
A Ag�ncia Nacional de Minera��o (ANM), por meio do seu gerente de seguran�a de barragens, Luiz Paniago Neves, disse em audi�ncia que a mineradora Vale n�o tomou nenhuma medida de seguran�a para evitar o colapso de quatro estruturas em risco severo de rompimento localizadas em Minas Gerais. A fala foi dita pelo executivo na �ltima segunda-feira (17), em audi�ncia realizada em Belo Horizonte, e est� presente na ata do encontro.
De acordo com a Vale, as barragens as quais o gerente se referia s�o Forquilhas I e III (Mina de F�brica, em Ouro Preto), Sul Superior (Mina de Gongo Soco, em Bar�o de Cocais) e B3/B4 (Mina de Mar Azul, no distrito de Macacos, em Nova Lima).
Todas as quatro represas foram elevadas pela empresa ao n�vel 3 da escala de seguran�a. Essa classifica��o deve ser dada a barramentos em risco severo de rompimento.
Segundo a Vale, nada foi feito nas estruturas porque elas n�o podem ser acessadas, justamente pelo n�vel de amea�a que est�o. As Zonas de Autossalvamento (ZAS) das quatro barragens, isto �, todo espa�o geogr�fico no per�metro de 10 quil�metros da respectiva estrutura, j� foram evacuadas no ano passado.
Contudo, a empresa garante que tem seguido o protocolo de seguran�a e usa helic�pteros para monitorar as represas. Equipamentos interligados ao centro geot�cnico da mineradora tamb�m permitem, segundo a companhia, acompanhar a situa��o das barragens 24 horas por dia.
Ainda de acordo com a Vale, a empresa “dialoga de forma permanente com as autoridades, incluindo a ANM, para buscar alternativas para acesso controlado �s estruturas”.
Esses di�logos, novamente conforme a Vale, tem permitido a articula��o de “um plano de a��o em conjunto com auditorias t�cnicas independentes para permitir que os trabalhos sejam feitos de forma segura e controlada”.