
Os arque�logos e restauradores informaram, destacou Philipe, que o propriet�rio do casar�o vizinho, onde funciona um restaurante, ser� comunicado oficialmente pelo Iphan sobre os desenhos visando a conserva��o, pois apenas uma parede de pedra divide os dois im�veis. “Felizmente, o c�modo atr�s do painel n�o foi aterrado, e, assim, a ventila��o garantiu a integridade do bem cultural. Hoje, do outro lado da parede, h� uma �rea de atendimento do restaurante. Se tivesse aterro, a umidade teria danificado.”

O entusiamo de Philipe aumentou ao receber, de um restaurador, por e-mail, uma cena registrada pelo pintor alem�o Johann Moritz Rugendas (1802-1958), conhecido nas artes como Rugendas, que viajou pelo Brasil durante a primeira metade do s�culo 19. O nome da obra � March� aux n�gres (Mercado Negro). ”O interessante � notar, no canto esquerdo, um menino desenhando um navio na parede, com v�rias pessoas olhando para ele, numa imagem que remete a eo por�o de Ouro Preto”, compara. A antiga Vila Rica recebeu levas e levas de pessoas escravizadas para trabalhar na minera��o de ouro, as quais, ao longo do tempo, enriqueceram a cultura da primeira cidade reconhecida como Patrim�nio da Humanidade (1980) pela Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco).