
Uma festa bem � mineira – com um toque de “ol�” – marcou a reabertura, na noite de quinta-feira (19), do bicenten�rio Teatro Municipal de Sabar� ou Casa da �pera, o segundo mais antigo do pa�s em funcionamento (o primeiro � o de Ouro Preto). Ao saudar os moradores da cidade da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, a presidente do Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan)/Minist�rio da Cidadania, K�tia Bog�a, defendeu a arte como �nica forma de fazer o ser humano “transcender”. E convidou todos os brasileiros para visitar a “joia do patrim�nio” que recebeu a visita dos imperadores dom Pedro I (1798-1834), em 1831, e dom Pedro II (1825-1891), em 1881.
Com obras iniciadas em outubro de 2016 e valor total da interven��o estimado em R$ 2,6 milh�es – recursos do PAC Cidades Hist�ricas, do governo federal – o bem tombado desde 1963 pelo Iphan recebeu uma s�rie de interven��es como recupera��o do piso, pois muitos barrotes estavam podres; imuniza��o da madeira, tendo em vista o ataque de cupins; substitui��o do forro de palhinha; restauro de portas e janelas e adequa��o da acessibilidade. Nesse �ltimo aspecto foram instaladas duas plataformas, tanto no acesso do p�blico como no fundo do palco, para lig�-lo ao camarim.
“Trata-se da primeira obra do PAC que entregamos em Sabar�, uma cidade com um s�tio urbano muito importante”, disse a superintendente do Iphan em Minas, C�lia Corsino. Satisfeita com o resultado da obra, ela ressaltou que o objetivo � o teatro ser do povo de Sabar�, destinado, portanto, � m�sica, ao teatro, ao canto, � dan�a e, de modo muito especial, ao conv�vio das pessoas. “Muito mais do que um pr�dio, � um espa�o para pr�ticas culturais”, disse C�lia Corsino, que participou da cerim�nia de reinaugura��o com K�tia Bog�a e o diretor do Departamento de Projetos Especiais do Iphan, Robson Almeida.
PARTICIPA��O
Anfitri�o da noite, o prefeito de Sabar�, Wander Borges, deu as boas vindas aos convidados, lembrando que o teatro com tr�s andares de camarotes e cadeiras de palhinha ficar� reservado a concertos, recitais, enquanto o Cine Bandeirante, de 500 lugares, agora com o nome de Centro Cultural Jos� da Costa Sep�lveda e entregue � comunidade em abril, ap�s 10 anos fechado, est� reservado para eventos e shows maiores. A gest�o do chamado “teatrinho de Sabar�” est� a cargo da Secretaria Municipal de Cultura.
A solenidade foi aberta com a Orquestra e Coral Santa Cec�lia, seguindo-se cinco n�meros da Companhia de Dan�a Flamenca F�tima Carretero. Outro momento emocionante foi a apresenta��o da cantora sabarense e multi-instrumentista Nath Rodrigues, que cantou m�sicas de sua autoria gravadas no rec�m-lan�ado �lbum Fractal. A noite se completou com o cantor Igor Barros, tendo ficado na lembran�a a voz do sambista Mandruv�, que, � capela, cantou O que �, O que �?, de Gonzaguinha.