
“Os governos federal e estadual n�o t�m capacidade para investir em infraestrutura. A solu��o � fazer parcerias com a iniciativa privada.” A constata��o foi do governador Romeu Zema (Novo) ao anunciar plano de lan�ar pacote de concess�es para estradas mineiras at� o fim deste m�s. Zema afirmou que tem feito cobran�as ao governo federal pela libera��o de verbas para a duplica��o da BR-381, que anda em “passos de tartaruga”.
A inten��o do governo de Minas � que os motoristas encontrem estradas em melhores condi��es de tr�fego, mesmo que para isso sejam cobrados ped�gios. A avalia��o de Romeu Zema � que � melhor ter trechos pedagiados com seguran�a e qualidade do que trechos nas condi��es atuais.
Em 2015, no in�cio da gest�o de Fernando Pimentel (PT), o governo estadual tamb�m lan�ou um plano para conceder trechos de rodovias estaduais � iniciativa privada. Quase 30 mil quil�metros de estradas seriam ofertadas para empresas administrarem. No entanto, em meio ao agravamento da crise econ�mica poucas parcerias avan�aram desde ent�o.
CUSTO ALTO O governador afirmou ainda que fez cobran�as junto ao Minist�rio da Infraestrutura e ao Pal�cio do Planalto sobre o andamento das obras na BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares. A promessa do governo federal � lan�ar em breve um plano de concess�o que inclua a rodovia mineira, conhecida como Rodovia da Morte pelo alto n�mero de acidentes com mortes.
Apesar da aposta na iniciativa privada, a duplica��o da BR-381 deve se mostrar um desafio para o governo federal. Dois estudos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) apontaram que o alto valor da obra na rodovia inviabilizaria sua gest�o por uma iniciativa privada. Para ter um retorno atrativo para as empresas o valor do ped�gio pode ficar muito alto.
A aposta na iniciativa privada tamb�m foi citada como solu��o vi�vel para desafogar a malha rodovi�ria do pa�s pelo ministro da Infraestrutura Tarc�sio Gomes durante encontro com a bancada mineira no m�s passado. “Se n�s quisermos prover investimentos, vamos precisar dos recursos privados”, reconheceu o ministro.