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Estado de Minas

Invas�o de fuma�a em maternidade evidencia os riscos da temporada de inc�ndios

Beb�s internados na Unidade de Cuidados Intermedi�rios do Hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte, s�o deslocados para corredor durante queimada em lote vizinho. Em outro epis�dio, em Vespasiano, bombeiros tiveram que evitar que as chamas invadissem �reas do aeroporto de Confins. Saiba como evitar os riscos


postado em 29/07/2019 06:00 / atualizado em 29/07/2019 08:08

Corpo de Bombeiros gastou cerca de 5 mil litros de água para apagar o fogo no lote, que 'provocou uma ameaça violenta', segundo a corporação(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Corpo de Bombeiros gastou cerca de 5 mil litros de �gua para apagar o fogo no lote, que 'provocou uma amea�a violenta', segundo a corpora��o (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)


Um inc�ndio em lote vizinho ao Hospital Sofia Feldman, no Bairro Tupi, Regi�o Norte de Belo Horizonte, assustou m�dicos, funcion�rios e pacientes da institui��o, num exemplo do risco provocado por inc�ndios comuns nesta �poca do ano, muitos deles criminosos. Por volta das 16h, a fuma�a atingiu salas e alguns corredores do hospital. Beb�s que estavam na Unidade de Cuidados Intermedi�rios (UCI) tiveram que ser retirados �s pressas. De acordo com informa��es de funcion�rios da unidade m�dica, 31 crian�as est�o internadas nas UCIs e foram levadas para os corredores onde n�o havia fuma�a pelas pr�prias m�es, que as acompanham na unidade.

Outros 40 beb�s, em sua maioria prematuros, est�o internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas por ser um local vedado, n�o houve contato com a fuma�a provocada pelo inc�ndio. Ainda de acordo com funcion�rios, ningu�m chegou a se sentir mal devido � fuma�a, mas foi necess�rio fechar janelas e isolar algumas �reas. Pessoas que estavam no local queixaram-se de ardor nos olhos. “Com o vento, a fuma�a se espalhou muito pelo hospital. Mas n�o registramos nenhuma intercorr�ncia, nem com os beb�s nem com outras pessoas que estavam no hospital”, assegurou uma funcion�ria. A fuma�a atingiu principalmente a �rea administrativa do hospital. Nenhum parto ocorria durante o epis�dio.

As causas do inc�ndio ainda est�o sendo apuradas. De acordo com o sargento Marcelo Guimar�es, respons�vel pela opera��o, as chamas se alastraram por uma �rea de 2 mil metros quadrados e foram necess�rios cerca de 5 mil litros de �gua para apagar o fogo. O militar alertou ainda que havia muito lixo acumulado nos lotes incendiados, o que produziu uma quantidade grande de fuma�a. “O inc�ndio provocou uma amea�a violenta que foi para as depend�ncias do hospital, mas j� est� tudo controlado”, afirmou depois de o fogo ter sido debelado.
 
A situa��o vivida na maternidade exp�e o risco de queimadas comuns nesta �poca do ano. Perdas de �reas florestais, mortandade na fauna, al�m de amea�ar o patrim�nio e at� a vida humana, como no caso dos pacientes do Sofia Feldman, est�o na lista. Ontem mesmo, pela manh�, um inc�ndio de grandes propor��es atingiu uma �rea de mata e de vegeta��o de pasto na altura da sa�da 26A, da MG-010, em Vespasiano e mobilizou quatro viaturas do Corpo de Bombeiros. O fogo come�ou por volta das 10h e cerca de 20 homens do 3º Batalh�o de Bombeiros Militares levaram cinco horas para debelar as chamas.

(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)


A preocupa��o dos militares foi isolar as chamas para que evitar que atingissem empresas, estacionamentos de ve�culos do aeroporto de Confins e o Condom�nio Gran Parque. De acordo com o sargento Ponciano foram gastos em torno de 8 mil litros de �gua. O mato seco dificultou os trabalhos. N�o houve v�timas. A aeronave P�gasus da Pol�cia Militar deu apoio a�reo ao combate.
 
Na tarde de sexta-feira, um inc�ndio de grandes propor��es atingiu a zona rural de Can�polis, no Tri�ngulo Mineiro. O fogo teve in�cio em um canavial e se espalhou por fazendas ao redor, produzindo chamas de at� 15 metros de altura. De acordo com informa��es do Corpo de Bombeiros, a fuma�a p�de ser vista em Ituiutaba e outras cidades do Pontal do Tri�ngulo. Fortes ventos e o tempo seco contribu�ram para alastrar as chamas. Com o apoio de maquin�rio e caminh�o-pipa de empresas e fazendas da regi�o, o inc�ndio p�de ser debelado no final da tarde. Funcion�rios de empresas da regi�o disseram aos bombeiros suspeitar que o inc�ndio tenha sido criminoso.

Mais casos


O tempo seco e a ventania do inverno favorecem o aumento do n�mero de inc�ndios em �reas de vegeta��o. De janeiro a junho, em Minas Gerais, as ocorr�ncias cresceram 32% em rela��o ao mesmo per�odo de 2018. O Corpo de Bombeiros acredita que aproximadamente 99% das causas dos inc�ndios em vegeta��o s�o humanas. “As a��es, que podem ser imprudentes ou criminosas, v�o de jogar guimbas de cigarro pr�ximo �s rodovias a colocar fogo na vegeta��o de maneira proposital”, afirma a corpora��o. “No per�odo de seca, com vento e baixa umidade relativa do ar, pequenas fagulhas podem se propagar provocando um grande inc�ndio. Por isso, � preciso estar atento”.
 
De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos H�dricos (Sisema), o n�mero de focos de calor – que n�o s�o necessariamente um inc�ndio florestal, mas um ponto quente detectado via sat�lite – no estado aumentou 10,4% este ano. J� os casos de inc�ndios florestais no interior e no entorno de unidades de conserva��o estaduais cresceram 12,5%. Os dois casos est�o acima da m�dia registrada de 2013 a 2015.
 

Evite as chamas


Dicas de seguran�a contra inc�ndios em matas e florestas

  • N�o solte bal�es ou fogos de artif�cio perto de matas ou �reas rurais
  • N�o lance guimbas de cigarros acesos pelas janelas de ve�culos ou no ch�o em �reas rurais ou �s margens de rodovias
  • Evite o ac�mulo de lixo em lotes vagos
  • Ao realizar a capina de um lote vago, prefira ensacar os res�duos a realizar a queima desses
  • Denuncie quaisquer a��es criminosas ou negligentes que possam culminar em um inc�ndio florestal, pelo n�mero 181 (Disque Den�ncia) 


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