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Estado de Minas

Lama de barragem em Bar�o de Cocais pode atingir 10 mil pessoas em tr�s cidades

Estudo aponta para a morte de moradores e "inunda��o generalizada de �reas rurais e urbanas" em Bar�o de Cocais, S�o Gon�alo do Rio Abaixo e Santa B�rbara


postado em 23/05/2019 11:00 / atualizado em 23/05/2019 11:24

Placa mostra rota de fuga em Barão de Cocais(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 25/03/2019)
Placa mostra rota de fuga em Bar�o de Cocais (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 25/03/2019)


O estudo de impacto do rompimento da barragem Sul Superior, da mineradora Vale, em Bar�o de Cocais (a 93 km de Belo Horizonte), aponta para a morte de moradores e "inunda��o generalizada de �reas rurais e urbanas" em tr�s munic�pios, al�m de poss�veis interrup��es de estradas e problemas com abastecimento de �gua e de luz.

O estudo, que no meio t�cnico do setor � conhecido como "dam break", relata ainda possibilidade de "danos estruturais em pontes e travessias importantes nos munic�pios atingidos". Al�m de Bar�o de Cocais, os munic�pios a serem afetados pela lama s�o Santa B�rbara e S�o Gon�alo do Rio Abaixo.

Nas tr�s cidades, a popula��o que precisar� ser retirada de casa para n�o ser levada pela lama ultrapassa 10 mil pessoas, sendo 6.052 em Bar�o de Cocais, 2.444 em S�o Gon�alo do Rio Abaixo e 1.700 em Santa B�rbara. O total de moradores nos tr�s munic�pios � de aproximadamente 73,8 mil pessoas, sendo 32 mil em Bar�o de Cocais, 31 mil em Santa B�rbara e 10,8 mil em S�o Gon�alo do Rio Abaixo. As tr�s cidades j� passaram por simulados de evacua��o.

Em Bar�o de Cocais, o meio-fio de algumas ruas foi pintado de laranja para indicar que ser� invadido pelo rejeito da Vale. H� pinturas em nove bairros, incluindo o centro e a avenida principal da cidade. O foco s�o �reas mais baixas, adjacentes ou �s margens do Rio S�o Jo�o, que corta o munic�pio. A poss�vel rota da lama fez at� o f�rum e uma escola municipal da cidade mudarem de lugar. A prefeitura estima que 3 mil edifica��es seriam atingidas.

Segundo o estudo de "dam break", a lama tamb�m vai devastar �reas de preserva��o permanente "nas faixas marginais ao leito dos cursos de �gua". O relat�rio prev� "assoreamento de cursos de �gua a jusante, com deposi��o de rejeitos no leito e plan�cies de inunda��o e poss�vel altera��o da calha principal".

O "dam break" diz que haver� "inunda��o generalizada de �reas rurais e urbanas com graves potenciais de danos estruturais e perda de vidas humanas, especialmente no distrito de Socorro e nos munic�pios de Bar�o de Cocais, Santa B�rbara e S�o Gon�alo do Rio Abaixo", al�m de "problemas relacionados ao abastecimento de �gua nas comunidades ribeirinhas e irriga��o nas regi�es abastecidas", com "poss�veis interrup��es nos acessos locais de terra, rodovias, linha de transmiss�o e fornecimento de energia".

Nos distritos de Socorro, Tabuleiro e Piteira, os tr�s pr�ximos � barragem, cerca de 450 pessoas j� foram retiradas de suas casas. O estudo diz tamb�m que ocorrer� "altera��o ou remo��o da camada vegetal e do h�bitat, remo��o do solo de cobertura, deposi��o de rejeitos e demais preju�zos a fauna e flora caracter�sticas da regi�o".

HIST�RICO A barragem Sul Superior teve n�vel de seguran�a elevado a 3, que indica risco iminente de ruptura, em 22 de mar�o, depois que uma auditoria se negou a emitir laudo de seguran�a para a estrutura. No dia 13, a empresa informou �s autoridades que o talude da mina da represa poderia desmoronar, ocasionando abalo s�smico que poderia fazer com que a Sul Superior se rompesse.

O estudo foi feito pela empresa Potamos, a pedido da Vale, e entregue nesta ter�a-feira, 21, ao Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MP-MG), por determina��o judicial, depois que a Promotoria julgou insuficiente relat�rio anterior de impacto fornecido pela mineradora. O MP-MG informou que o estudo foi juntado ao processo e "dar� ci�ncia do conte�do aos �rg�os de Estado para que avaliem se os planos emergenciais apresentados pela Vale em ju�zo est�o adequados ao pior cen�rio poss�vel em caso de rompimento da barragem".

Caso n�o apresentasse o estudo, a Vale seria multada em R$ 300 milh�es. Procurada pela reportagem, a empresa n�o se manifestou. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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