A Pol�cia Civil confirmou que at� o momento s�o 34 v�timas com suspeita de intoxica��o por dietilenoglicol. As informa��es foram divulgadas pelo superintendente de Per�cia T�cnica e Cient�fica, Thalles Bittencourt, e pelo delegado Fl�vio Grossi, respons�vel pelo caso.
O delegado afirmou que os casos de 2018 e 2019 s�o similares aos de 2020. “H� uma coincid�ncia pregressa, que � o consumo de cerveja. Temos pessoas com debilidade pequena mas temos pessoas em condi��es graves”. Por�m, Grossi n�o soube informar o n�mero desses casos. Segundo o delegado, neste momento a investiga��o desses casos se refere �s v�timas, e n�o � cervejaria.
Quanto aos exames de sangue que ainda faltam, a pol�cia prev� que os resultados estar�o dispon�veis em 15 dias, a partir da semana que vem. Esses exames analisar�o a presen�a n�o s� do dietilenoglicol, mas tamb�m para o monoetilenoglicol. Bittencourt explicou que � importante que o Intituto M�dico-Legal (IML) dose a presen�a de ambas as subst�ncias no sangue das v�timas, j� que as duas geram a s�ndrome.
"Estamos agora validando o m�todo. Vamos iniciar a calibra��o do equipamento para na pr�xima semana come�ar a dosagem qualitativa no sangue das v�timas e quantitativa nas cervejas", afirmou Thalles Bittencourt.
De acordo com a Pol�cia Civil, parte dos reagentes para fazer o exame de dietilenoglicol, que estavam em falta no IML, chegaram. Al�m disso, o reagente para dosagem do monoetilenoglicol no sangue tamb�m j� est� dispon�vel. A den�ncia de que faltavam reagentes foi feita pelo Estado de Minas na �ltima quarta-feira (12/2). Sem os reagentes, a dosagem das subst�ncias t�xicas teve que ser interrompida.
O superintendente de Per�cia explicou o motivo da pausa. Ele afirmou que o IML interrompeu a identifica��o para "preservar as amostras de sangue, porque elas t�m um volume diminuto. E para que dosasse al�m do dietilenoglicol". Thalles Bittencourt afirmou que, como esse tipo de intoxica��o � rara, a Pol�cia Civil n�o mant�m um estoque do reagente necess�rio para detectar a presen�a dessas subst�ncias. “Estamos diante de uma situa��o extremamente rara. A gente faz a compra de acordo com a realidade do momento”, disse.
Os policiais foram questionados se com o tempo as subst�ncias podem n�o ser mais identificadas no sangue das v�timas. O superintendente de Per�cia explicou que, dependendo da gravidade da les�o, a excre��o das subst�ncias pode ficar comprometida. "Esses metab�licos podem continuar ou n�o circulando dependendo da gravidade. Nem sempre ser� poss�vel identificar o t�xico nessas pessoas", afirmou.
No entanto, Grossi e Bittencourt explicaram que a n�o identifica��o das subst�ncias t�xicas n�o elimina os outros �ndicios de intoxica��o. Ou seja, se o paciente consumiu a cerveja e teve um quadro de sintomas da s�ndrome nefroneural, a falha em identificar as subst�ncias no sangue n�o descarta a possibilidade de o paciente ter se contaminado ao beber. "A somat�ria do resultado final do inqu�rito n�o � s� o resultado do exame", afirmou Grossi.
At� o momento, a Pol�cia Civil recolheu 39 depoimentos. O delegado respons�vel pelo caso disse que n�o h� previs�o para o encerramento do inqu�rito, j� que a pol�cia n�o � familiar ao sistema de fabrica��o de cerveja.
*Estagi�rio sob supervis�o da sub-editora Ellen Christie