(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Casar�o de padre Belchior � restaurado em Pitangui de olho no bicenten�rio da Independ�ncia

O padre mineiro foi um dos principais conselheiros de Dom Pedro I. O casar�o do s�culo 18 j� tem 70% das obras de restauro prontas


postado em 07/09/2019 08:49 / atualizado em 07/09/2019 10:49

(foto: Antônio Marcos Lemos/Prefeitura de Pitangui/Divulgação)
(foto: Ant�nio Marcos Lemos/Prefeitura de Pitangui/Divulga��o)
Os brasileiros celebram, neste s�bado, a Independ�ncia, e os moradores de Pitangui, a S�tima Vila do Ouro, na Regi�o Centro-Oeste de Minas, t�m um personagem muito especial no Grito do Ipiranga, para reverenciar a mem�ria. Trata-se do padre mineiro Belchior Pinheiro de Oliveira, o padre Belchior (1775-1856), um dos principais conselheiros de Dom Pedro I, que, em 7 de setembro de 1822, p�s fim ao dom�nio portugu�s no Brasil. Para marcar a presen�a do religioso e pol�tico na cidade e epis�dio hist�rico, a prefeitura local restaura o sobrado na rua do Centro Hist�rico onde ele viveu por muitos anos at� morrer em 12 de junho de 1856.

Natural de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, padre Belchior se tornou um “filho ilustre” de Pitangui embora sem nascer ali, diz o secret�rio municipal de Cultura, Turismo e Patrim�nio Hist�rico, Ant�nio Marcos Lemos. “Nossa maior comenda, entregue no anivers�rio da cidade, em 9 de junho, a personalidades que trabalham pela cultura, a liberdade e o social, leva o nome dele. O padre gostava tanto de Pitangui, que escolheu morrer aqui”, afirma o secret�rio, explicando que, hoje, haver� cerim�nia c�vica e visita ao t�mulo do padre, no adro da igreja matriz.

Localizado na Rua Padre Belchior (na cidade, a pron�ncia � de ch mesmo), o casar�o do s�culo 18, tombado pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan), j� tem 70% das obras de restauro prontas. A expectativa � de inaugur�-lo em mar�o de 2020, a dois anos, portanto, da comemora��o do bicenten�rio da Independ�ncia. “O pr�dio vai abrigar a sede da prefeitura. Como � tombado pelo Iphan, a constru��o n�o � de relev�ncia apenas em Pitangui, mas para todos os brasileiros. � um patrim�nio nacional”.

Antes pertencente a particulares, a edifica��o da Rua Belchior foi alvo de uma mobiliza��o na cidade, encabe�ada pelo Conselho Municipal do Patrim�nio, para que n�o deteriorasse ainda mais. O Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) interveio com um procedimento que evoluiu para a��o civil referendada pelo Tribunal de Justi�a. Assim, em 2017 a prefeitura fez uma permuta com os propriet�rios, assumiu a propriedade e se encarregou das obras, que tem recursos do MPMG, por meio de condicionantes ambientais, do Fundo Municipal de Cultura e receitas ordin�rias.

MINAS PRESENTE

Pesquisador do tema, o promotor de Justi�a e integrante do Instituto Hist�rico e Geogr�fico de Minas Gerais (IHGMG), Marcos Paulo de Souza Miranda, destaca uma frase do di�logo que se tornou c�lebre entre dom Pedro I e padre Belchior, seu conselheiro, confessor e confidente, antes da proclama��o da Independ�ncia – o mineiro estava ao lado do pr�ncipe em 7 de setembro de 1822, “na colina do Ipiranga”, em S�o Paulo. “A decis�o de dom Pedro I sobre a independ�ncia teve influ�ncia muito forte e direta do mineiro. Ao receber as cartas de dona Leopoldina (1797-1826), noticiando que Portugal exigia o retorno imediato dele � Europa, Pedro I indagou de imediato ao seu amigo: 'E agora, Padre Belchior?'.

O padre, que tamb�m era ma�om e arquitetava h� tempos a liberdade de nossa p�tria, respondeu de pronto: 'Se vossa alteza n�o se faz rei do Brasil, ser� deserdado por elas. N�o h� outro caminho sen�o a independ�ncia e a separa��o'”. Souza Miranda complementa: “Logo em seguida, houve o famoso Grito do Ipiranga. Assim, Minas Gerais esteve presente naquele momento decisivo da Hist�ria do Brasil. De acordo com a superintend�ncia em Minas do Iphan, o casar�o do padre Belchior foi constru�do entre 1787 e 1798, servindo de resid�ncia ao religioso e ao capit�o-mor Jos� da Silva Capanema. O tombamento pela Uni�o se deu em 1980.

PRIMO DO PATRIARCA

Padre Belchior Pinheiro de Oliveira nasceu no Arraial do Tejuco, hoje Diamantina, em 7 de dezembro de 1775 e faleceu em Pitangui, onde foi vig�rio por longos anos, em 12 de junho de 1856. Pela parte materna, de Santos (SP), o religioso era primo de Jos� Bonif�cio de Andrada e Silva (1763-1838), considerado o Patriarca da Independ�ncia. Segundo o pesquisador e presidente do Instituto Hist�rico de Pitangui (IHP), Jos� Raimundo Machado, o corpo de Belchior foi sepultado dentro da antiga matriz de Pitangui, que foi totalmente destru�da por um inc�ndio em 28 de janeiro de 1914. Depois disso, os restos mortais foram levados para a escadaria frontal da nova igreja matriz.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)