Pol�cia cumpre mandados em empresa suspeita de vetar 'negras e gordas' em sele��o
Segundo delegada respons�vel pelo caso, celulares foram apreendidos e v�o passar por per�cia. O prazo para conclus�o do inqu�rito � de 30 dias
A delegada Stefhany Karoline Martins Gon�alves, respons�vel pela investiga��o, explicou que os alvos dos mandados eram a empresa Home Angels, no Centro de BH, a A Leveza do Afeto, no Bairro Santa Efig�nia, Regi�o Centro-Sul da capital, e a casa de uma funcion�ria que trabalha com recrutamento e contrata��o. “Apreendemos celulares que est�o envolvidos no caso. Houve uma demanda de pessoas com esses crit�rios e mensagens em um grupo”, informou a delegada.
A policial informou que os celulares v�o passar por per�cia. O processo pode levar duas semanas, mas depende da quantidade de aparelhos recolhidos. O prazo para conclus�o do inqu�rito � de 30 dias.
Em resposta ao Estado de Minas, a Home Angels se limitou a dizer que "est� � disposi��o da Justi�a aguardando o desenrolar das investiga��es". A reportagem tamb�m tentou contato com respons�veis pela ag�ncia A Leveza do Afeto, mas at� a publica��o da mat�ria ningu�m havia sido localizado.
Entenda o caso
O epis�dio ocorreu em 31 de outubro. As oportunidades foram anunciadas por meio de uma lista de distribui��o do WhatsApp administrada pela ag�ncia A Leveza do Afeto, que atua na forma��o de cuidadores de idosos e posterior indica��o dos profissionais ao mercado de trabalho. Demandadas por uma franquia da empresa Home Angels, as vagas eram tempor�rias, destinadas a folguistas, com remunera��o de R$ 100 por plant�o, mais vale-transporte.
Empregada h� dois anos com carteira assinada, Eli�ngela Lopes afirma que ela e v�rias de suas colegas frequentemente se candidatam a an�ncios como esses para complementar a renda. “Achei que era fake news. Em seguida, escrevi a ela dizendo que aquilo era muito preconceito, mas ela me respondeu que era exig�ncia do cliente e que n�o podia fazer nada. Fiquei impressionada com o fato de uma psic�loga apoiar tamanha discrimina��o”, relatou Eli�ngela em entrevista ao Estado de Minas no dia 13 de novembro.
Pouco tempo depois, a empres�ria teria enviado uma nova mensagem �s integrante da lista de transmiss�o, na qual se desculpava. “Um pouco mais tarde, nos falamos tamb�m por telefone. Acho que ela se deu conta do que tinha feito, mas n�o � simples assim. Eu me senti um lixo quando li o an�ncio, chorei muito. Ent�o conversei com o presidente da associa��o dos cuidadores de idosos de BH e decidi n�o me calar. Fiz uma den�ncia � pol�cia e espero justi�a”, relatou a cuidadora de idosos, com quatro anos de experi�ncia. Leia a mat�ria na �ntegra. (Com informa��es de Cec�lia Emiliana)