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Estado de Minas Desastre de Brumadinho

Resgate em Brumadinho: a estrutura que vai proteger bombeiros durante chuvas

Instala��o de abrigos gigantescos manter� trabalho durante esta��o chuvosa, em busca de 13 v�timas ainda desaparecidas. Poss�vel interrup��o preocupava fam�lias


18/12/2019 06:00 - atualizado 18/12/2019 07:43

Megaestruturas que cobrem uma área de 15 mil metros quadrados possibilitarão que equipes se mantenham abrigadas enquanto procuram vestígios de desaparecidos
Megaestruturas que cobrem uma �rea de 15 mil metros quadrados possibilitar�o que equipes se mantenham abrigadas enquanto procuram vest�gios de desaparecidos (foto: Vale/Divulga��o)


A chegada da esta��o chuvosa – uma preocupa��o que atinge n�o apenas as equipes de resgate que atuam na �rea afetada pelo desastre da Mina C�rrego do Feij�o, em Brumadinho, mas tamb�m as fam�lias de v�timas – n�o vai interromper a opera��o de buscas pelas 13 pessoas que seguem desaparecidas. A incerteza sobre o prosseguimento do trabalho dos cerca de 150 bombeiros que diariamente reviram rejeitos liberados ap�s o rompimento da Barragem B1 – onde 257 corpos j� foram recuperados e identificados – era uma das principais ang�stias para parentes e amigos de pessoas soterradas. Por�m, a continuidade do trabalho est� assegurada com a instala��o de duas tendas gigantescas, que receber�o os res�duos das �reas afetadas, trazidos por escavadeiras e caminh�es. Dentro desses abrigos, os bombeiros poder�o seguir o criterioso trabalho de vasculhar � procura de sinais dos desaparecidos, carinhosamente chamados de joias nessa que � a maior opera��o do g�nero no Brasil.

As estruturas s�o enormes. Juntas, as lonas abrangem uma �rea de 15 mil metros quadrados, o mesmo que um campo e meio de futebol. Foram montadas nas proximidades do C�rrego Ferro-Carv�o, manancial cujo leito foi inundado pela libera��o de lama da barragem rompida, e que � afluente do Rio Paraopeba. Nas cores branca, azul e laranja, as estruturas j� mostram as marcas do trabalho de movimenta��o da lama vermelha da regi�o. Cada uma tem 16 metros de altura, 150 metros de comprimento e 50 metros de largura.

Seis ventiladores potentes cumprem a fun��o de trocar o ar da estrutura at� tr�s vezes por hora, mantendo a estabilidade e o controle ambiental do rejeito, para que os bombeiros possam ter essa op��o de trabalho durante o per�odo em que mais chove na regi�o – historicamente, entre dezembro e mar�o. “As buscas s�o nosso foco principal. N�o mediremos esfor�os para que o Corpo de Bombeiros tenha condi��es de continuar seus trabalhos, mesmo em per�odo chuvoso. A solu��o de engenharia que existir para que isso seja feito ser� buscada e implementada”, afirma Rog�rio Bueno Galv�o, gerente-executivo da Vale para as obras de repara��o em Brumadinho.

A necessidade dos abrigos se justifica pelo fato de, sob chuva a efici�ncia dos bombeiros n�o ser a mesma. “Quando o material (rejeito) est� encharcado, as buscas acabam sendo prejudicadas e tamb�m a seguran�a de quem trabalha. A arma��o das tendas � uma forma de permitir o andamento dos servi�os. Temos reuni�es semanais com as fam�lias e o pedido que mais ouvimos � para que n�o interrompamos as buscas pelos desaparecidos”, afirma Galv�o.

De acordo com o comandante da Opera��o Brumadinho, do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, capit�o Josias Soares de Freitas J�nior, o emprego de maquin�rio nas buscas j� chegou ao limite, com a atua��o de 180 equipamentos, como escavadeiras, tratores e caminh�es, numa �rea de 253 hectares. “Sinto que em breve encontraremos todas as v�timas, pelo modelo matem�tico que empregamos e pela delimita��o das �reas de buscas. S� vamos cessar as buscas se ocorrer uma impossibilidade t�cnica ou quando a �ltima fam�lia puder enterrar seu parente”, afirma.

Sob prote��o

(foto: Vale/Divulga��o)

Com o refor�o das tendas, a �rea de lama e rejeitos que fica ao largo do C�rrego Ferro-Carv�o continuar� sendo escavada pelas m�quinas, mas o trabalho de vasculhar por restos mortais ser� realizado dentro do ambiente protegido. Toda a opera��o � coordenada pelos bombeiros e pela Defesa Civil, com apoio de 2.750 funcion�rios da Vale. “� muito importante que todos os que ainda est�o debaixo da lama sejam encontrados. Acaba que a comunidade era muito pequena, ent�o todo mundo perdeu algu�m. Mesmo com chuva, � muito importante que as buscas n�o parem”, afirma o pedreiro Edson de Oliveira C�ndido, de 40 anos, morador do C�rrego do Feij�o, bairro de Brumadinho que foi devastado pela lama. Edson perdeu amigos e o padrinho do filho de 11 anos, chamado Reinaldo.

“Mesmo j� tendo enterrado as pessoas que eram mais pr�ximas, essa dor toda uniu a gente demais no C�rrego do Feij�o. Por isso, a dor de quem ainda n�o encontrou seu parente, o filho, o marido, o irm�o, � tamb�m uma dor nossa. Sentimos do mesmo jeito. Parece que est� faltando uma coisa na nossa vida, na nossa hist�ria”, disse o estudante Victor Cau� Ferreira Pena, de 16, que perdeu a tia, chamada Jussara, uma das funcion�rias da Pousada Nova Est�ncia, propriedade que foi desintegrada pela passagem dos rejeitos de min�rio de ferro ap�s o rompimento da barragem.


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