continua reafirmando em suas manifesta��es a transforma��o da SESAI em um mero departamento. Na pr�tica, a medida � um golpe contra a pol�tica de sa�de, j� que, convertida em departamento, a SESAI perder� sua autonomia administrativa, or�ament�ria e financeira”, diz o texto publicado no perfil do grupo no Facebook.

Nesta quarta-feira, o Minist�rio da Sa�de informou que eventuais mudan�as no desenvolvimento das a��es de vigil�ncia e assist�ncia � sa�de aos povos ind�genas ainda s�o objeto de an�lise e discuss�o. “Cabe ressaltar que n�o haver� descontinuidade das a��es. Para isso, o Minist�rio tem se pautado pela garantia da continuidade das a��es b�sicas de sa�de, a melhoria dos processos de trabalho para aprimorar o atendimento diferenciado � popula��o ind�gena, sempre considerando as complexidades culturais e epidemiol�gicas, a organiza��o territorial e social, bem como as pr�ticas tradicionais e medicinais alternativas a medicina ocidental”, pontuou o Minist�rio.