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Estado de Minas

''Parece que d�i ainda mais'': 11 meses depois, parentes homenageiam v�timas de Brumadinho no Natal

Familiares participaram de celebra��o religiosa no Santu�rio da Nossa Senhora do Ros�rio e fizeram prociss�o at� o letreiro da cidade, onde relembraram a vida dos 257 mortos e 13 desaparecidos


postado em 25/12/2019 16:45 / atualizado em 25/12/2019 17:17

 

Ver galeria . 6 Fotos Familiares participaram de celebração religiosa no Santuário da Nossa Senhora do Rosário e fizeram procissão até o letreiro da cidade, onde relembraram a vida dos 257 mortos e 13 desaparecidosEdésio Ferreira/EM/D.A Press
Familiares participaram de celebra��o religiosa no Santu�rio da Nossa Senhora do Ros�rio e fizeram prociss�o at� o letreiro da cidade, onde relembraram a vida dos 257 mortos e 13 desaparecidos (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press )

 

Missa, homenagem �s v�timas e trabalho incessante dos bombeiros marcaram a manh� de Natal em Brumadinho nesta quarta-feira (25), quando se completam 11 meses do rompimento da Barragem 1 da Mina do C�rrego do Feij�o.


No Santu�rio de Nossa Senhora do Ros�rio, situado em Brumadinho, familiares das pessoas que morreram honraram seus entes queridos a partir da f� cat�lica.


Depois, partiram para o letreiro do munic�pio, localizado logo na entrada de Brumadinho, L�, exatamente �s 12h28, hor�rio exato do desastre ocorrido em janeiro deste ano, fizeram um ato de rever�ncia aos 257 mortos j� confirmados e aos outros 13 desaparecidos.


“N�o teve Natal na minha casa. N�o vai ter Ano-Novo. N�o tem nenhuma festa. � s� tristeza que n�o acaba”. O desabafo � de Geraldo Resende, pai de Juliana Resende, ex-funcion�ria da Vale na Mina do C�rrego do Feij�o, uma das 13 v�timas que ainda n�o foram encontradas.

 

Familiares fizeram varal com imagens das vítimas no letreiro da cidade de Brumadinho(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Familiares fizeram varal com imagens das v�timas no letreiro da cidade de Brumadinho (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)
 

 

Assim como centenas de fam�lias que perderam pais, m�es, filhos, filhas, irm�s e irm�os no rompimento da barragem da mineradora em Brumadinho, Geraldo e seus familiares passaram o Natal em luto, com sofrimento e indigna��o.


As recorda��es daqueles que perderam a vida na lama que vazou da barragem permearam as conversas em dia em que tradicionalmente parentes se re�nem, trocam presentes e almo�am juntos.

 

“Est�vamos juntas no ano passado celebrando o Natal. Lembro da minha irm� fazendo planos para esse ano. Agora, nessa �poca das festas, parece que d�i ainda mais e a gente sente muito a falta da pessoa ao nosso lado”, relembra Joana Melo, que perdeu a irm� Eliane Melo, prestadora de servi�o na mineradora.


Ainda no letreiro de Brumadinho, al�m das homenagens, foi colocado um varal com as fotos das joias – forma carinhosa que os amigos e familiares chamam as pessoas que morreram soterradas pelos 12,7 milh�es de metros c�bicos de rejeito.


"Este � um momento de nos ressignificar. Ontem (ter�a-feira), fizemos uma ceia e relembramos os momentos com o Bruno", contou Andresa Rodrigues, que perdeu o filho Bruno Rodrigues.


"Precisamos nos apoiar uns nos outros. A uni�o das fam�lias � nosso alento. As nossas joias est�o sendo honradas. Nunca nos esqueceremos delas e nunca nos esqueceremos de quem causou tamanha dor", afirmou Andresa, em discurso aos outros familiares no ato de homenagem para as v�timas.

 

Protesto e bombeiros 


O ato foi marcado tamb�m por protestos contra a Vale, propriet�ria do complexo miner�rio onde a barragem se rompeu, com faixas e cartazes citando os efeitos do desastre na vida das fam�lias.

 

Para Geraldo Resende, a busca pelo corpo de sua filha se tornou uma miss�o de vida. Ele participou, na semana passada, de reuni�o com representantes do Corpo de Bombeiros para que as buscas n�o fossem interrompidas durante as festas de fim de ano. Medida que foi aceita pelos bombeiros. Durante o dia de Natal, os grupos de busca continuaram os trabalhos.


Nesta quarta, por exemplo, a corpora��o deslocou 85 bombeiros militares, que se dedicaram a 12 frentes de trabalho. Eles usaram 128 maquin�rios e um drone para tentar encontrar as 13 v�timas ainda desaparecidas.


A �ltima pessoa a entrar na lista das mortes confirmadas foi localizada pelo Corpo de Bombeiros em 2 de dezembro: Max Elias de Medeiros, de 37 anos, identificado por exame de DNA. 

 

“Ainda estamos lutando muito e temos que agradecer os bombeiros, operadores das m�quinas e funcion�rios que continuam nessa busca com a gente. N�s enterramos nossas fam�lias vivas, antes da hora, e essa dor parece n�o passar”, contou Geraldo Resende, que foi homenageado pelos familiares das outras v�timas pelo empenho e mobiliza��o pelos resgates desde janeiro.


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