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Estado de Minas

Motoristas de �nibus e de t�xi em BH temem contamina��o pelo coronav�rus

Algumas profiss�es indispens�veis deixam a pessoa mais exposta ao contato e risco de contamina��o, como taxista, motorista de �nibus e de vans que transportam a popula��o do interior para tratamento ou consulta nos hospitais de BH


postado em 16/03/2020 06:00 / atualizado em 16/03/2020 08:31

O taxista Luiz Fernando Cardoso, de 23 anos, conta que fica apreensivo quando faz um trajeto que parte do aeroporto ou da rodoviária(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
O taxista Luiz Fernando Cardoso, de 23 anos, conta que fica apreensivo quando faz um trajeto que parte do aeroporto ou da rodovi�ria (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)


Eventos cancelados, restri��es para viagens, atividades extracurriculares suspensas. Apesar de nenhum caso de contamina��o pelo coronav�rus ter sido confirmado em Belo Horizonte, o aumento do n�mero de suspeitos acende um alerta das autoridades e tamb�m da popula��o. Mas, enquanto h� quem j� leve o �lcool gel na bolsa, h� tamb�m quem n�o acredita no perigo que o v�rus pode representar. Algumas profiss�es indispens�veis deixam a pessoa mais exposta ao contato e risco de contamina��o, como taxista, motorista de �nibus e de vans que transportam a popula��o do interior para tratamento ou consulta nos hospitais de BH. 



A contamina��o por coronav�rus � assunto frequente entre os passageiros e o taxista Luiz Fernando Cardoso, de 23, que roda h� quatro anos na capital mineira. “Cada um tem que cuidar de si e fazer a sua parte. Eu fico um pouco apreensivo porque transportamos muita gente e, na maior parte das vezes, recebemos em dinheiro f�sico. Fico ainda mais apreensivo quando fa�o um trajeto que parte do aeroporto ou da rodovi�ria”, disse o jovem. Por�m, ele faz parte do grupo de pessoas que frequentemente lava as m�os, usa o �lcool em gel e faz a higieniza��o do carro. O colega de profiss�o, Jos� Carlos Paulino Soares, de 56, trabalha como taxista h� 30 anos e repete as orienta��es dadas quando houve a explos�o de casos do v�rus H1N1, em 2009. “� preciso ter cuidado. � preciso higienizar o carro, manter os vidros abertos quanto poss�vel e evitar aglomera��es. Mas sem se preocupar demais para n�o gerar p�nico. N�o tem que parar a vida”, completou. 

Guilherme Fernando Evangelista, de 42, � motorista de �nibus h� 10 anos e atende cerca de 400 passageiros por dia na linha SCO4 (Santa Casa/Savassi). Ele conta que nenhuma orienta��o foi repassada pela empresa de �nibus. “A empresa at� ent�o n�o divulgou nada com rela��o aos cuidados com o coronav�rus. Pode ser que semana que vem a empresa passe as orienta��es. Eu me sinto vulner�vel porque trabalho em �nibus fechado, com ar-condicionado e grande aglomera��o de pessoas. Mas n�o precisamos criar alarde”, disse. Ele tenta manter as m�os limpas entre as viagens e limpar parte do �nibus com uma flanela. Tamb�m j� dirigia o �nibus quando ocorreu os casos de H1N1. 

'Eu me sinto vulnerável porque trabalho em ônibus fechado, com ar-condicionado e grande aglomeração de pessoas. Mas não precisamos criar alarde' - Guilherme Fernando Evangelista, de 42, motorista de ônibus(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
'Eu me sinto vulner�vel porque trabalho em �nibus fechado, com ar-condicionado e grande aglomera��o de pessoas. Mas n�o precisamos criar alarde' - Guilherme Fernando Evangelista, de 42, motorista de �nibus (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)


Os motoristas de �nibus e vans que fazem o transporte de pacientes do interior de Minas Gerais para Belo Horizonte j� est�o muito expostos � contamina��o ou contra��o de doen�as. Mas, agora, t�m mais uma preocupa��o: o coronav�rus. Ivamar Alexandre da Silva, de 41, trabalha h� 13 anos nessa fun��o. Atualmente, faz o transporte de pessoas da cidade Quartel Geral, na Regi�o Centro-Oeste do estado, para BH. “Todo dia surge uma doen�a nova. E n�o nos passaram nenhuma orienta��o. Gostaria que isso tivesse ocorrido, gostaria que m�scaras fossem fornecidas. At� porque os casos confirmados at� agora ocorreram no interior de Minas”, disse ele, que transporta cerca de 20 pessoas por viagem. 

Ivamar Alexandre da Silva transporta por viagem cerca de 20 pessoas com diversas enfermidades para tratamento na capital mineira(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Ivamar Alexandre da Silva transporta por viagem cerca de 20 pessoas com diversas enfermidades para tratamento na capital mineira (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)


O colega de profiss�o Altair Gomes da Silva, de 57, reclama que, al�m de n�o receber por insalubridade pela Prefeitura de Lagoa Santa, tem que conviver com a falta de precau��es. Ele trocou as m�scaras – que n�o foram fornecidas – por um nariz de palha�o. “Uso o �lcool em gel. � um item indispens�vel para quem trabalha com a sa�de das pessoas. Mas seria interessante se receb�ssemos um kit. N�o s� por conta do coronav�rus. As m�scaras s�o importantes para a autoprote��o. Mas, por outro lado, as pessoas s�o muito ignorantes. Muitos associam o uso da m�scara com o preconceito. N�o � preconceito, � prote��o”, acrescentou. 


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