Uma mulher deve receber R$ 20 mil de uma faculdade particular de Belo Horizonte depois de ser discriminada por sua orienta��o sexual. A institui��o de ensino n�o teria tomado provid�ncias para interromper as agress�es. A informa��o foi divulgada na noite desta quarta-feira no site do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG).
Em outubro do mesmo ano, a aluna procurou a dire��o da Est�cio, relatou o que estava acontecendo e pediu um posicionamento da escola. Segundo a jovem, nenhuma provid�ncia foi tomada. E a persegui��o perdurou at� o ano seguinte, quando a aluna se formou: at� mesmo a foto dela na impress�o do painel dos formandos afixado nos corredores da faculdade foi vandalizada.
Ainda segundo o texto do processo, um pedido da representante de turma e um abaixo-assinado com mais de 8,7 mil assinaturas foi entregue aos respons�veis pedag�gicos, mas n�o surtiram efeito. O caso chegou a ser veiculado na imprensa, e s� ent�o a faculdade chamou a aluna para uma reuni�o. Diante disso, ela ajuizou o pedido no Juizado Especial.
DANOS MORAIS
Inicialmente, a indeniza��o foi fixada em R$ 7,5 mil. Ambas as partes recorreram e a estudante pediu o aumento do valor. A Est�cio argumentou que abriu inqu�rito administrativo e suspendeu o aluno autor das agress�es verbais e psicol�gicas. A empresa afirmou ainda que a quantia era excessiva.
A relatora do recurso, ju�za Maria Luiza de Andrade Rangel Pires, considerou que a estudante foi v�tima de bullying e aumentou a indeniza��o, tendo em vista a extens�o do dano, a repercuss�o no meio social e a situa��o econ�mica da v�tima e do agente causador do dano.Segundo a magistrada, a resposta da escola demorou demais, pois a reclama��o foi feita em outubro de 2016 e as medidas foram iniciadas em meados de janeiro de 2018.