Quinta-feira come�a com alerta de pancadas de chuva em Belo Horizonte

A perspectiva de intensifica��o das chuvas at� s�bado levou 15 munic�pios da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte a se unirem para tentar minimizar os efeitos de tempestades previstas para o fim desta semana. Defesa Civil Estadual e municipais, Corpo de Bombeiros, Pol�cia Militar e Instituto Mineiro de Gest�o das �guas (Igam) se reuniram ontem para criar uma for�a-tarefa com a miss�o de monitorar o volume de chuva, j� que s�o previstos 250 mil�metros (mm) nas pr�ximas 72 horas.

A inten��o � mapear instantaneamente os lugares com maior potencial de inunda��o e informar a popula��o com anteced�ncia para que moradores saiam de �reas de risco e n�o circulem por ruas e avenidas com possibilidade de alagamento. Entre as decis�es est� a de dobrar o efetivo dos bombeiros em BH. As autoridades, por�m, afirmam n�o haver motivo para p�nico.

Esse gabinete de enfrentamento pode durar at� mar�o, com chance de ser prolongado, caso a chuva persista ap�s o ver�o. Entretanto, o que chamou aten��o do grupo nesta semana � a preocupa��o coletiva com o temporal esperado para amanh�. Contudo, a meteorologista do Igam ressaltou que as precipita��es podem ser distribu�das dentro das 72 horas que come�am hoje. “Existe uma zona de converg�ncia do Atl�ntico Sul que se intensifica a partir desta madrugada (de quinta) e provoca acumulados expressivos de chuva em per�odo longo de tempo. N�o � uma chuva milenar, n�o � fora do comum porque tem uma recorr�ncia. Na semana passada, por exemplo, tivemos 126mm em 24 horas em Brumadinho, na regi�o metropolitana”, explicou La�s Alves Santos.

A m�dia hist�rica do m�s de janeiro � de volume de chuva de 329mm na capital mineira. At� ontem, essa marca j� havia sido superada, alcan�ando os 450mm. De acordo com a meteorologia, a chuva volumosa tamb�m deve ocorrer na Zona da Mata e Vale do Rio Doce, com possibilidade de se intensificar durante a madrugada e estacionar at� 12h de s�bado. Segundo La�s, a tend�ncia � chover nos pr�ximos dias, mas n�o h� como assegurar o grau de intensidade mesmo com o monitoramento di�rio, j� que o clima � inst�vel. Afirma��o que tamb�m foi ressaltada pelo chefe do Gabinete Militar do governador e coordenador estadual da Defesa Civil de Minas Gerais. “Esse � um fen�meno que � din�mico, n�o � est�tico. Mas n�o � para gerar p�nico, pois estamos tomando a��es preventivas e preparando a��es de resposta”, disse o coronel Rodrigo Sousa Rodrigues.

Refor�o

Um refor�o em todo efetivo ligado ao atendimento de chuva foi uma das medidas. Os bombeiros, que trabalham com efetivo de 280 militares, dobrariam o n�mero com o recrutamento do setor administrativo. A Cemig, Pol�cia Militar, limpeza urbana, e �reas de assist�ncia social e sa�de tamb�m v�o intensificar o suporte � popula��o. Enquanto isso, a recomenda��o � que as pessoas evitem transitar em locais perigosos no momento da chuva. “Poderemos ter o acr�scimo de chuva pontual em alguns lugares espec�ficos. Vamos informar atrav�s das nossas redes oficiais e SMS. Espere diminuir a chuva para sair do trabalho, evite avenidas que historicamente alagam se estiver chovendo”, pede o coordenador adjunto da Defesa Civil de Minas Gerais, tenente-coronel Fl�vio Godinho.

De acordo com Godinho, os munic�pios – Belo Horizonte, Betim, Contagem, Ibirit�, Mariana, Nova Lima, Ouro Preto, Pedro Leopoldo, Ribeir�o das Neves, Rio Acima, Sabar�, Santa Luzia, Sarzedo, Sete Lagoas e Vespasiano – ter�o planos e interven��es conjuntas, como ocorre durante inunda��es ao longo da Avenida Tereza Cristina, que passa por Contagem e Belo Horizonte. “Estamos pegando a expertise de Belo Horizonte e passando para outros munic�pios. Cada cidade tem o pr�prio relevo, suas pr�prias caracter�sticas, rios e c�rregos. Por isso cada um vai mapear sua �rea de risco e informar a popula��o”, disse. O coordenador municipal da Defesa Civil de Belo Horizonte, coronel Waldir Vieira, sustenta que a capital est� preparada para enfrentar situa��es adversas, apesar dos recorrentes riscos e danos a regi�es como a da Tereza Cristina e do Vilarinho. *Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Eduardo Murta