
Dar um destino correto a res�duos ainda � um problema enfrentado pela maioria das cidades em todo o pa�s. Em Belo Horizonte, o sistema de coleta seletiva passar� por mudan�as. A Prefeitura est� substituindo os chamados locais de entrega volunt�ria (LEVs) pelos Pontos Verdes, novos equipamentos, que prometem modernizar o servi�o na cidade. Os primeiros equipamentos foram instalados, ontem, na Rua �rico Ver�ssimo, 1.428, no Bairro Rio Branco. Para resolver o problema recorrente de descarte inadequado de lixo nos cont�ineres para recicl�veis, a autarquia aposta no trabalho educativo com a popula��o.
Segundo ela, a mudan�a veio para incentivar a popula��o a separar os materiais para a reciclagem. “N�o tem nenhum problema misturar esses materiais, porque os res�duos ainda passam por uma triagem quando chegam na cooperativa”, comenta. “As garrafas pet incolor, por exemplo, n�o ficam juntas com as verdes”, explica. A escolha por ter um dispositivo exclusivo para vidro veio devido ao aumento do uso dessas embalagens na cidade. “Percebemos um aumento de 2% para 8% de embalagens de vidro na cidade, em menos de 10 anos. Esse material precisa ser destinado corretamente sem causar acidentes”, pontua.
Hoje, a capital mineira conta com 62 cont�ineres dos chamados locais de entrega volunt�ria (LEVs). O sistema j� n�o comporta a quantidade de lixo despejado pela popula��o – boa parte de forma inadequada, e como consequ�ncia, n�o s� os compartimentos ficam abarrotados de res�duos, mas tamb�m o entorno dos passeios onde eles est�o instalados. Quem mora ou trabalha pr�ximo a esses locais, muitas vezes, queixa-se da sujeira, do mau cheiro e da presen�a de animais.
A SLU planeja substituir todos esses cont�ineres e instalar novos pontos de recebimento at� dezembro. No total, ser�o 78 pontos verdes espalhados pela cidade. “Em alguns locais n�o foi poss�vel manter o sistema, seja por demanda da popula��o ou porque o local n�o tem as condi��es adequadas para sua instala��o”, afirma. Cada cont�iner, com capacidade para 3.200 litros, ter� abertura voltada para o passeio, e ser� lacrado. Dessa forma, o material depositado s� poder� ser retirado pela SLU. “Com isso, os recicl�veis ficar�o bem acondicionados, evitando o espalhamento dos materiais por catadores de lixo, por exemplo”, afirma Ana Paula.
Para resolver o problema do descarte inadequado de lixo nos cont�ineres para recicl�veis, a SLU afirma ter planejado um cronograma educativo com os moradores do entorno. “Espalhamos cartazes no com�rcio, faremos visita de porta em porta para apresentar o novo equipamento e dar orienta��es sobre como destinar corretamente os recicl�veis”, conta.
As mudan�as, segundo ela, foram apresentadas para as comunidades e parceiros da coleta seletiva em 24 de setembro, durante um semin�rio na sede da Prefeitura, que reuniu l�deres comunit�rios, ambientalistas, representantes de associa��es comunit�rias e de cooperativas de recicl�veis, entre outros. “Fizemos um mapeamento de parceiros, entre eles escolas, igrejas e associa��es comunit�rias no entorno de onde ser�o instalados os equipamentos para que eles possam refor�ar a nossa campanha educativa”, conta. “Estamos fazendo um trabalho bem integrado com essa rede de parceiros para aumentar a ades�o da popula��o ao projeto”, complementa.
O processo de recolhimento dos recicl�veis tamb�m ter� modifica��es. A retirada dos res�duos ser� feita de forma automatizada, por caminh�es coletores de carga lateral. “O processo ser� realizado pelo pr�prio motorista que, de sua cabine, acionar� os comandos para o encaixe do caminh�o ao cont�iner e o descarregamento no interior do ve�culo”, explica Ana Paula. Cada caminh�o tem capacidade para transportar at� cinco toneladas. “Estamos saindo da entrega manual, que j� estava bastante depredada, para um sistema totalmente automatizado”, afirma. At� o final de 2020, o servi�o ser� ampliado com a instala��o de novos 200 pontos verdes, aumentando em mais de tr�s vezes o n�mero atual, de acordo com a SLU.
Al�m disso, a autarquia afirma que o servi�o de coleta domiciliar n�o sofrer� altera��es. O recolhimento � feito pelas associa��es e cooperativas de catadores de materiais recicl�veis. Elas foram contratadas pela Superintend�ncia e est�o sendo remuneradas pela autarquia, que tamb�m cedeu seis caminh�es compactadores para a atividade. A SLU continua sendo a respons�vel pelo planejamento e pela fiscaliza��o do servi�o, mas a m�o de obra est� a cargo das cooperativas. Todo material recolhido na coleta seletiva da cidade � doado para as seis associa��es e cooperativas de catadores de materiais recicl�veis, integrantes do F�rum Municipal Lixo e Cidadania de BH.