
A Backer divulgou uma nota na tarde desta quinta-feira afirmando que n�o acusou outras cervejarias por contamina��o. No entanto, a empresa contratou laborat�rios independentes para an�lises qu�micas e toxicol�gicas de r�tulos pr�prios e de outras marcas, que teriam comprovado a presen�a de tra�os de dietilenoglicol e/ou monoetilenoglicol.
A Backer afirma que “o simples fato de existir essa subst�ncia na cerveja n�o torna o produto impr�prio para o consumo”. Esta afirma��o � contestada pelo Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa), que deixa claro que ambos contaminantes s�o t�xicos e n�o podem estar presentes na composi��o da cerveja.
“Desde que surgiram as primeiras informa��es nas redes sociais sobre a presen�a de subst�ncia t�xica na cerveja Belorizontina, a Backer tem envidado todos os esfor�os poss�veis para entender o que de fato ocorreu, uma vez que nunca usou o dietilenoglicol na fabrica��o de seus produtos. A empresa foi fiscalizada in�meras vezes pelo MAPA e o emprego do etilenoglicol (como anticongelante) nunca foi questionado ou apontado como poss�vel fator de risco de contamina��o no processo cervejeiro”, diz a nota da Backer.
No texto, a empresa ainda reivindica o status de parceira nas investiga��es. “Dessa forma, contribuir� para acelerar o esclarecimento dos fatos, para o avan�o do conhecimento tecnol�gico e a amplia��o da seguran�a dos produtores e consumidores de cerveja em todo o pa�s”, defende.
O Mapa ressalta que o caso envolvendo a contamina��o por etilenoglicol e dietilenoglicol em cervejas da empresa Backer � um evento isolado e que n�o coloca em risco a seguran�a das demais cervejas nacionais, sejam elas produzidas por estabelecimentos de grande ou pequeno porte.
O Minist�rio coletou mais de uma centena de amostras de cervejas de diversas marcas dispon�veis no mercado e at� o momento foram obtidos resultados em 74 destas amostras. Todos deram resultado negativo para a presen�a dos contaminantes dietilenoglicol e monoetilenoglicol. “Tampouco foram detectados esses contaminantes nas mat�rias-primas para a produ��o de cerveja ou no reservat�rio de �gua que abastece a empresa”, informou o Mapa.
“At� o momento, o Laborat�rio Federal de Defesa Agropecu�ria (LFDA/MG) analisou 315 amostras dentre cervejas produzidas pela Backer, cervejas de outras marcas, mat�rias-primas, insumos e res�duos de produ��o para detectar a presen�a destes contaminantes. Dessas amostras, 221 eram cervejas da Backer, sendo que em 53 amostras foi detectada a presen�a de pelo menos um desses contaminantes”, afirma.
De acordo com o Mapa, a Backer permanece fechada “cautelarmente at� que comprove que promoveu as altera��es necess�rias em seu processo produtivo e equipamentos, para garantir a seguran�a dos produtos elaborados.”