Um susto que serve como pref�cio para o habitual hist�rico de
inc�ndios
do trimestre formado pelos meses de agosto, setembro e outubro. Ontem, no fim da tarde, brigadistas e bombeiros combateram chamas que trouxeram preocupa��o para moradores do Bairro
Sion
, na Regi�o Centro-Sul de
Belo Horizonte
. Quem mora na
Rua Patag�nia
viveu momentos de apreens�o sob risco de queda do muro que cerca o
Parque Municipal Mata das Borboletas
. O fogo atingiu a mata do parque e tamb�m pontos da
Serra do Curral
na mesma regi�o. Segundo o Corpo de Bombeiros, uma guarni��o deve se deslocar aos pontos atingidos hoje para verificar a situa��o. A ocorr�ncia deixa em alerta a corpora��o e refor�a a necessidade de aten��o da popula��o. No domingo, outra ocorr�ncia mostrou o perigo do fogo em �reas urbanas ao for�ar maternidade a transportar beb�s para corredores devido � fuma�a. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que, em m�dia, 77% dos focos ativos em Minas Gerais s�o registrados entre agosto e outubro.
Segundo
brigadistas
do Parque Estadual Rola-Mo�a, que trabalharam no combate �s chamas que assustaram os moradores do Sion e regi�o, as a��es contra o fogo come�aram por volta das 16h40. De acordo com eles, a maior dificuldade, no foco pr�ximo � Rua Patag�nia, foi o risco de queda do muro do Parque Mata das Borboletas. Al�m disso, o fato de as chamas estarem em um local bastante �ngreme exp�s os pr�prios combatentes ao perigo de cair.
O
Corpo de Bombeiros
informou que 16 militares trabalham no local e quatro viaturas foram deslocadas para atender a ocorr�ncia. Foi feita uma varredura no entorno da �rea para detectar risco e apagar poss�veis focos de inc�ndio. Por volta das 20h, eles trabalhavam apenas no rescaldo.
Morador da Rua Patag�nia, no Bairro Sion, Fernando Coelho disse que as chamas come�aram por volta das 16h20. "Percebi estava pegando fogo aqui quando vi fuligem na rua. Quando abri a janela, o fogo j� estava pegando a extens�o do morro quase toda. Isso j� � comum, sempre nesta �poca do ano", detalhou o motorista de van escolar. Apesar do problema, ele garantiu que n�o teve limita��es para trabalhar.
De acordo com a servidora p�blica federal Sandra Abreu, a situa��o � comum na regi�o. "Morei no Bairro Belvedere um tempo e sempre acontecia isso. Voltei do trabalho preocupada porque o inc�ndio era perto aqui de casa. At� abri o (site do) Estado de Minas para ver as not�cias", contou.
Esse foi o segundo inc�ndio que exp�s moradores de BH ao risco na semana. No domingo, um inc�ndio em lote vizinho ao Hospital Sofia Feldman, no Bairro Tupi, Regi�o Norte de Belo Horizonte, assustou m�dicos, funcion�rios e pacientes da institui��o. Beb�s que estavam na Unidade de Cuidados Intermedi�rios (UCI) tiveram que ser retirados �s pressas. De acordo com informa��es de funcion�rios da unidade m�dica, 31 crian�as est�o internadas nas UCIs e foram levadas para os corredores onde n�o havia fuma�a pelas pr�prias m�es.
N�meros do Inpe n�o deixam mentir: agosto � o terceiro m�s que mais concentra focos ativos de inc�ndios em Minas Gerais historicamente. A m�dia, desde 1998, � de 1.595. Em setembro, a temporada de queimadas atinge seu �pice e registra m�dia de 3.268 ocorr�ncias. Em outubro, quando as chuvas come�am a cair, os dados caem, mas ainda chamam a aten��o: 2.760 focos, em m�dia.