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Estado de Minas TRAG�DIA QUE SE REPETE

PF entra na investiga��o da queda de avi�o no Cai�ara. Piloto n�o resiste e morre

Agentes foram � rua onde a aeronave caiu e ouviram moradores. Pane � causa prov�vel do desastre que matou quatro pessoas, diz especialista


postado em 23/10/2019 06:00 / atualizado em 23/10/2019 08:03

Policiais federais foram pela manhã ao Bairro Caiçara para investigar o acidente, que matou quatro pessoas, duas delas em terra(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Policiais federais foram pela manh� ao Bairro Cai�ara para investigar o acidente, que matou quatro pessoas, duas delas em terra (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Fabricado em 2007, o Cirrus SR 20 que caiu na segunda-feira em Belo Horizonte, tem capacidade para tr�s passageiros e n�o tem caixa-preta. Segundo o professor M�rcio Suzano, coordenador do curso de p�s-gradua��o em engenharia de manuten��o e gest�o de ativos na Universidade Veiga de Almeida (UVA), no Rio de Janeiro, um acidente dessa natureza leva a crer em pane no motor ou nos comandos. O paraquedas, equipamento de seguran�a que vem de f�brica para ser acionado em caso de pane e diminuir os danos em estruturas pr�ximo ao aeroporto tem efeito a partir de 500 p�s.


 
O piloto da aeronave chegou a acionar o sistema, mas tudo indica que n�o estava em altura suficiente – M�rcio Suzano explica que a altura m�nima estipulada pelo fabricante � atingida, em m�dia, depois de 1 minuto e meio de voo. O avi�o caiu depois de 21 segundos de decolagem. “Estatisticamente, esse � um problema muito dif�cil de ocorrer, at� porque a aeronave estava em dia com a inspe��o anual de manuten��o”, afirma. Ontem, a queda do avi�o no Bairro Cai�ara, na Regi�o Noroeste da capital mineira, cujo n�mero de �bitos chegou a quatro com a morte do piloto Allan Duarte de Jesus Silva, de 29 anos, come�ou a ser investigada pela Pol�cia Federal (PF).

Segundo o especialista, o procedimento � normal quando h� v�timas. Agentes chegaram em uma viatura pela manh�, desceram, observaram o local e falaram rapidamente com alguns moradores. Eles n�o deram entrevistas. Extraoficialmente, a informa��o � de que os levantamentos visam identificar se h� algum ato il�cito a ser apurado. Oficialmente, a assessoria da corpora��o informou que n�o iria se pronunciar.

Ver galeria . 42 Fotos Um avião de pequeno porte caiu em um cruzamento do Bairro Caiçara, Região Noroeste de Belo Horizonte. Carros foram atingidos e pessoas morreramPaulo Filgueiras/EM/DA Press
Um avi�o de pequeno porte caiu em um cruzamento do Bairro Cai�ara, Regi�o Noroeste de Belo Horizonte. Carros foram atingidos e pessoas morreram (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press )


Diante dos questionamentos de moradores sobre a seguran�a do Aeroporto Carlos Prates, o major brigadeiro do ar reformado Renato Costa Pereira afirma que o problema do terminal � o mesmo da Pampulha e de Congonhas (SP), por exemplo: estar localizado em �rea urbana. Ele lembra que por muitas vezes se tentou tirar o aeroporto dali – na d�cada de 1980, a ideia era transformar o terreno, de propriedade da Prefeitura de BH cedido para Uni�o, num centro de treinamento ol�mpico.

“No Carlos Prates o problema � menor. Qual interesse econ�mico dele? Tem o aeroclube que funciona formando aviadores, recebe normalmente avi�es de pequeno porte e aeronaves conhecidas. No dia que encontrarem uma solu��o e lugar para instalar o aeroclube, as empresas de manuten��o e o posto de combust�vel, ele sai dali. Mas o risco � o mesmo dos outros”, afirma. “O que n�o est� garantido � o risco permanente de avi�o voando em cima da cidade. Mas, como s�o avi�es de pequeno porte, mesmo com desastre e sinistro, � mais limitado.”

A Ag�ncia Nacional de Avi�o (Anac) informou que n�o h� irregularidade no �mbito das normas de avia��o civil no Carlos Prates e que “a localidade do aeroporto n�o est� de nenhuma maneira relacionada � seguran�a operacional da infraestrutura dele”.

De acordo com a Infraero, o Aeroporto Carlos Prates tem uma m�dia de 10 mil ciclos (pousos/decolagens) por ano. O Aeroclube do Estado de Minas Gerais, instalado nas depend�ncias terminal, defende as opera��es. “Se considerarmos essa m�dia nos 74 anos de opera��o do aeroporto e duas pessoas por aeronave, temos quase 1,5 milh�o de pessoas envolvidas diretamente nas opera��es feitas no Prates”, afirmou em nota. “H� um percentual de 0,0000006% de fatalidades por ciclo. Esse percentual nos leva a crer que estamos falando de uma opera��o extremamente segura, ainda mais se comparada aos n�meros de v�timas que perdem a vida no tr�nsito de Belo Horizonte.”

Morte


Morreu ontem � tarde o piloto Allan Duarte de Jesus Silva, de 29 anos, que estava no comando do avi�o que caiu no Bairro Cai�ara. Ele havia decolado do Aeroporto Carlos Prates em dire��o a Ilh�us (BA). Segundo a Funda��o Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), o paciente estava internado em estado grav�ssimo, com praticamente 100% do corpo queimado. Tudo indica que Allan ia para a cidade baiana levando o dono da aeronave, Srrael Campras dos Santos, para vender o aparelho, que havia sido comprado no in�cio de julho.

Os outros dois pacientes – Thiago Funghi Alberto Torres, de 30, e Srrael Campras dos Santos, que estavam no avi�o, seguem em estado grave. Um deles teve 55% da �rea corporal queimada e o outro com 32% do corpo atingido. Todos eles passaram por cirurgia e foram encaminhados para o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Jo�o XXIII. Al�m de Allan, morreram no acidente os pedreiros Pedro Ant�nio Barbosa, de 54 anos, e Paulo Jorge Almeida, de 61, que estavam em um carro atingido pela aeronave, e Hugo Fonsenca da Silva, 38 anos, passageiro da aeronave.


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