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Estado de Minas

Suspeita de mortes e interna��es por bact�rias suspende hemodi�lise em hospital

Complexo de Sa�de S�o Jo�o de Deus, em Divin�polis, refer�ncia para 55 munic�pios do Centro-Oeste de Minas, foi alvo de fiscaliza��o ap�s den�ncias; amostras de �gua foram colhidas


postado em 23/09/2019 17:26 / atualizado em 23/09/2019 17:53

Cerca de 240 pacientes fazem tratamento na unidade de nefrologia do hospital (foto: Divulgação/CSSJD)
Cerca de 240 pacientes fazem tratamento na unidade de nefrologia do hospital (foto: Divulga��o/CSSJD)
A Vigil�ncia Sanit�ria determinou a suspens�o do uso de m�quinas de hemodi�lise do Complexo de Sa�de S�o Jo�o de Deus (CSSJD), em Divin�polis, Regi�o Centro-Oeste de Minas. O hospital, refer�ncia para 55 munic�pios e �nico na cidade a atender pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS), foi alvo de fiscaliza��o ap�s den�ncias de mortes e interna��es por suspeita de pirogenia – rea��o desencadeada pela presen�a, na corrente sangu�nea, de solu��es contaminadas. Em vistoria, foram constatadas interna��es em decorr�ncia de poss�vel contamina��o por bact�rias

Agentes de Sa�de determinaram, preventivamente, a suspens�o do uso de algumas m�quinas, sugerindo, como alternativa ao grande n�mero de pacientes que dependem do servi�o, a implementa��o imediata de um quarto turno de trabalho. Atualmente, s�o atendidas cerca de 40 pessoas em cada um dos tr�s turnos.

De acordo com os fiscais, foi determinado que, em caso de qualquer suspeita, o hospital adote os protocolos necess�rios, que preveem um r�gido acompanhamento de todas as a��es realizadas. “O trabalho de fiscaliza��o pelo munic�pio se dar� de forma cont�nua, inclusive em rela��o �s melhorias solicitadas durante as vistorias de rotina”, informou a vigil�ncia, em nota.

Antes das den�ncias, o �rg�o j� havia solicitado, em vistoria de rotina, a aplica��o de melhorias em algumas das atividades realizadas na unidade, estabelecendo prazos, que ainda est�o em vig�ncia. As adequa��es sugeridas n�o foram divulgadas. O �rg�o informou que dar� mais detalhes apenas ap�s a nova fiscaliza��o prevista para esta ter�a-feira (24).

A assessoria de comunica��o da prefeitura disse que ainda n�o � poss�vel afirmar se h� presen�a da bact�ria. Amostras de �gua foram colhidas e ser�o analisadas, mas n�o h� previs�o para o resultado.

Estrutura deficit�ria


Segundo o presidente da Associa��o de Doentes Renais e Transplantados de Divin�polis e Regi�o Centro-Oeste (Adortrans), Maldo Oliveira, o problema pode estar relacionado � falta de estrutura da unidade de sa�de. “A tubula��o � antiga e leva �gua tratada e solu��es. J� era para ter sido trocada, um investimento de cerca de R$ 100 mil. O hospital tem condi��es para isso, com base nas verbas que s�o direcionadas”, argumenta Oliveira.

Poltronas velhas e ar-condicionado quebrado s�o outros dois exemplos de precariedade citados pelo comerciante Daniel Bicalho. Paciente h� um ano, ele conta que �s vezes faltam lugares para o tratamento. “A gente brinca que s�o poltronas na mola e tem dia que n�o tem lugar. A gente sai com dor na coluna. Ficar quatro horas sentado nelas � desconfort�vel e isso influencia no tratamento”, conta Bicalho. 

Cerca de 240 pessoas de v�rias cidades fazem o tratamento no Complexo de Sa�de. Al�m do S�o Jo�o de Deus, apenas outras quatro unidades hospitalares em cidades da regi�o oferecem o tratamento: Formiga, Ita�na, Bom Despacho e Par� de Minas. Em caso de interdi��o, segundo o presidente da Adortrans, essas unidades n�o teriam condi��es de absorver os pacientes atendidos em Divin�polis, devido � alta demanda.

Hospital nega mortes por bact�ria


Em nota, o Complexo de Sa�de informou que alguns pacientes da Unidade de Nefrologia se encontram internados em decorr�ncia de complica��es da 'terapia renal substitutiva', a hemodi�lise.

“Essas interna��es s�o frequentes nesses pacientes”, afirma o hospital na nota, garantindo que “nenhum �bito pode ser atribu�do � pirogenia”. Ainda segundo a nota, recentemente a Vigil�ncia Sanit�ria vistoriou as depend�ncias da hemodi�lise e “verificou que elas est�o com todos os processos assistenciais em conformidade com a Resolu��o da Diretoria Colegiada (RDC) nº 11, que regulamenta os servi�os de di�lise”.

Al�m disso, segundo o hospital, “a Unidade de Nefrologia tem recebido investimentos constantes com a compra de novos equipamentos para melhoria do servi�o, seguran�a e conforto do paciente, seguindo criteriosamente a legisla��o vigente que rege os servi�os de atendimento � doen�a”.

(Amanda Quintiliano, especial para o EM)


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