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Estado de Minas

Dengue tem aumento de casos e mortes em BH e j� reduz estoques da Hemominas

Epidemia, que teve aumento de 50% nos casos confirmados e nas mortes em BH, reduz doa��es e aumenta demanda por transfus�o


postado em 18/05/2019 06:00 / atualizado em 18/05/2019 07:41

Fundação Hemominas faz apelo por doações para recompor estoques(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press - 17/2/17)
Funda��o Hemominas faz apelo por doa��es para recompor estoques (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press - 17/2/17)


A doen�a que avan�a em Minas e em Belo Horizonte, onde as confirma��es de casos e de mortes aumentaram nada menos que 50% em uma semana, provoca entre os infectados, al�m da febre e das dores por todo o corpo, uma amea�a silenciosa e mais profunda. Em toda as fases da dengue, da forma sem sintomas at� os casos mais graves, o sangue do paciente � afetado. O v�rus provoca redu��o das plaquetas e interfere no sistema imunol�gico. Nos casos mais cr�ticos, podem ocorrer hemorragias e at� a s�ndrome de choque por dengue – quando h� perda de l�quido pelos vasos sangu�neos.

Por outro lado, com mais de 247 casos prov�veis em Minas, a enfermidade deixa em alerta a Funda��o Hemominas, com 27 unidades no estado. Os estoques s�o duplamente afetados pela epidemia: faltam doadores, devido ao grande n�mero de casos registrados, que contraindicam a doa��o, enquanto aumenta a demanda por transfus�o em pacientes graves, fazendo o estoque ficar baixo para certos tipos sangu�neos.

Enquanto isso, a epidemia se espalha rapidamente. Em BH, segundo boletim divulgado ontem, a dengue j� matou seis pessoas, duas a mais que o total registrado em uma semana. O n�mero de casos comprovados tamb�m aumentou cerca de 50%. Em sete dias, exames identificaram mais 5 mil doentes, fazendo o total de diagn�sticos positivos saltar de 10.490 para 15.491. O total de casos prov�veis, que representam a soma de confirmados e suspeitos, aumentou de 44.036 para 56.425 no mesmo per�odo, alta de 25,8%.

A capital vive um per�odo cr�tico devido � dengue. Neste ano, a m�dia � de 114 casos confirmados por dia. A situa��o pode ser pior, j� que ainda est�o sendo investigadas 40.934 notifica��es. Outros 8.741 registros foram descartados. O Barreiro segue como a regi�o com maior n�mero de casos comprovados. Foram confirmados 5.266 diagn�sticos e h� 2.592 notifica��es sob apura��o. Em seguida vem a Regi�o Nordeste, com 1.830 confirma��es e 6.830 exames pendentes.



Al�m das seis mortes confirmadas em BH, total que eleva o n�mero no estado a pelo menos 40, h� outros �bitos suspeitos. A Secretaria Municipal de Sa�de n�o divulga quantos, mas um dos casos fatais a serem investigados � o de um policial militar que perdeu a vida em um hospital particular da cidade, na noite de quinta-feira. Segundo a pasta, o caso ainda n�o consta como notificado, por�m, ser� apurado assim que houver registro.


PLAQUETAS E HEMORRAGIA Pacientes com sintomas de dengue devem ter aten��o aos sinais de agravamento da doen�a. O v�rus provoca redu��o das plaquetas, o que pode levar a hemorragia. “A dengue acaba reduzindo o n�mero de plaquetas, o que aumenta o risco de sangramentos  que podem ser leves – como nasal, na boca quando se escovam os dentes – ou sangramentos importantes, como no sistema digestivo ou no c�rebro. Pode se tornar uma situa��o grave”, explicou o infectologista da Unimed Adelino de Melo Freire J�nior, m�dico do Hospital Fel�cio Rocho.

Para acompanhar a evolu��o do paciente e evitar a piora no quadro, exames de hemograma s�o realizados repetidamente, normalmente de dois em dois dias. Mas n�o apenas as plaquetas s�o analisadas. Outra avalia��o � feita para monitorar o surgimento de uma forma ainda mais grave da doen�a, a chamada s�ndrome de choque por dengue. “Isso acontece pela perda de l�quido pelos vasos sangu�neos. Ent�o, o exame � importante para verificar se o sangue est� mais concentrado, que � quando h� sinal de alarme, ou n�o”, disse J�nior.

Em alguns casos, os sinais de gravidade aparecem quando alguns sintomas j� foram embora. Por isso, o paciente deve tomar cuidados constantes. “A dengue tem uma caracter�stica bif�sica. H� uma fase inicial de febre, em que normalmente a pessoa se sente pior, com dor no corpo. � uma fase mais aguda, com o v�rus circulando. Depois, a febre cessa. � mais comum, dois dias ap�s o fim da febre, acontecerem sangramentos. Ent�o, o risco de haver uma complica��o � importante”, alertou o infectologista.


Hemominas em alerta


A epidemia de dengue, que j� atingiu centenas de milhares de pessoas em Minas Gerais, vem trazendo uma preocupa��o extra, al�m dos servi�os de atendimento superlotados: estoques de tipos sangu�neos em baixa. O volume est� baixo principalmente para grupos negativos, al�m do O positivo, o mais consumido. “Como estamos tendo muitos casos de suspeita de dengue, essas pessoas n�o podem doar. Quem tem a dengue com o quadro mais simples fica at� 30 dias sem poder fazer doa��o. J� nos casos de febre hemorr�gica s�o seis meses sem doar, por causa da recupera��o da doen�a. Al�m disso, temos situa��es em que pacientes precisam de transfus�o de plaquetas”, explicou J�nia Cioffi, presidente da Funda��o Hemominas.

Uma estrat�gia que est� sendo usada no estado � a transfer�ncia de sangue de locais onde h� menos casos de dengue. “As regi�es menos afetadas pela doen�a conseguem captar mais doadores e coletar bolsas de sangue. Ent�o, distribu�mos para outras unidades, para evitar desabastecimento”, afirma a presidente.

Campanhas est�o sendo realizadas em busca de doadores. “Estamos fazendo esse trabalho de busca e de sensibilizar pessoas que estiverem bem, para comparecer �s unidades”, comentou J�nia Cioffi. Para doar sangue � preciso ter entre 16 e 69 anos. Adolescentes de 16 e 17 anos devem ter autoriza��o do respons�vel legal. J� os maiores de 60 devem consultar o m�dico.

As pessoas que j� doaram devem observar o prazo entre os procedimentos. Homens podem doar at� quatro vezes por ano, respeitando o intervalo de 60 dias; j� para as mulheres, o intervalo � de 90 dias, com a possibilidade de doar at� tr�s vezes por ano. A doa��o pode ser agendada pelo telefone 155 (op��o 8), ou pelo site do Hemominas (www.hemominas.mg.gov.br).


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