
Agentes de Sa�de determinaram, preventivamente, a suspens�o do uso de algumas m�quinas, sugerindo, como alternativa ao grande n�mero de pacientes que dependem do servi�o, a implementa��o imediata de um quarto turno de trabalho. Atualmente, s�o atendidas cerca de 40 pessoas em cada um dos tr�s turnos.
De acordo com os fiscais, foi determinado que, em caso de qualquer suspeita, o hospital adote os protocolos necess�rios, que preveem um r�gido acompanhamento de todas as a��es realizadas. “O trabalho de fiscaliza��o pelo munic�pio se dar� de forma cont�nua, inclusive em rela��o �s melhorias solicitadas durante as vistorias de rotina”, informou a vigil�ncia, em nota.
Antes das den�ncias, o �rg�o j� havia solicitado, em vistoria de rotina, a aplica��o de melhorias em algumas das atividades realizadas na unidade, estabelecendo prazos, que ainda est�o em vig�ncia. As adequa��es sugeridas n�o foram divulgadas. O �rg�o informou que dar� mais detalhes apenas ap�s a nova fiscaliza��o prevista para esta ter�a-feira (24).
A assessoria de comunica��o da prefeitura disse que ainda n�o � poss�vel afirmar se h� presen�a da bact�ria. Amostras de �gua foram colhidas e ser�o analisadas, mas n�o h� previs�o para o resultado.
Estrutura deficit�ria
Segundo o presidente da Associa��o de Doentes Renais e Transplantados de Divin�polis e Regi�o Centro-Oeste (Adortrans), Maldo Oliveira, o problema pode estar relacionado � falta de estrutura da unidade de sa�de. “A tubula��o � antiga e leva �gua tratada e solu��es. J� era para ter sido trocada, um investimento de cerca de R$ 100 mil. O hospital tem condi��es para isso, com base nas verbas que s�o direcionadas”, argumenta Oliveira.
Poltronas velhas e ar-condicionado quebrado s�o outros dois exemplos de precariedade citados pelo comerciante Daniel Bicalho. Paciente h� um ano, ele conta que �s vezes faltam lugares para o tratamento. “A gente brinca que s�o poltronas na mola e tem dia que n�o tem lugar. A gente sai com dor na coluna. Ficar quatro horas sentado nelas � desconfort�vel e isso influencia no tratamento”, conta Bicalho.
Cerca de 240 pessoas de v�rias cidades fazem o tratamento no Complexo de Sa�de. Al�m do S�o Jo�o de Deus, apenas outras quatro unidades hospitalares em cidades da regi�o oferecem o tratamento: Formiga, Ita�na, Bom Despacho e Par� de Minas. Em caso de interdi��o, segundo o presidente da Adortrans, essas unidades n�o teriam condi��es de absorver os pacientes atendidos em Divin�polis, devido � alta demanda.
Hospital nega mortes por bact�ria
Em nota, o Complexo de Sa�de informou que alguns pacientes da Unidade de Nefrologia se encontram internados em decorr�ncia de complica��es da 'terapia renal substitutiva', a hemodi�lise.
“Essas interna��es s�o frequentes nesses pacientes”, afirma o hospital na nota, garantindo que “nenhum �bito pode ser atribu�do � pirogenia”. Ainda segundo a nota, recentemente a Vigil�ncia Sanit�ria vistoriou as depend�ncias da hemodi�lise e “verificou que elas est�o com todos os processos assistenciais em conformidade com a Resolu��o da Diretoria Colegiada (RDC) nº 11, que regulamenta os servi�os de di�lise”.
Al�m disso, segundo o hospital, “a Unidade de Nefrologia tem recebido investimentos constantes com a compra de novos equipamentos para melhoria do servi�o, seguran�a e conforto do paciente, seguindo criteriosamente a legisla��o vigente que rege os servi�os de atendimento � doen�a”.
(Amanda Quintiliano, especial para o EM)