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Estado de Minas

Medo do coronav�rus imp�e nova rotina em Belo Horizonte

Fi�is j� come�am a mudar de h�bito nas igrejas. Com farm�cias praticando pre�os abusivos, ambulantes faturam vendendo m�scaras na porta de hospitais


postado em 16/03/2020 06:00 / atualizado em 16/03/2020 08:51

A militar Vânia Lúcia Teixeira, de 66 anos, incluiu a máscara cirúrgica em todos os seus compromissos, incluindo a missa dominical(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
A militar V�nia L�cia Teixeira, de 66 anos, incluiu a m�scara cir�rgica em todos os seus compromissos, incluindo a missa dominical (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA Press)

 

A militar V�nia L�cia Teixeira, de 66 anos, sabe se proteger. E n�o se descuida. Desde o in�cio da propaga��o do novo coronav�rus mundo afora, ela tem estado atenta �s informa��es e determina��o das autoridades epidemiol�gicas e, nos �ltimos dias, anda mais precavida at� porque est� um pouco gripada. Dessa forma, explica, tem circulado com m�scara cir�rgica em todos os seus compromissos e atividades de costume, incluindo a missa dominical na Igreja S�o Jos�, no Centro de Belo Horizonte. Na missa das 10h de ontem, ela s� tirou a prote��o na hora da comunh�o.

 

Moradora do Centro da cidade e militar reformada da Aeron�utica, V�nia L�cia se diz preocupada com a situa��o. “No �nibus ou na igreja, fico de m�scara”, afirmou. Ela considerou positiva a determina��o da congrega��o dos padres redentoristas, conforme divulgado, ontem, pelo Estado de Minas, de cancelar a festa em honra ao padroeiro que seria realizada na pr�xima quinta-feira – e, desta vez, para comemorar os 120 anos da Par�quia de S�o Jos�. “� uma forma de evitar a contamina��o”, disse a militar, sobre a celebra��o religiosa que re�ne, tradicionalmente, cerca de 50 mil fi�is. Abrindo a bolsa, ela mostrou mais um cuidado: o vidrinho com �lcool gel.

 

Na manh� de ontem, nas missas, os padres orientaram os devotos de S�o Jos� sobre as modifica��es. Segundo o vig�rio paroquial, padre Fl�vio Campos, a igreja ficar� fechada na quinta-feira, mas a imagem de S�o Jos� estar� exposta na frente do templo. Todas as missas neste dia foram canceladas e, para evitar aglomera��o, apenas uma ser� celebrada, a portas fechadas, �s 19h, com transmiss�o pela TV Horizonte (Rede Catedral de Comunica��o Cat�lica). “As inten��es solicitadas pelos fi�is ser�o mantidas, e vamos pedir pela sa�de de todos os brasileiros”, disse padre Fl�vio. Ele adiantou que as confiss�es foram suspensas, embora mantidas as missas durante a semana.

 

 

Queda 


“J� sentimos queda na presen�a dos fi�is, especialmente na missa das 7h, que re�ne o maior n�mero de idosos”, explicou o religioso. “Mandamos instalar sete recipientes com �lcool gel nas entradas e deixamos de distribuir os folhetos durante as missas. Basta ver que o movimento caiu olhando o adro, sempre cheio nesta hora do dia (entre 10h e 11h). O pessoal vai � feira de artesanato, na Avenida Afonso Pena, e passa aqui. Hoje, est� vazio”, avaliou. Tamb�m as barraquinhas instaladas no adro, do lado da Rua dos Tamoios, para receber os visitantes durante os festejos em louvor a S�o Jos� estavam vazias. “Amanh� (hoje), vamos decidir se elas v�o continuar funcionando.”


 

Em BH para consulta oftalmol�gica, o morador de Jequitinhonha, no Vale do Jequitinhonha, Darcy Duarte, de 73, n�o deixou de ir � missa das 10h, na companhia da mulher Eli Noronha Duarte, de 72. Casados h� 52 anos, eles se surpreenderam com o cancelamento da festa de S�o Jos�. “Vamos ficar em Belo Horizonte mais uns dias. Estamos atentos �s orienta��es, mas, na nossa terra, n�o h� tanta preocupa��o”, explicou Darcy.

 

 

Venda

Moradora de Peçanha, no Vale do Rio Doce, Marilene Mourão Aguiar comprou duas máscaras de um ambulante na frente da Santa Casa, na região hospitalar(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
Moradora de Pe�anha, no Vale do Rio Doce, Marilene Mour�o Aguiar comprou duas m�scaras de um ambulante na frente da Santa Casa, na regi�o hospitalar (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA Press)

Se muitos moradores se queixam da falta de m�scaras protetoras, nas farm�cias, contra a dissemina��o do novo coronav�rus, ou dos pre�os abusivos praticados pelos comerciantes, ambulantes aproveitam a brecha para vender o produto na porta de hospitais. Ontem, na frente da Santa Casa, na regi�o hospitalar de BH, o ambulante Carlos Andr� oferecia a unidade ao pre�o de R$ 15, garantindo que estavam de acordo, pela “dupla prote��o”, �s normas do Minist�rio da Sa�de. Ao lado de uma amiga que j� estava com a m�scara do tipo cir�rgico, a moradora de Pe�anha, no Vale do Rio Doce, Marilene Mour�o Aguiar, comprou duas do modelo PFF-2.

 

 

“Sou acompanhante de uma pessoa aqui, na Santa Casa, desde fevereiro. Como est�o falando para a gente se proteger, fa�o minha parte”, contou Marilene, que, na falta de “intimidade” com m�scara, se enrolou um pouco, mas depois adequou o acess�rio ao rosto.


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