A concentra��o se deu na Pra�a da Liberdade, Centro-Sul de BH, ao som da Bombeiros Instrumental Orquestra Show (Bios), e os participantes caminharam pelas avenidas Crist�v�o Colombo e Get�lio Vargas.
Realizada pelo Grupo de Apoio � Ado��o de Belo Horizonte (GAA/BH) e pelo Grupo de Apoio � Ado��o de Santa Luzia (Gada), com suporte da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), da Funda��o CDL Pr�-Crian�a e do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) a caminhada teve um foco espec�fico nas chamadas ado��es tardias. Nesse grupo, est�o crian�as com mais de tr�s anos, adolescentes, aqueles com necessidades especiais e tamb�m grupos de irm�os que a Justi�a busca n�o separar.
Segundo a desembargadora Val�ria Rodrigues Queiroz, que � superintendente da Coordenadoria da Inf�ncia e Juventude do TJMG, 636 crian�as e adolescentes est�o dispon�veis para ado��o em Minas Gerais, mas apenas cerca de 8% delas tem caracter�sticas do perfil mais procurado, que s�o beb�s de at� 18 meses, do sexo feminino e brancos.
"N�s temos que quebrar esse preconceito de que o filho adotivo, que a gente adota mais velho, est� sujeito a dar problemas. N�o, ele vai te dar muito amor e muito carinho. Isso pode acontecer numa fam�lia biol�gica ou com uma crian�a adotada", diz a desembargadora.
Esse amor � justamente o sentimento que mais aflorou na vida do casal Bruna Ribeiro Antonucci, de 30 anos, que � psic�loga, e Welder Vieira Silva, de 28 anos, que trabalha como analista de inform�tica, desde que os dois passaram a conviver com as duas filhas adotivas. Elas s�o irm�s g�meas e hoje t�m 10 anos. O processo de ado��o ainda est� em andamento.
Os dois sempre tiveram sonhos de serem pai e m�e, mas Bruna conta que desde adolescente n�o tinha inten��o de gerar uma crian�a, o que acabou levando o casal para a ado��o assim que se casaram. "Na verdade, quando a gente pensou em ado��o o desejo de ser pai e m�e era grande e isso n�o tinha a ver com idade. Tinha a ver com essa necessidade de dar amor, de educar, de crescer junto e a� n�o precisava ser um beb�", diz Bruna.
Welder acrescenta que a ado��o abre o cora��o das pessoas e desenvolve a responsabilidade relacionada ao desafio de criar um filho. "Ser pai � dif�cil, mas � muito bom. � um desafio todo dia e eu recomendo", diz ele. Os dois aproveitam a oportunidade para deixar um recado para aqueles que pensam em adotar. "� um amor mais puro que existe e esse amor n�o tem a ver com a idade. Tem a ver com a constru��o que voc� faz e � um amor surreal. Ent�o, abra a cabe�a, abra o cora��o principalmente, e aceite uma crian�a. Ela tem tanto a dar para voc�s, tanto amor, que voc�s v�o ficar perplexos com isso", diz Bruna.
O presidente da CDL/BH, entidade que apoia a caminhada, Marcelo de Souza e Silva, destacou que � importante incentivar a ado��o, pois crian�as e adolescentes t�m o poder de transformar uma fam�lia. "Uma crian�a dentro do lar muda positivamente a vida da fam�lia, ent�o os dois lados se completam. A CDL, como parte da sociedade civil organizada est� apoiando essa iniciativa e quer mostrar que n�o � dif�cil e � necess�rio adotar", afirma.
Antes de sa�rem em caminhada, os participantes fizeram alongamentos ao som dos bombeiros e foram at� as avenidas Crist�v�o Colombo e Get�lio Vargas, aproveitando o fechamento de parte dessas vias dentro do programa BH � da Gente.