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Estado de Minas

Paciente morre e m�dico � detido suspeito de recusar atendimento em Contagem

Socorristas do Samu disseram � pol�cia ter levado idosos de 72 anos � UPA Ressaca, mas plantonista teria se negado a atend�-lo porque o local estava cheio


postado em 23/10/2019 09:59 / atualizado em 23/10/2019 14:59


Um m�dico de 51 anos foi levado a uma delegacia de Contagem, na Grande BH, ap�s a morte de um paciente de 72 anos nessa ter�a-feira. O profissional � suspeito de ter recusado atendimento a um idoso na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Ressaca. � Pol�cia Militar (PM), ele alegou que o local n�o tinha condi��es de receber pacientes em estado grave e que o homem precisava ser transferido. 

UPA Ressaca fica no Bairro Guanabara, em Contagem(foto: Fábio Silva/Prefeitura de Contagem/Divulgação)
UPA Ressaca fica no Bairro Guanabara, em Contagem (foto: F�bio Silva/Prefeitura de Contagem/Divulga��o)


O caso ocorreu pouco antes das 22h. Enfermeiros de uma equipe do Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu) contaram � PM que socorreram o paciente em casa, no Bairro Novo Progresso, com um quadro de insufici�ncia respirat�ria em estado cr�tico. Eles informaram a condi��o dele � central do Samu e foram orientados a lev�-lo a unidade de sa�de mais pr�xima. 

Chegando � UPA Ressaca, eles passaram pelo acolhimento e o idoso foi classificado como grave. Mas, os socorristas afirmaram aos policiais que o m�dico plantonista n�o quis prestar atendimento e nem sequer levantou da cadeira para olhar o paciente. Ele teria se limitado a dizer que a UPA estava cheia e sem leitos. 

A equipe acionou a central novamente para acionar uma Unidade de Suporte Avan�ado (USA), que conta com um m�dico respons�vel. Ele tentou falar com o colega da UPA ao telefone, mas ele n�o quis o di�logo, segundo os socorristas. A nova equipe saiu do Bairro Petrol�ndia e chegou ao Ressaca uma hora depois. O m�dico constatou a insufici�ncia do paciente e avaliou que o plantonista tinha que prestar socorro mesmo se ele precisasse de transfer�ncia. O estado de sa�de do idoso piorou e eles precisaram fazer uma reanima��o cardiopulmonar. 

De acordo com a Pol�cia Militar, eles conseguiram uma vaga no Hospital Municipal de Contagem (HMC), mas o paciente morreu antes de dar entrada. Ainda de acordo com a pol�cia, consta no boletim de ocorr�ncia que os enfermeiros disseram ter visto uma maca de urg�ncia em um dos boxes que devia ser usada em casos espec�ficos. A nora do idoso acompanhou todo o processo. 

Vers�o do m�dico


Conforme a PM, o plantonista da UPA disse que entrou �s 19h40 e viu que a sala de urg�ncia n�o tinha como receber mais pacientes. A equipe do dia j� teria avisado ao Corpo de Bombeiros e o Samu que n�o poderia atender pacientes graves pois n�o havia macas e nem bal�o de oxig�nio.

Na vers�o dele, quando o Samu chegou com o idoso, ele falou que n�o era poss�vel intern�-lo e continuou atendendo outros pacientes, enquanto um outro colega prescreveu uma medica��o ao idoso. O m�dico diz, ainda, que orientou os socorristas a ligar para o Samu e lev�-lo a outra unidade hospitalar. 

Os envolvidos foram levados � Delegacia de Plant�o de Contagem. �s 9h55 desta quarta-feira, a Pol�cia Civil informou que o suspeito e as testemunhas ainda estavam sendo ouvidas pelo delegado na unidade. 

Prefeitura tamb�m apura o caso


Em entrevista coletiva no fim da manh� desta quarta-feira, o secret�rio Municipal de Sa�de de Contagem, Cl�ber de Faria Silva, disse que a UPA Ressaca passou por uma reforma h� pouco tempo e que est� em condi��es de atender os pacientes. “A rede funciona como um todo. � necess�rio �s vezes levar um paciente para algum equipamento, estabiliz�-lo, e depois transport�-lo para um outro, por exemplo, nosso hospital”, explica o secret�rio. “As primeiras informa��es s�o de que a UPA estava dentro da normalidade, com um n�mero de pacientes dentro do que � poss�vel ser atendido. E tamb�m a urg�ncia � porta aberta, o paciente chegou e tem que ser atendido, n�s n�o abrimos m�o disso. E isso � premissa na urg�ncia”, afirmou. 

Ainda segundo ele, o m�dico detido trabalha na UPA h� muitos anos. O caso tamb�m ser� investigado pela prefeitura. “N�s vamos apurar tudo com responsabilidade, respeitando todos os lados, inclusive o do profissional. Mas n�s n�o vamos abrir m�o de tomar as provid�ncias necess�rias e de seguir a rotina que n�s temos, que � de salvar vidas na nossa urg�ncia. Esse � um caso isolado e que vamos tratar com a seriedade que merece”, pontou Cl�ber de Faria Silva. 


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