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Estado de Minas

Inunda��es for�am animais a migrar em Minas

Jiboia subiu em �rvore para escapar das �guas em Santo Hip�lito, na Regi�o Central do estado. Rio das Velhas subiu nove metros acima do n�vel normal no final da noite de ter�a-feira


postado em 29/01/2020 19:46 / atualizado em 29/01/2020 20:40

Jiboia sobe em árvore para escapar de enchente no Rio das Velhas em Santo Hipólito(foto: Daniel José/divulgação)
Jiboia sobe em �rvore para escapar de enchente no Rio das Velhas em Santo Hip�lito (foto: Daniel Jos�/divulga��o)
A cena chamou aten��o dos moradores de Santo Hip�lito, na Regi�o Central do estado: na tarde dessa ter�a-feira, uma jiboia subiu no galho alto de uma goiabeira, tentando escapar da enchente do Rio das Velhas. O fato revela que as inunda��es provocadas pela intensidade das chuvas, al�m dos in�meros transtornos e problemas para as cidades atingidas, como se verificou em Minas nos �ltimos, tamb�m trazem conseq��ncias ruins para a fauna silvestre. 

“As enchentes acarretam diversos impactos para os animais silvestres,  principalmente a morte de muitas esp�cies ou o ilhamento. Muitos ninhos e tocas com ovos ou filhotes s�o inundados. Isso faz parte do ciclo natural, mas com a  degrada��o e diminui��o das �reas de ref�gio, os problemas e danos s�o cada vez maiores”, afirma o ambientalista Eduardo Gomes, da Organiza��o N�o-Governamental (ONG) Instituto Grande Sert�o (IGS), de Montes Claros. 
Ele salienta que, quando a �gua sai do leito dos rios e invadi vazantes e outras �reas, como ocorreu   com o Rio das Velhas em Santo Hip�lito, h� uma completa altera��o na vida das esp�cies silvestres, que s�o obrigadas a deixarem o “habitat” e se migrarem para outros pontos mais seguros. “Os  animais s�o for�ados a se deslocar, quando n�o s�o pegos de surpresa”, assegura Gomes.

O ambientalista ressalta que a migra��o nos epis�dios de inunda��o � “mais f�cil” para as aves. Por�m, sozinhas, elas n�o conseguem salvar os ninhos e ovos.

Eduardo Gomes lembra que no caso das serpentes, como a jib�ia, que buscou ref�gio no p� de goiaba as margens do Rio das Velhas em Santo Hip�lito, “subir em �rvores � uma sa�da natural. Mas, as jib�ias tamb�m s�o boas nadadoras, como a maioria das cobras”, assegura o diretor do Instituto Grande Sert�o. 

Por outro lado, o ambientalista, lembra que  as inunda��es tamb�m acarretam mais riscos de acidentes com animais pe�onhentos, que s�o “desalojados” pela �gua. Por isso, ele alerta que durante as enchentes, os moradores ribeirinhos devem tomar cuidados para evitar acidentes, principalmente, com as cobras, “que ficam mais estressadas”. 

Eduardo Gomes recomenda aos ribeirinhos adotar cuidados como evitar a circula��o pelo mato e caminhar em �reas com o ch�o coberto pela �gua com os p�s descal�os e m�os desprotegidas. Ele ressalta que no periodo das chuvas, muitos animais “s�o arrastados” para o entulho e para dentro das casas. Al�m disso, “quando  as cheias atingem os telhados das casas, muitos animais, principalmente, cobras, ficam alojados no madeiramento”, observa. 

O  Rio das Velhas, que estava cheio, teve o seu volume aumentado mais ainda depois das fortes chuvas que causaram estragos em Belo Horizonte na noite de ter�a-feira, atingindo as cidades banhadas pelo manancial, afluente do S�o Francisco. Os ribeir�es Arrudas e On�a, que cortam a Capital, des�guam no Velhas. 

Em Santo Hip�lito, de acordo com o boletim do Servi�o Meteorol�gico do Brasil (CPRM), o Rio das Velhas subiu nove metros acima do n�vel normal no final da noite de ter�a-feira, com tend�ncia de subir mais ainda nesta quarta-feira, por conta dos temporais.  

Doa��es para animais dom�sticos


A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel de Minas Gerais (Semad) e a Pol�cia Militar de Minas Gerais (PMMG) iniciaram nesta quarta-feira, uma campanha de doa��es para c�es e gatos atingidos pelo grande volume de chuvas no estado. Os donativos est�o sendo recebidos nas cidades que decretaram estado de calamidade p�blica ou emerg�ncia por causa dos temporais.  

A campanha � coordenada no N�cleo de Fauna da Semad e visa arrecadar produtos que podem auxiliar na alimenta��o e nos cuidados dos animais atingidos. A coordenadora de fauna e pesca da Semad, Samylla Mol, explica que as doa��es podem ser entregues nas Superintend�ncias Regionais de Meio Ambiente (Suprams) de Minas Gerais e nos Batalh�es da Pol�cia Militar em todo o estado. 

“A princ�pio estamos priorizando recolher ra��o e pat�s para c�es e gatos, material de limpeza animal, vasilhames para alimenta��o, cobertores, toalhas, caixa de areia para gatos e caixas de transporte e coleira”, afirma Samylla. Segundo ela, n�o h� necessidade, inicialmente, de doa��o de medicamentos veterin�rios. 

Segundo a coordenadora, desde dezembro de 2019, est� estabelecido que cabe � secretaria a tutela da fauna dom�stica em Minas, de forma inovadora e sem precedentes no pa�s. “O animal dom�stico est� presente na maioria dos lares brasileiros. Quando uma situa��o de desastre atinge uma cidade, n�o s� os lares e as pessoas, mas tamb�m os animais s�o atingidos. A ideia do Estado � desenvolver essa a��o em favor da fauna dom�stica”, destaca Samylla.


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