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Tortura, estupro e mortes: dona de asilo de Santa Luzia pode pegar mais de 490 anos de pris�o

Pena foi estimada pelo bacharel de direito Sidney Melo, que considera os 58 casos de tortura, 18 torturas seguidas de morte, dois estupros e desacato pelos quais Elizabeth Lopes Ferreira, propriet�ria da Casa Acolhendo Vidas, foi indiciada


postado em 02/10/2019 22:07 / atualizado em 02/10/2019 22:22

 

Casa Acolhendo Vidas, a casa dos horrores, estava situada no Bairro Barreiro do Amaral, em Santa Luzia(foto: Divulgação/Polícia Civil)
Casa Acolhendo Vidas, a casa dos horrores, estava situada no Bairro Barreiro do Amaral, em Santa Luzia (foto: Divulga��o/Pol�cia Civil)

 

Elizabeth Lopes Ferreira, a dona da da Casa Acolhendo Vidas, em Santa Luzia (Grande BH), pode pegar mais de 490 anos de pris�o. A an�lise � do agente penitenci�rio e bacharel em direito Sidney Melo, em entrevista concedida ao Estado de Minas.


A Pol�cia Civil indiciou a propriet�ria da “casa dos horrores” por 58 casos de tortura, 18 torturas seguidas de morte, desacato e dois estupros – cometidos contra uma jovem de 23 anos, que tem os membros inferiores e superiores atrofiados, e um idoso de 70 anos.


Considerando todos os crimes que a pol�cia aponta contra Elizabeth, a pena dela, na vis�o de Sidney Melo, pode alcan�ar 491 anos e cinco meses. “S�o 216 anos pela tortura seguida de morte, 250 anos por tortura, 24 dos dois estupros e um ano e cinco meses por desacato. � um n�mero de crimes assustador e totalmente fora do comum”, detalha.

 

Prefeitura de Santa Luzia interditou o asilo após o caso vir à tona, em 25 de julho(foto: Divulgação/Polícia Civil)
Prefeitura de Santa Luzia interditou o asilo ap�s o caso vir � tona, em 25 de julho (foto: Divulga��o/Pol�cia Civil)
 


Contudo, Sidney lembra que o C�digo Penal brasileiro n�o permite que um condenado ultrapasse 30 anos de reclus�o. Por isso, o n�mero, apesar de expressivo, � apenas simb�lico.


O criminalista destaca, ainda, que sua estimativa � subjetiva. Ou seja, a pena aplicada pelo magistrado respons�vel por julgar a r�u pode variar para mais ou menos anos.


“O juiz leva em considera��o nove itens, que s�o todos subjetivos. Se ele considera que os antecedentes do r�u s�o prejudiciais, ele considera esse item como atenuante”, explica.


Sidney Melo, por�m, destaca que Elizabeth tem diversos agravantes, como ser garantidora dos direitos dos internos da Casa Acolhendo Vidas. “Algumas pessoas, pelo cargo que ocupam, se tornam garantidoras dos direitos das outras, que � justamente o caso do asilo. Ou de um professor, por exemplo. Se ocorre alguma omiss�o, h� aumento da pena em um ter�o”, destaca.


O caso

 

Delegada Bianca Prado deu detalhes do inquérito da Polícia Civil nesta quarta-feira(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Delegada Bianca Prado deu detalhes do inqu�rito da Pol�cia Civil nesta quarta-feira (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
 

 

As apura��es da Pol�cia Civil, encerradas nessa ter�a, indicaram que 76 idosos foram v�timas no asilo de Santa Luzia. Dezoito morreram.


“Esse � um cap�tulo macabro na hist�ria de Santa Luzia. Nunca vi nada igual. A gente s� pode comparar com o que vimos nos livros de hist�ria.”, pontuou a delegada Bianca Prado, em coletiva de imprensa para detalhar a finaliza��o do inqu�rito.


Durante os trabalhos, iniciados em 25 de julho, os investigadores ouviram mais de 50 pessoas, apreenderam documentos e obtiveram laudos m�dicos dos internos. Per�cias, evidentemente, tamb�m foram realizadas.


O inqu�rito terminou com o indiciamento de quatro pessoas da fam�lia da propriet�ria do asilo e de um cuidador. No decorrer das investiga��es, a corpora��o prendeu Elizabeth Lopes Ferreira, de 47 anos, dona do asilo; as filhas dela, Poliana Lopes Ferreira, de 27, e Patr�cia Lopes Ferreira, de 21; e o marido, Paulo Lopes Ferreira, de 53. O dono do im�vel tamb�m foi indiciado, mas est� em liberdade.

 


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